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Libertadores: Galo vence fora de casa – Por Jéssica Silva

Em seu segundo jogo contra o Defensor Sporting na história, o Galo tinha como objetivo a vitória para trazer uma vantagem para Belo Horizonte e encaminhar sua vaga na fase de grupos da Libertadores.

Conhecido ironicamente por não se defender muito bem, o Defensor estava em busca de sua primeira vitória na temporada jogando em casa, um presságio de que o Galo poderia alcançar o triunfo.

Apesar de jogar fora de casa, o ideal para o time alvinegro seria abrir o placar o quanto antes, tanto para ter um placar favorável a ser administrado, quanto para mostrar a que veio. A disparidade técnica entre as equipes era enorme, portanto, cabia ao Galo propor o jogo. Para a nossa alegria, o placar foi aberto no Luis Franzini por um guerreiro atleticano: Rever. Aos 11 minutos, Cazares cobrou falta com precisão e o Capitão América marcou seu primeiro gol com a camisa alvinegra após seu retorno ao Atlético. Mesmo com a vantagem o Galo se manteve no ataque, o que foi muito positivo. Muitas foram as ocasiões em que o time atleticano relaxou após construir alguma vantagem, mas durante este primeiro tempo contra o time uruguaio, a equipe de Levir não se deu por satisfeita com o tento marcado ainda no início.

As ações ofensivas do Defensor quase não existiam, e vendo algumas bobeiras dos donos da casa ficava cada vez mais claro o porquê de nenhum adversário ter sido derrotado pelo time do treinador Jorge da Silva no Luis Franzini.
Mesmo com um melhor aproveitamento e com mais chances durante os primeiros 45 minutos, o máximo feito pelo Galo foi abrir o marcador e o Defensor se aproveitou disso no segundo tempo.

Empatar a partida: esse era o objetivo do anfitrião em Montevidéu. Com o placar mínimo para ser revertido, o time uruguaio adiantou suas linhas e buscou pressionar o Galo, equilibrando as ações do jogo.

Quem está acostumado a ver o Atlético dificultar coisas simples e facilitar a vida difícil dos adversários não teve sossego quando viu que o Defensor tinha agora a intenção de dar trabalho. Ceder um empate, ou de repente uma virada a um time tão desqualificado seria vergonhoso, porém, não surpreendente. Para nossa sorte, o último toque na bola não era dado com capricho pelos uruguaios e a falta de objetividade do Defensor foi maior que a distração do Galo em determinados lances.

Levir Culpi optou por sacar Ricardo Oliveira do time e trazer Zé Welison para “fechar a casinha”. Francamente! Seria mais fácil atravessar o campo e dizer ao treinador adversário que ele poderia vir com tudo para cima, já que o Galo iria se acovardar. Definitivamente não concordo em segurar as pontas com uma vantagem tão frágil, contra um adversário mais frágil ainda.

O coro do “Guga titular” ecoa pela arquibancada, pelos bares e pela internet também e não há quem discorde – além de Levir Culpi, mas hoje o destaque para Patric é positivo. O lateral não fez uma partida impecável (seria pedir muito), mas foi dele que veio o belo cruzamento para o gol do alívio, marcado por Cazares na etapa final. Falando no equatoriano, com um gol e uma assistência, o meia colocou em evidência mais uma vez a boa fase que vive e o quanto vem sendo fundamental para os nossos triunfos.

Outro jogador que vem se destacando positivamente é Ricardo Oliveira, com um ótimo aproveitamento cara a cara com o gol. Hoje desperdiçou uma grande chance de marcar seu décimo tento na temporada, mas nada que não possa ser perdoado. Nada de memória curta.

Na ponta esquerda, o destaque foi negativo e ficou por conta de Chará, que além de ter nos tirado boas chances de gol, vem destoando do restante da equipe. Infelizmente, nem me recordo da última vez em que ele tenha feito uma partida digna de elogios.

Resumidamente, o Galo fez o dever de “fora de casa”. Criou grandes oportunidades, sofreu em alguns momentos contando com Victor, Rever e Luan para impedir gols adversários e até teve a chance de marcar o terceiro em contra-ataque puxado por Cazares, nos últimos minutos, mas não obteve sucesso. Mesmo assim, trazer uma vitória por dois gols de diferença para Minas Gerais nos deixa com um pé no grupo E da Copa Libertadores da América, na companhia de Nacional-URU, Cerro Porteno-PAR e Zamora-VEN.

Tirando como lição a experiência contra o Danubio no desafio anterior, nada está ganho. O esperado é que o Galo se imponha jogando em casa (durante os 90 minutos) e não dê ao Defensor sequer a chance de gostar do jogo.
A partida será disputada no Independência, às 21:30 da próxima quarta-feira. Que ao final de tudo possamos comemorar nossa volta à competição continental de forma oficial e aí sim começar a disputar uma guerra em busca da tão sonhada conquista da América.

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