Precisamos falar sobre o verdadeiro sentido de “amor ao clube” – Por Ramon Parrô
Tratado por muitos como “A coisa mais importante das menos importantes” o futebol é algo que mexe com a vida das pessoas. Ele tem a capacidade para mudar nosso humor, o cotidiano e até mesmo a interatividade de cada um de nós. Quem nunca ficou super ansioso para chegar logo a hora do jogo e poder encontrar seus amigos para assistir num bar ou em casa ? Ou então sentir aquele friozinho na barriga de ir logo pro estádio e ter aquela emoção única ao pisar na arquibancada ? Sem contar ainda aquela pessoa que se liga no radinho para ao menos escutar a partida, já que naquele momento a única forma de acompanhar o time do coração seja assim. É justamente sobre isso que quero falar hoje..
Sem entrar no embate de citar jogador A ou B, nem as situações que envolvem as negociações por ele, muito se fala que “se fulano ama o clube, ele aceita jogar recebendo valor x”. Antes de tudo, precisamos analisar de forma mais fria que o jogador de futebol é profissional e irá sempre pensar em seu futuro e no de sua família. Eu não faço ideia de quanto os jogadores ganham, muito menos qual o tipo de negociação que eles têm com dirigentes dos clubes para fecharem ou não um contrato. Eu só sei que na hora da decisão, é preciso pensar em todo o cenário que acerca a decisão final, e naquele momento tudo é colocado na balança. Se vai dar certo ou não, só Deus sabe.
Onde entra o amor nessa história então?
Ele entra com aquele torcedor que foi citado lá em cima. Aquele cara que faz de tudo pra acompanhar seu time, não importa a competição ou se é o time reserva. Aquele pai de família que recebe um salário mínimo por mês, têm as contas apertadinhas mas não resiste ao pedido do filho em ir ao estádio ver o time do coração. Aquela moça que sai da faculdade às pressas para chegar ao estádio em cima da hora. Os amigos do interior, que racham a gasolina e passam perrengue nas nossas irregulares estradas, tudo pelo prazer de ver o time perto. O trabalhador que vai à campo numa quarta-feira fria e chuvosa num horário péssimo, mesmo sabendo que irá acordar às cinco da manhã no dia seguinte para pegar no batente. A torcedora que mora do outro lado da cidade e toma duas ou três conduções, muitas das vezes até sozinha (mas ela é forte, guerreira e não desiste de acompanhar o time). Exemplos e histórias não faltam, cada um com sua importância.
Enfim, só queria deixar essa reflexão para vocês, amigos. Nós amamos o clube, não importa o momento em que ele esteja. Não importa a raiva que sentimos (atleticano sabe bem como é isso) a cada derrota jogo ruim ou notícias de bastidores. A saudade do time até o próximo jogo começa no apito final do último. Nós que estamos ali juntos pro que der e vier sem esperar nada em troca. Estamos apenas pelo sentimento, pela devoção ao clube. Amor, o verdadeiro, é isso.
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