Angelica Sheila
Do Fala Galo, em Luminárias-MG
21/11/2019 – 04h
Em pleno ano de 2019, nós mulheres amantes de futebol, ainda temos de debater e falar sobre o quanto ainda somos meros “objetos de vitrine” na arquibancada. Não é exagero dizer isso, pois, quantos relatos temos visto de mulheres que fazem parte do mundo futebolístico, reclamando seja de assédio e ou desrespeito.
Eu como assídua, quando posso, já que moro no interior, posso relatar para vocês alguns episódios que me incomodam. Frequentadora de caravanas, onde a maioria são homens, digo de 15 homens, 3 mulheres, tiram-se duas solteiras, no máximo, que não estão acompanhadas de seus respectivos maridos e namorados. Aí me pergunto? Vejo tantas mulheres que assim como eu gostam de seu time do coração, mas deixam de ir no estádio, porque maridos e namorados acham que mulher não deve estar nesse meio, ou que, não vão porque se sentem “desprotegidas”, estar no meio do mundo do futebol, soa como perigo.
Nunca fui desrespeitada pelos meus colegas de viagem, porém, é incômodo quando alguém pergunta: fulano de tal é seu marido? Ah fulano de tal que tá com você é seu namorado né? Bem mineiro, eu digo: UAI?! Porque sempre temos de estar acompanhadas? Gente, eu só quero estar com meu time, na arquibancada, para apoiar, reivindicar, estar lá, simplesmente, por gostar de futebol.
Outro caso é quando alguém conhecido nos pergunta sobre nosso time, se tiver outra pessoa do lado que não nos conheça, tenha a certeza que vai dizer algo do tipo: Quem é o goleiro do seu time? Ou somente fazer aquela cara de espanto. Sim, ainda gera espanto quando dizemos que somos torcedoras e entendedoras do nosso time.
A luta pela igualdade e respeito em diversas áreas onde a mulher pode estar, é grande. Esses pequenos exemplos são mínimos diante de tudo que ainda temos que lutar para que haja igualdade. Futebol não tem gênero, idade, cor, raça, ideologias políticas e religiosas, futebol não foi feito para distinguir pessoas, mas, para unir pessoas. Futebol dentro de campo tem que ser coletivo, fora dele tem que ser igualitário. A luta continua! Avante mulheres de arquibancadas!!!
Raphael Veiga e Lucas Zelarayán. Cleiton com multa milionária!
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Edição: Dayana Cunha
Edição de imagem: André Cantini
Edição de texto: Angel Baldo