CIGA – Centro de Inteligência do Galo e o jeito Chávare de fazer talentos

 

 

Ángel Baldo
19/09/2019 – 17h29
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“O Atlético é uma das maiores instituições do mundo, ninguém faz favor em estar aqui. Não gastamos um real para trazer os atletas … Estão vindo por um conjunto de estrutura e confiança na diretoria e também no nosso histórico correto em outras equipes.”

Na terça-feira (17), em entrevista ao Fala Galo, o diretor das categorias de base do Atlético, Júnior Chávare, falou em primeira mão da Central de Inteligência do Galo (CIGA). Matemático, metódico e afinado com processos contínuos, Chávare destacou a novidade que está surgindo no Galo.

CIGA – Central de Inteligência do GALO

“O CIGA é um departamento onde vamos agrupar nossos analistas de mercado, nossos analistas técnicos, onde eles farão todo o levantamento estatístico, todo levantamento de competições e campeonatos que estão sendo realizados. Nós concentramos ali as informações, na verdade, falando de forma simplória, é o nosso banco de dados.

Ali nós vamos preparar material da equipe principal até às categorias de base, de atletas que vão se destacando, que estão sendo monitorados ou aqueles que nos são oferecidos, se prepara todo o material, toda uma análise detalhada. Não só dos lances e melhores momentos, mas de análise de perfil, potencialidade de crescimento. Realmente é um negócio muito interessante e que soma-se ao DNA Alvinegro quando se trata de jogadores que aqui chegam.

Depois que eles chegam, o DNA continua fazendo todo o controle estatístico destes jogadores. E no caso específico daqueles que não chegam por algum motivo, nós continuamos a fazer o monitoramento e todas as análises necessárias para quando houver necessidade. Por exemplo: se precisamos buscar um lateral para a equipe profissional ou sub-20, o banco de dados já estará todo preparado dentro do perfil e da nossa realidade para que nós possamos buscar. Vamos trabalhar muito em séries menores para a base (séries D, C e B) e para o principal em toda a América do Sul, alguns pontos específicos da Europa e do Brasil, [coisa de] primeiro nível.”

Vale lembrar que o DNA Alvinegro é um projeto de formação da base, com treinamentos específicos por funções e valências (variáveis analisadas para cada atleta, como exemplo a força), que prepara o atleta para vários estilos de jogo que ele possa receber ao chegar ao profissional, de forma a ter uma adaptação cognitiva mais rápida e produtiva. Além de todo o exposto, o DNA é para quem já está no clube, diferente do CIGA, que monitora quem ainda não está. O DNA prepara o atleta para a cultura do clube e suas peculiaridades. É a genética atleticana por fenótipo e/ou genótipo que faça valer o Galo na Veia.

Processos perenes e aprovados no Conselho

Chávare afirmou que toda a base está sendo pensada para viver processos “vivos”. Ou seja, as categorias de base irão passar por melhorias constantes, mas todas serão documentadas para serem resguardadas e aprovadas pelo Conselho Deliberativo do clube, de modo que seja mantida a perenidade dos sistemas desenvolvidos e não se perca todo o lastro com mudanças repentinas de diretorias e/ou filosofias de trabalho.

Tempo para a colheita e títulos na base

Sabedor da necessidade do clube em formar talentos, o diretor ressalta que o número mágico para um trabalho começar a colher frutos é de três anos. Contudo, o tempo é de “mexer a terra” com inquietação.

“Não priorizo títulos na base, mas aqui só ficarão os vencedores. Nossa meta é revelar de forma crescente. Há três tipos de jogadores que nos servem: os que se revelam e nem vestem tanto a camisa do time principal, o segundo tipo, que gera campeonatos ao clube e fica nas galerias e quadros, e por último, aqueles que ganham competições, marcam seu nome em galerias e ainda geram retorno financeiro. Estes são os jogadores que nos interessam.”

Jogador “miojo” e joias das áreas de risco

“A primeira coisa que faço como compromisso nas equipes que trabalho é deixar meu filé mignon, ou seja, já deixo meu banco de dados dos atletas para começar o trabalho. Nós buscamos o jogador com perfil vencedor por onde passou e que esteja quase pronto (jogador miojo) a estourar. Não temos muito tempo, temos uma linha de produção que não pode parar.  Nossa equipe de observadores técnicos está em todo o Brasil, inclusive em áreas de risco e acesso restrito. Estou aqui há menos de quatro meses, mas assisto a todos os jogos da base. Não tem conversa, eu acompanho tudo.”

 

Minas e os testes para os talentos soltos

Na entrevista, Chávare ainda falou que há um plano em evolução para implantar franquias de formação do GALO por Minas Gerais, num formato que seja social e que faça o atleticano ser representado em cada cidade. Não há data para o estabelecimento das escolinhas, mas há a ideia é ter uma casa que esteja anexa ao local para ter mais bandeiras do Atlético fincadas por todo o estado.

Por fim, após questionarmos sobre os talentos dispersos que não possuem empresários e como conseguiriam avaliações, os antigos testes no CT, o diretor afirmou que nos próximos meses haverá um sistema online que fará, em períodos específicos, a marcação de avaliações “soltas” para quem quer se integrar e tentar a sorte nas categorias de base do GALO.

 

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Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini