Goiás x Atlético: esse jogo sangrou meus olhos
Por Carol Castilho / Revisado por Jéssica Silva
Pelo amor de Deus!
Se tem uma coisa que o torcedor odeia é empate com sabor de derrota. O jogo do último domingo no Serra Dourada, em Goiânia, sangrou os olhos de quem viu e os ouvidos de quem ouviu.
Na boa, não me entra na cabeça jogador valorizar empate, é um pensamento muito pequeno para quem tem vontade de ganhar títulos, ficar no alto da tabela e etc.
Enfim… Vamos saber o que as mulheres do Galo têm a dizer sobre este jogo chato! O ‘Arquibancada Feminina’ de hoje vai contar com a participação das atleticanas Bárbara Kimberly, Jéssica Silva e Karyne Teixeira, que fazem uma análise técnica desta pelada.
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A torcedora Bárbara Kimbelry, de 22 anos, faz uma análise do primeiro tempo: “Foi um primeiro tempo apático, onde o time teve oportunidades para chegar ao gol do adversário, mas devido à falta de vontade e qualidade, não conseguia criar chances claras de gol. Foi um empate com gosto de derrota, pois o Galo não conseguiu ganhar em casa no jogo anterior”, analisa a agente financeira.
MELHORES EM CAMPO: “Igor Rabello (teve ajuda do fraco ataque do Goiás), Cleiton, que fez algumas defesas (não tão perigosas) e Martinéz, que estava firme na marcação”.
PIORES EM CAMPO: “Otero, Vina, Chará e Alerrandro. Todos do meio pra frente não criaram nenhuma chance de gol, o goleiro do Goiás nem sujou o uniforme. A única chance que teve foi a bola na trave do Alerrandro, que foi mais gol perdido que falta de sorte”.

A torcedora Karyne Teixeira, de 20 anos, faz uma análise do segundo tempo: “No segundo tempo o jogo ficou mais aberto. Foi onde tivemos nossa melhor chance de gol nos pés do Alerrandro, que acertou a trave. Chará até tentou algumas jogadas individuais, mas não fluíram tanto. O Goiás também foi mais perigoso, mas não provocou uma grande defesa do Cleiton. Na verdade, as duas equipes pecaram bastante naquele último passe. E quando conseguiam acertá-lo, a zaga bloqueava ou erravam a finalização. Foi um jogo igual e parelho, além de bem chato”.
A estudante explica o que podemos esperar do time nos próximos três desafios que vêm pela frente: “São jogos que o Atlético precisa vencer. O Botafogo porque, caso contrário, será eliminado. O rival e o Fluminense não estão bem no campeonato. Perdemos oportunidades de criar certa distância para os times fora do G4, e agora que eles se aproximaram, precisamos muito não desperdiçar mais os pontos. Espero que o time saiba da importância desses jogos e demonstre isso em campo”, finaliza a torcedora.
A colunista do Fala Galo, Jéssica Silva, faz uma análise do comportamento da equipe e das alterações feitas por Rodrigo Santana: “O time se comportou como se o jogo em disputa não tivesse importância, como se perder ou ganhar os três pontos fosse irrelevante. Isso frustra o torcedor e chega a ser desrespeito. As alterações promovidas por Rodrigo Santana não fizeram tanto efeito, pois não houve bola na rede e é disso que vive o futebol. O nível do jogo melhorou no segundo tempo, é verdade, mas Geuvânio, Luan e Papagaio foram tão ineficazes quanto seus companheiros de time. Ameaçar, criar algumas oportunidades e não balançar as redes não pode ser visto como bom ou correto, que fique claro: obter posse de bola e não saber aproveitá-la não é o bastante”, explica a estudante.
ARQUIBANCADA FEMININA
Carol Castilho: Neste momento, o que é mais importante: reforços ou mudança de postura?
Barbara Kimberly: “Reforços são sempre importantes, mas a postura em campo faz uma diferença e tanto, pois é ela que irá definir o resultado do jogo. Não adianta ter jogador de nome e o mesmo não demonstrar o seu potencial. Sabemos que agora será difícil vir algum reforço, mas já vimos que esse time pode mostrar muito mais em campo.”
Karyne Teixeira: “Acho que os dois. Sentimos falta de um meia central mais articulador, um bom ponta pela esquerda e um centroavante. Acho que não temos aquele jogador decisivo, sabe?! Que ponha a bola debaixo do braço e resolva, aquele que cresce em jogos grandes. Mas, além dos reforços para titularidade, acho que o time do Atlético precisa se revoltar mais com derrota/desclassificação. Acho um grupo que age com muita normalidade diante de resultados ruins. Além de sere bem desligado da partida, um time que se desconecta rápido do jogo. E isso, às vezes, te custa um resultado (Fortaleza), ou uma classificação (Cruzeiro).”
Carol Castilho: O que acontece com o Galo quando pega times de menor expressão?

Jéssica Silva: “Assim como contra o Goiás, o Galo também encontrou dificuldades contra o Fortaleza, o que não deveria acontecer. Ao que me parece, os jogadores atleticanos escolhem quando vão ou não levar uma partida a sério. Jogar contra uma equipe de menor expressão e com menos qualidade pode fazer com que o time atleticano afrouxe e não tenha tanto empenho, o que nos leva à tecla na qual eu bato há bastante tempo: é preciso objetividade, comprometimento e respeito à camisa do Atlético. Em jogos como este, somente a vitória interessa e qualquer outro resultado não pode ser encarado como normal, não para um time com a grandeza do Galo”.
Jéssica Silva: “No momento em que estamos, acredito em mudança de postura. O Galo não está nadando em dinheiro e já investiu muito mais que o previsto para a temporada. Não vejo a falta de qualidade como o nosso principal problema, não que ela não exista, mas vejo a omissão, a falta de comprometimento e até mesmo a preguiça como pontos pra lá de negativos, que nos levam a jogos medíocres e resultados ruins em campo. As contratações já foram feitas, sendo boas escolhas ou não. Cabe a cada um ali dar o devido valor à camisa que veste, pois a mesma merece respeito!”
Quero agradecer a colaboração das torcedoras Bárbara Kimberly, Jéssica Silva e Karyne Teixeira. Muito obrigada por colaborarem com a coluna e pelo tempo reservado para fazer as análises.
Então, torcedora, curtiu a participação?
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