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Um domingo sem sal! – Por Stéfano Bruno

 

 

 

Um domingo de futebol que não precisava acontecer. Atlético e o “rival” entraram em campo, às 11h, para disputar uma partida, teoricamente, sem valor para a competição. Após o presidente Sérgio Sette Câmara solicitar à Federação Mineira de Futebol (FMF) o adiamento do clássico, e ter o pedido negado e ironizado por um diretor rival, a partida aconteceu, mesmo sem clima para o mesmo.
Em campo, vimos que, somente um time respeitou a dor da tragédia ocorrida em Brumadinho. Enquanto uns comemoraram o gol com dança, Fábio Santos preferiu não se manifestar no gol e ainda foi a uma câmera da tevê explanar palavras de força para a cidade de Brumadinho. Antes disso, os jogadores do Atlético entraram em campo com uma faixa escrito “Luto” no braço direito.
O Fala Galo, aproveita este espaço não somente para solidarizar, mas também deixar toda a nossa equipe à disposição desta bela cidade para o que for necessário. Convidamos também nossos leitores a ficarem atentos às informações divulgadas sobre Brumadinho, para que, de alguma forma, possamos nos movimentar no intuito de auxiliar as famílias que simplesmente precisam de um abraço.
Voltando ao clássico, a torcida alvinegra não pôde ficar no local destinado a sua concentração de costume quando joga como visitante no Mineirão. Com pouco policiamento no início da manhã, atleticanos ficaram expostos a torcida adversária em uma rua lateral.
Quando a bola rolou, foram 90 minutos sem emoção e um Atlético passivo em campo, com Cazares buscando o jogo, mas sem alternativas. Chará e Luan apareceram pouco em campo. Chará, inclusive, ainda tem dificuldade para engrenar uma sequência de boas atuações, enquanto Luan errou passes fáceis no meio-campo, proporcionando ao adversário a oportunidade de explorar os contra-ataques.
O time atleticano nos assusta com a passividade em campo. Enquanto os jogadores adversários “apitam” a partida e chegam de forma desleal – vide uma entrada do zagueiro Leo no Iago Maidana, no primeiro tempo. Nesta ocasião, por exemplo, mesmo sendo o réu no lance, somente os jogadores do Cruzeiro pressionaram o árbitro.
Além disso, o Atlético sequer pressionou a arbitragem nos erros esdrúxulos cometidos pelo trio. No primeiro tempo, um pênalti claro sobre o Igor Rabello foi ignorado pelo árbitro, que estava mal posicionado no lance. Na segunda etapa, o árbitro assinalou uma penalidade após o jogador adversário tropeçar na própria perna.
Ricardo Oliveira foi pouco acionado durante os 90 minutos, não chegando a exigir nenhuma defesa do goleiro adversário. Chará, apesar da atuação apagada, sofreu o pênalti que gerou o gol marcado pelo lateral Fábio Santos. Pouco depois do empate, o meia Cazares desperdiçou uma chance clara de virar o marcador. Era a bola do jogo, e o equatoriano poderia ter sido menos displicente.
Após este lance de Cazares, a partida transcorreu até o fim sem emoção. Mas ainda teve tempo para o Adilson ser expulso de forma juvenil após cometer duas faltas em sequência no meio-campo.
Individualmente o Atlético teve poucos destaques positivos. Victor, apareceu em um momento decisivo no primeiro tempo, após uma falha do Iago Maidana. Igor Rabello, mais uma vez se mostrou muito seguro. Os laterais não comprometeram e Cazares, apesar do gol perdido, não se omitiu na partida, voltando quase o tempo todo para criar jogadas.
Por outro lado, Luan e Chará destoaram negativamente. Responsáveis pelas jogadas em velocidade, ambos apareceram pouco para a partida e erraram a maior parte das jogadas individuais e assistências para finalizações. Além deles, as substituições do técnico Levir Culpi não surtiram efeito.
A maior preocupação deixada pelo Atlético nesta partida, foi a falta de qualidade no banco de reservas. Levir Culpi terminaria a partida somente com uma substituição tática ou opcional, não fosse a expulsão do Adilson. O volante foi expulso nos acréscimos do segundo tempo e até então, o técnico havia mandado a campo somente o Terans no lugar do Chará.
O elenco atleticano ainda carece de mais qualidade no banco de reservas, principalmente na parte ofensiva. No clássico de hoje, somente Terans surgiu como opção para tentar mudar o rumo da partida, no entanto, entrou apagado no jogo.
O Atlético volta a campo na próxima quarta-feira, às 21h30, no Independência, onde enfrentará a URT. O time alvinegro entrará em campo com necessidade de vitória, uma vez que, está a duas partidas sem vitória no Campeonato Mineiro.

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