Foto: Flickr oficial do Atlético
Jéssica Silva
23/11/2020 – 07h56
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O Galo continua sofrendo com as ausências causadas pelo novo coronavírus. Apesar disso, contra o Ceará, em Fortaleza, o time atleticano buscou manter seu estilo de jogo, saiu na frente, mas viu os donos da casa virarem o placar em apenas dez minutos na etapa complementar. Mesmo com um a menos, o Atlético buscou o empate e saiu do Castelão com 39 pontos, o que lhe garantiu a liderança do campeonato pelo número de vitórias.
Na primeira etapa foi o Galo quem ficou com a bola na maior parte do tempo e, mesmo que não tenha oferecido tanto perigo ao adversário, controlou bem o jogo e foi a equipe dominante. O Ceará agiu como os demais times que enfrentam o Atlético, se fechando ao máximo e esperando alguma oportunidade para contra-atacar, se possível.
Keno, como já é de costume, se fazia presente na área cearense em busca de um único erro na marcação adversária para tentar abrir o placar, mas foi Eduardo Sasha quem colocou o Atlético na frente. Após boa cobrança de escanteio de Savarino, Igor Rabello cabeceou para defesa de Fernando Prass. Porém, na sobra, Sasha, de bicicleta, mandou a bola para o fundo das redes.
O Atlético tinha tudo para manter-se em vantagem na etapa complementar, já que o Ceará é uma equipe bastante frágil. No entanto, em apenas dez minutos de bola rolando no segundo tempo, o time da casa virou o placar com gols de Lima e Felipe Vizeu. Era como se o time atleticano ainda estivesse nos vestiários, visto que o apagão foi tão grande que os comandados de Guto Ferreira ainda tiveram a oportunidade de fazer o terceiro, mas pararam nas mãos do goleiro Rafael.
Para piorar o que já não era bom, Dylan Borrero foi expulso após protagonizar um lance com Léo Chú. Uma expulsão equivocada, diga-se de passagem, já que é praticamente impossível se movimentar com os braços colados ao corpo. É tudo questão de interpretação, obviamente, mas é curioso como a mão da arbitragem só pesa para o lado atleticano.
Felizmente, poucos minutos depois, o goleiro Prass cometeu penalidade máxima em Marrony – que entrou aos 13 minutos do segundo tempo e desorientou os jogadores cearenses – e Keno não perdoou na batida, deixando tudo igual no Castelão.
As circunstâncias não vêm sendo favoráveis ao Atlético, já que são inúmeras as ausências na equipe titular. Além disso, um motivador como Sampaoli na beira do campo com certeza faz muita falta. Mesmo assim, diante do Ceará, o Galo superou as adversidades e conseguiu buscar o resultado que não era o ideal, mas foi o suficiente para o deixar na liderança do Campeonato Brasileiro.
Um ponto conquistado não é um fim de jogo perfeito, já que dois foram perdidos, mas valeu pela superação. Superar é também o que o Galo terá que fazer na próxima partida, que acontecerá na quarta-feira, contra o Botafogo. Além das ausências que a equipe teve hoje, Guilherme Arana e Borrero estão suspensos e aumentam a lista de desfalques. Apesar disso, é possível esperar um bom resultado, pois uma equipe que almeja grandes coisas não tem a opção de fraquejar diante de qualquer adversidade, por maior que ela seja.
CEARÁ 2 X 2 ATLÉTICO
Ceará
Fernando Prass; Samuel Xavier, Tiago Pagnussat (Klaus, aos 38’ do 2ºT), Eduardo Brock e Bruno Pacheco; Fabinho, Charles (Léo Chú, aos 38’ do 1ºT) e Vina; Fernando Sobral, Lima (Leandro Carvalho, aos 38’ do 2ºT) e Felipe Vizeu (Cléber, aos 11’ do 2ºT)
Técnico: Guto Ferreira
Atlético
Rafael; Talison (Bueno, aos 18’ do 2ºT), Igor Rabello, Junior Alonso e Guilherme Arana; Dylan Borrero, Calebe (Nathan, aos 18’ do 2ºT) e Matías Zaracho (Marrony, aos 13’ do 2ºT); Savarino (Marquinhos, aos 38’ do 2ºT), Keno e Eduardo Sasha (Hyoran, aos 39’ do 2ºT)
Técnico: Leandro Zago
Motivo: 22ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Castelão, em Fortaleza
Data e horário: domingo, 22 de novembro de 2020, às 16h (de Brasília)
Gols: Lima, aos 2’, e Felipe Vizeu, aos 10’ do 2ºT (CEA); Eduardo Sasha, aos 28’ do 1ºT, e Keno, aos 28’ do 2ºT (ATL)
Cartões amarelos: Tiago Pagnussat, aos 22’, Bruno Pacheco, aos 26’ do 1ºT, Samuel Xavier, aos 16’, e Eduardo Brock, aos 32’ do 2ºT (CEA); Guilherme Arana, aos 40’ do 1ºT (ATL)
Cartão vermelho: Dylan Borrero, aos 24’ do 2ºT (ATL)
Árbitro: Raphael Claus (FIFA-SP)
Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (FIFA-SP) e Alex Ang Ribeiro (SP)
VAR: Elmo Alves Resende Cunha (GO)