Realidade distante da expectativa: A “revolução” que levou o Atlético ao buraco.
De carona com o FalaGalo: www.youtube.com/watch?v=2JumJZHzlhQ
A declaração do ex-lateral direito do Galo, Marcos Rocha, ao final da partida contra o Palmeiras é forte e dividiu opiniões, mas quem tem acesso aos bastidores do futebol já sabia e não se assustou. Para outros foram apenas palavras jogadas ao vento, já que hoje Marcos Rocha defende outra camisa.
Em janeiro de 2018, tivemos uma resenha com o jornalista Fernando Martins y Miguel (Super FC) sobre a contestada vinda do então diretor de futebol, Alexandre Gallo.
Um profissional que acumulou fracassos por onde passou após pendurar as chuteiras, sem contar que perdeu o emprego na seleção pela convocação de um atleta do Grêmio que estava lesionado, fato que gerou muitas desconfianças sobre o seu caráter e profissionalismo.
Alexandre Gallo foi contratado no final de 2017 por indicação do ex-presidente Kalil e teve total respaldo de Sérgio Sette Câmara, um presidente arrogante e prepotente. Desmanchou um time com grandes jogadores, seguindo o discurso de uma austeridade que até o momento não trouxe outros resultados que não a mediocridade em campo e também fora dele. Trouxe várias apostas por empréstimos, mas com altos salários e medalhões em total declínio na carreira, como foi o caso do volante Arouca, que nos dois anos anteriores fez menos de dez jogos pelo Palmeiras.
Alexandre Tadeu Gallo trabalhou com indicações de Agentes de sua confiança. Trouxe atletas até mesmo sem o aval do até então técnico Thiago Larghi e sem nenhuma condição de vestir uma camisa tão pesada como a do Atlético. Denílson, Martín Rea, Leandrinho, Arouca, Tomás Andrade, Samuel Xavier e Erik Lima são alguns exemplos da austeridade mesclada à camaradagem. E quem paga o pato dessa revolução? O Clube Atlético Mineiro. Na verdade, nós, torcedores.
Estamos quase na metade da temporada e o time não foi remontado até hoje. De todos os dezoito atletas que fizeram parte dessa austeridade, dessa “revolução”, apenas Emerson e Róger Guedes (negociados), Chará, Maidana, Zé Welison e Ricardo Oliveira tiveram sequência e até boas atuações. Todos os demais foram “tiro n’água”, como costumam dizer.
Não há, portanto, mesmo sem ter acesso aos fatos de vestiários e bastidores do futebol, nenhum motivo para surpresa ou espanto pelas declarações de Marcos Rocha. É fato que ele próprio havia pedido para ser negociado, mas se tivessem feito uma boa proposta a ele, talvez tivesse ficado ao menos mais uma temporada. Sua saída não pode ser então debitada apenas a atuação desastrosa de diretoria e Alexandre Gallo, mas sim, foi incentivada por esta pseudo austeridade tão alardeada.
Não se faz austeridade cortando seus itens principais de faturamento. Criar um time barato cortando a manutenção ou chegada de bons atletas é receita certa de fracasso. Isso não se restringe ao futebol, o pensamento se estende a qualquer empresa que esteja endividada.
Cortar despesas é sim importante, desde que se esteja falando daquilo que se pode cortar, os excessos e o desperdício. Cortar na principal fonte de receitas não pode dar certo, muito pelo contrário, deviam estar preocupados em aumentar e diversificar as tão escassas fontes de receitas. Aumentar receitas é sempre mais eficiente que cortar despesas, já que cortar supérfluos é louvável, mas aumentar as receitas é fantástico.
Não se faz bons times sem investimentos, não se ganha títulos sem ter bons jogadores, não se mantém um clube sem títulos e não se ganha a torcida com discursos.
Acorda, Galo, antes que você durma o sono eterno…
Por: Ángel Baldo e Silas Gouveia
Revisado: Jéssica Silva
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