Os porquês do Galo
Por Léo Siqueira e Stéfano Bruno
O atleticano vive e respira o Galo, sendo assim, ele apoia, mas também questiona. E como questiona. Decisões da diretoria, de treinador, estádio a se jogar, camisa que o time irá usar, valor de ingresso, e por aí vai. Com tantos porquês, vamos falar sobre alguns tentando analisar os dois lados da moeda.
Por que Patric?
Este hoje é sem dúvida o porquê número 1 dos atleticanos. Um atleta que tem muita vontade, muita força física, mas com pouca qualidade e números altamente contestados. Desde o ano de 2011 como jogador do Atlético, Patric nunca conseguiu se firmar entre os titulares.
Claro, tínhamos por aqui o Marcos Rocha, porém, mesmo nos momentos em que ele teve boa sequência de jogos, não conseguiu agradar a Massa Atleticana. Já os treinadores, em sua maioria, todos demonstraram muito interesse no trabalho do atleta, utilizando-o até mesmo como atacante.
Apesar de estar no clube há quase dez anos, Patric soma “apenas” 146 jogos e dez gols marcados com a camisa alvinegra. O número de atuações pode ser considerado baixo devido ao tempo de casa. Com o lateral em campo o Atlético conquistou 71 vitórias, 29 empates e 46 derrotas.
Por que Elias?
Contratado em 2017, Elias chegou com uma enorme expectativa da Massa Atleticana, já que suas passagens por Corinthians e Flamengo foram vitoriosas e de ótimo futebol. Já aqui, Elias obteve sim algumas boas atuações, porém, muito abaixo da expectativa.
No Atlético o jogador nunca ostentou uma grande sequência com bons jogos. Um jogador de muita qualidade, mas que fisicamente já não consegue desempenhar o mesmo papel de tempos atrás. Ainda existem os que acreditam no futebol do Elias, por enxergarem nele essa qualidade, mas no futebol cada dia mais físico de hoje em dia não basta apenas ter talento. Não se pode ter somente a força do Patric ou somente a técnica do Elias.
No Atlético desde 2017, Elias soma 120 partidas com a camisa alvinegra e 20 gols marcados. Com o volante em campo o Galo conquistou 57 vitórias, 31 empates e 32 derrotas.
Por que Fábio Santos?
Em fase ruim desde a temporada passada, Fábio Santos vem sendo contestado pela Massa e recentemente foi até alvo de vaias. A resposta é simples e geram outros porquês: Fábio Santos joga mesmo em má fase, por não ter um bom reserva, já que hoje seu suplente seria o garoto Hulk. Este, quando teve oportunidades, se mostrou muito afoito. Além do jovem, Levir Culpi também tem utilizado o lateral-direito Carlos César improvisado na lateral esquerda.
Fábio Santos chegou ao Atlético para substituir o lateral Douglas Santos, que tinha a saída iminente devido ao bom futebol apresentado. Fábio chegou a realizar bons jogos com a camisa alvinegra, porém, desde o ano passado não consegue repetir o bom desempenho.
No Atlético desde 2016, Fábio Santos entrou em campo 152 vezes com a camisa alvinegra e marcou 12 gols, sendo a maior parte deles em cobrança de pênalti. Com o lateral em campo o Galo conquistou 72 vitórias, 40 empates e 40 derrotas.
Por que não contratam outro lateral-esquerdo?
Pela falta de dinheiro e pela escassez do mercado. Quem tem não vende, ou vende muito caro. Porém, falta acertar a mão e formar atletas de qualidade na base para suprir as necessidades, principalmente em momentos de austeridade.
Por que renovar com Carlos César?
Falta de opção no mercado? Talvez seja, mas não justifica totalmente já que o Atlético buscou dois laterais-direitos recentemente: Emerson, que rendeu muito dinheiro aos cofres atleticanos em menos de um ano; e o Guga que vem pedindo passagem na lateral direita do Galo.
Assim como o Patric, Carlos César está no Atlético desde 2011 e passou por alguns empréstimos por não ter se firmado no clube. Mesmo assim o lateral vem tendo o contrato renovado sempre que o mesmo se aproxima do fim. O vínculo do lateral com a agremiação alvinegra se encerra no próximo dia 31 de julho.
E por último: por que se contrata muitos jogadores comuns ao invés de trazer apenas três que sejam craques e resolvam?
Dívidas na FIFA de contratações de 2013 para cá sendo pagas por essa gestão. Pouca arrecadação, cotas de TV adiantadas e com isso a necessidade de aproveitar mais as chamadas “oportunidades de mercado”. Infelizmente houveram inúmeros erros, principalmente na temporada passada, onde se trouxe muita gente que nada produziu, atletas que já saíram, outros que não são aproveitados e foram emprestados. Mas só de se gastar com seus salários já são um prejuízo aos cofres do clube.
Em contratações a margem de erro precisa ser pequena e o Galo errou muito na temporada passada, fato que atrapalhou o planejamento de contratações para este ano.
Os porquês não acabam por aqui, existem inúmeros. Como o atleticano que se pergunta o porquê de se jogar no Horto, não no Mineirão. Porém, no dia seguinte após a derrota para o Cerro Porteño/PAR, pela Copa Libertadores, muitas pessoas disseram: “Por que levou o jogo para o Mineirão? Deveria ter jogado no Horto, que é caldeirão.”
Se questione mesmo, atleticano. Nunca deixe de questionar, mesmo se não encontrar as respostas. Você apoia sempre, portanto, tem que questionar também. Seja estádio, contratação, renovação, treinador, valor de ingresso. Enfim, questione sempre, só não seja amargo e viva o Galo.
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