Jéssica Silva
Do Fala Galo, em Montes Claros
29/09/2019 – 23h03
Com a torcida revoltada pela eliminação da Copa Sul-Americana e a péssima sequência no Brasileirão, o Galo recebeu o Ceará em um Independência quase vazio. Se aproveitando do fato de estar jogando contra uma equipe que não vencia há sete jogos, o time atleticano fez o dever de casa e deu ao visitante o seu oitavo jogo sem vitória.
Rodrigo Santana optou por escalar o time com Nathan no meio de campo, priorizando a movimentação na área central, não a marcação mais dura, o que teoricamente seria feito por Zé Welison, caso o volante estivesse entre os titulares ocupando a vaga do lesionado Jair.
O clima no Horto era ruim. Com as arquibancadas vazias, o que não é comum por aqui, o time pareceu entrar em campo sem muito embalo. O Galo jogava mal no primeiro tempo, até chegava ao gol do adversário, mas sem muita qualidade. Desperdiçando as oportunidades que criava, o que não é surpresa para o torcedor atleticano, o time de Rodrigo Santana viu o adversário chegar ao gol.
Em um lance muito questionável, o juiz assinalou penalidade máxima para o Ceará. Pênalti inexistente, apesar de haver quem discorde, e Thiago Galhardo converteu. O fato de o lance que originou o gol adversário dividir opiniões não apaga a partida desanimada que fez o Atlético no primeiro tempo. Em desvantagem e jogando sem grande apoio da torcida, o Galo teve que correr atrás do prejuízo na etapa complementar.
Chará, que havia se movimentado bem no primeiro tempo, foi substituído por Otero aos 23 minutos da etapa inicial e o camisa 80 acabou sendo o nome do Atlético na segunda etapa. Aos oito minutos, a bola sobrou para o venezuelano e ele finalizou de primeira, igualando o marcador.
A boa participação de Otero não se resumiu ao gol, já que o jogador que entrou em campo para substituir Chará fez boa partida e se movimentou bem em campo. Embalado por ter alcançado o empate, o Galo acreditou na virada e ela veio, aos 34 minutos.
Após cruzamento, Réver cabeceou e o goleiro Diogo Silva rebateu, mas na sequência Luan mandou a bola para o fundo das redes. Era o Galo alcançando uma vitória após muito tempo e se despedindo finalmente dos 27 pontos.
A vitória atleticana traz alívio, mas não é o bastante para apagar toda a mágoa que este time sem alma deixou em toda a torcida. O jogo não foi dos melhores, rendeu um triunfo, mas também deixou claro que as limitações técnicas do atual time alvinegro fazem com que não possamos ter esperança alguma.
Felizmente a sequência de derrotas foi interrompida. Levando em consideração o adversário da noite, poderíamos ter esperado um resultado diferente já que se trata do Galo, mas a vitória era realmente o caminho mais óbvio, apesar do clima ruim na Arena Independência.
Falar em briga por uma vaga na Libertadores é um pouco demais. O principal objetivo do Atlético agora deve ser se manter afastado da zona de rebaixamento, afinal, conseguir uma classificação para a competição continental do ano que vem não adianta nada se o Galo for disputar um título internacional com esse planejamento, esse plantel, essa atitude. A mentalidade da diretoria alvinegra não dá ao torcedor atleticano o direito de ser otimista, pois o número de frustrações já ultrapassou o limite, prova disso é o estádio vazio.
Quarta-feira, às 19:15, o Galo recebe o Vasco e precisa vencer. A sequência após o jogo contra o Cruzmaltino é de jogos contra Palmeiras e Flamengo fora de casa e contra Grêmio, no Independência. Como vai enfrentar aqueles que são os melhores times do Brasil atualmente, é possível esperar uma sequência de resultados ruins, portanto, vencer o Vasco da Gama é essencial no meio da semana para tentar amenizar a crise que tomou conta do Clube Atlético Mineiro.
ATLÉTICO 2X1 CEARÁ
ATLÉTICO
Cleiton; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Nathan; Luan, Elias (Bruninho, aos 29min do 2ºT), Cazares (Vinícius, aos 39min do 2ºT) e Chará (Otero, aos 23min do 1ºT); Franco Di Santo
Técnico: Rodrigo Santana
CEARÁ
Diogo Silva; Samuel Xavier (Wescley, aos 37min do 2ºT), Valdo, Tiago Alves e João Lucas; Fabinho, Ricardinho, Thiago Galhardo e Lima (Cristovam, aos 32; Mateus Gonçalves (Felipe Silva, aos 38min do 2ºT) e Felippe Cardoso
Técnico: Enderson Moreira
Gols: Otero, aos 8min, Luan, aos 34min do 2ºT (Atlético); Thiago Galhardo, aos 42min do 1ºT (Ceará)
Cartões amarelos: Samuel Xavier, aos 7min, Felippe Cardoso, aos 14min do 2ºT (Ceará)
Motivo: 22ª rodada do Campeonato Brasileiro
Estádio: Independência, em Belo Horizonte
Data: domingo, 29 de setembro de 2019
Árbitro: Paulo Roberto Alves Júnior (PR)
Assistentes: Bruno Boschilia e Rafael Trombeta (PR)
VAR: Carlos Eduardo Nunes Braga (RJ)
Assistentes do VAR: Rafael Gomes Felix da Silva e Bruno Salgado Rizo (SP)
Público: 6.131
Renda: R$ 47.121,00
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Edição: Jéssica Silva
Edição de imagem: André Cantini