Por: Jéssica Silva (@jeatleticana)
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A Copa Sul-Americana é uma competição internacional, vale uma boa quantia em dinheiro e ainda dá ao campeão uma vaga direta na Libertadores do ano que vem. Levando em consideração as limitações do Atlético e as dificuldades do Brasileirão e da Copa do Brasil, priorizar a competição continental é o melhor caminho para o Galo hoje, sem sombra de dúvidas.
Contra o Unión La Calera, time pouco conhecido por aqui e de pouca expressão, o Atlético fez um jogo um tanto quanto parado, sem demonstrar muito interesse pela partida e acabou derrotado.
É verdade que a formação para o jogo da primeira partida na Sul-Americana não é a habitual, mas todo e qualquer jogador que vista a camisa alvinegra deve demonstrar no mínimo vontade, porém, o que vimos ontem foi algo muito diferente disso.
Uma das alternativas para o Galo ameaçar o adversário é o contra-ataque, mas durante o primeiro tempo o time não conseguiu se aproveitar disso. Na verdade, o aproveitamento atleticano como um todo foi pífio.
O La Calera dominou o meio de campo, mas os problemas do Galo foram muito maiores que isso, já que defensivamente o time também não soube se comportar. A marcação do Galo é feita a distância, na base da observação. Os defensores atleticanos não disputam bola e assim fica fácil para qualquer adversário chegar com perigo, por mais limitado que seja.
No segundo tempo o La Calera voltou melhor para a partida. Mesmo com um time inferior tecnicamente, os donos da casa buscavam o gol, queriam jogo e assim conseguiram sair na frente, graças às corriqueiras falhas defensivas as quais estamos acostumados.
Além das falhas defensivas, a falta de criatividade no meio de campo interfere diretamente no desempenho do homem de referência e, consequentemente, também interfere no resultado. Alerrandro, isolado, simplesmente não viu a bola chegar, dessa forma ficou praticamente impossível para o garoto ao menos tentar balançar as redes.
A cada minuto de jogo ficava mais clara a dificuldade do Galo em colocar a bola no chão, trocar passes e avançar rumo à área adversária. Essa tal dificuldade com certeza veio da falta de interesse de quem estava em campo, porque dar trabalho é uma coisa que um time como o La Calera jamais faria ao Atlético, mesmo escalado com alguns jogadores reservas, bastaria a equipe atleticana levar a partida a sério.
O futebol ruim apresentado pelo Galo ontem, a falta de interesse e a displicência que ficou visível em cada lance se deve ao fato que os jogadores não compraram a ideia do que significa a Sul-Americana neste momento, ou talvez acreditem que tenham chances no Campeonato Brasileiro – o que nem de longe pode ser considerado.
Sette Câmara já desprezou a Copa Sul-Americana antes e parece claramente ter interferido na escalação para a partida. É claro que é importante seguir pontuando no Campeonato Brasileiro, mas a única chance real de título hoje é a Copa Sul-Americana, sem contar que se trata de um caneco que a Massa gostaria de ver o time levantando, principalmente pelo que vem junto com a conquista.
Mesmo com alguns jogadores titulares o Galo não conseguiu ser superior ao La Calera em nenhum momento, talvez tenha chegado perto disso após tomar o gol, mas já era um pouco tarde para acordar e buscar o jogo.
Nathan pela esquerda e Vinícius centralizado deveriam aproveitar suas oportunidades e ao menos demonstrar vontade, mas fizeram uma partida pífia. Ambos não conseguiram criar, erraram passes bobos e contribuíram para a péssima atuação atleticana. Igor Rabello, tão aclamado pelo seu bom futebol no Botafogo, ainda não mostrou a que veio e não age como o zagueiro qualificado que sabemos que ele é. Maicon Bolt dispensa comentários, já que sua lerdeza, ironizando o apelido, não vem de hoje.
Se em meio a uma série de apresentações ruins alguém pode se salvar, esse alguém é Cleiton. O jovem goleiro se mostrou muito seguro durante a partida, mesmo jogando ao lado de tanta gente preguiçosa. Sendo assim, fica ao menos o ponto positivo de termos um bom goleiro na reserva.
Conseguir uma vitória por dois gols de diferença no Horto não é tarefa difícil, isso se cada jogador do Atlético souber se comportar dentro da camisa pesada que representa em campo. O Galo tem sim suas dificuldades, mas é óbvio que jogando com vontade pode superar o La Calera “com os pés nas costas”, pois o time chileno é pra lá de limitado.
Se o time de hoje tivesse demonstrado 1% da raça que vimos contra o Flamengo no último sábado, teríamos trago um resultado positivo para casa, levando em consideração a falta de qualidade e representatividade do adversário da partida de ontem.
Que no jogo da volta Rodrigo Santana trabalhe com o que tem de melhor no elenco, escalando um time ofensivo que construa o resultado necessário, mas claro, tomando todo o cuidado para não ficar vulnerável e sofrer mais gols.
O objetivo é permanecer na disputa pela Sul-Americana e futuramente conquistá-la para tentar salvar a temporada e isso é o mínimo que se espera de um time do tamanho do Atlético.
Ficha técnica:
UNIÓN LA CALERA-CHI 1 X 0 ATLÉTICO
Unión La Calera-CHI
Batalla; Andía, Vilches, Alvarado e Wienberg; Laba, Zuñiga (Navarrete, aos 32/2°T), Leiva e Lobos; Walter Bou (Leyton, aos 45/2°T) e Larrondo
Técnico: Francisco Meneghini
Atlético
Cleiton; Guga, Leonardo Silva, Igor Rabello e Patric; Adílson; Chará, Jair (Terans, aos 39/2°T), Vinicius e Nathan (Bruninho, aos 21/2°T); Alerrandro (Maicon Bolt, aos 28/2°T)
Técnico: Rodrigo Santana
Gol: Lobos, aos 18/2°T
Cartões amarelos: Walter Bou, aos 45/1°T; Igor Rabello, aos 26/2°T; Leiva, aos 42/2°T
Motivo: Jogo de ida da segunda fase da Copa Sul-Americana
Estádio: Nicolás Chahuán Nazar, em La Calera, no Chile
Data e horário: terça-feira, 20 de maio, às 21h30 (de Brasília)
Árbitro: Roddy Zambrano (EQU)
Assistentes: Luis Vera e Edwin Bravo (EQU)
Transmissão: DAZN