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Sette Câmara lamenta demissões no Atlético, mas calcula economia de até R$ 70 milhões até o fim do ano

Foto: Bruno Cantini

 

André Lobato
22/05/2020 – 23h22
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Em entrevista à Turma do Bate Bola, da Rádio Itatiaia, o presidente Sérgio Sette Câmara comentou sobre as demissões ocorridas no Atlético durante os últimos dias. Nesta sexta-feira, mais de 50 funcionários foram desligados do clube.

O mandatário lamentou ter que mandar embora colaboradores que estavam há anos no Galo, mas ressaltou que poderá recontratar alguns deles quando o clube estiver com uma situação financeira melhor.
Segundo Sette, com os cortes financeiros, o clube alvinegro pretende economizar R$ 10 milhões até o fim deste ano. O corte de 25% nos salários dos jogadores permanece, pelo menos até o retorno dos jogos.

Dessa forma, o presidente disse que além das demissões, irão ocorrer outros tipos de corte no clube. As medidas visam economizar até R$ 70 milhões até dezembro.

“As demissões, e a consequente redução na folha salarial, não é o único item que estamos cortando. Existem vários outros cortes que estamos fazendo para reduzir despesas. Nosso objetivo é conseguir, neste ano, um corte em torno de R$ 60 a 70 milhões”.

Além disso, Sette Câmara afirmou que as demissões de funcionários ligados ao ex-presidente Alexandre Kalil, não têm tipo de cunho político.

“O critério foi um critério muito simples. Nós preservamos os funcionários que tinham salários menores e obviamente tivemos que cortar alguns que tinham salários elevados e até mesmo fora dos valores praticados no mercado para a função que exercem. Então, foi só uma adequação. O critério foi basicamente esse, não teve nenhum tipo de conotação política”.

Por fim, o presidente atleticano confirmou que os salários de abril não estão quitados em sua totalidade. Entretanto, garantiu que os pagamentos serão realizados na medida que o clube for adquirindo recursos.

“Não é segredo para ninguém que estamos vivendo uma crise. Se ver que tem bancos de grande porte demitindo 10, 15, 20 mil pessoas e continuam faturando, imagine aqueles casos como o nosso do clube que não temos nenhuma receita. Não existe mágica, se alguém souber como podemos obter receita sem ter jogos, Globo, bilheteria, sócio-torcedor, enfim, todas as linhas de receita que o clube tem estão paralisadas.
Claro que isso reflete em honrar os pagamentos. Mas estamos buscando soluções e os colaboradores do clube têm que entender que esse é um momento de dificuldade, de sacrifício. Se não fosse, não estaríamos demitindo. Acredito piamente que temos uma luz no fim do túnel para que a gente possa normalizar esse pagamento nos próximos dias.”