Lucas Malveira
24/01/2020 – 10h
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Se um bom time começa por uma boa defesa isso engloba ter um bom lateral-esquerdo. Nos últimos anos, porém, esse é um dos principais entraves para a tranquilidade do atleticano. A posição em que já tivemos vários craques, como Paulo Roberto Prestes e Jorge Valença, é hoje sinônimo de pesadelo para à massa, que vê em Guilherme Arana a solução dos problemas. O lateral-esquerdo desembarca em BH na próxima terça-feira, para realizar exames e assinar contrato com o Atlético.
Para os que acham que o problema é atual, não se enganem. Para exemplificar o cenário vexatório das contratações do Atlético para a posição, vamos a nomes e números de alguns jogadores (dos cerca de 30) que passaram pelo clube nos últimos 15 anos.
Léo de Deus (2004), Esquerdinha (2005), Bruno Barros (2008), Luis Gustavo (2008), Wellington Saci (2009), Triguinho (2012), Pedro Botelho (2015) e Mansur (2016) são algumas demonstrações claras de apostas e erros para solução da problemática supracitada, visto que fazem parte de um grupo de mais de 70% dos laterais-esquerdos que completaram, no máximo, 15 jogos no clube a partir de 2004. Após esse período, apenas Thiago Feltri (137 jogos), Rubens Cardoso (99 jogos), Júnior César (71 jogos), Leandro (57 jogos), Emerson Conceição (27 jogos), Douglas Santos (102 jogos) e Fábio Santos (com 204 atualmente) tem mais de 20 partidas pelo clube (jogadores como Júnior e Richarlyson dividiram funções de meio-campo e defesa, logo, não entraram na lista).
Reflexo da desorganização e da falta de planejamento da equipe, a vasta lista pode ser pausada com a chegada de Guilherme Arana. A negociação quase sacramentada (falta exames médicos e assinatura) com o Sevilla pode dar ao Atlético o lateral eleito o melhor da posição no Brasil, em 2017, ano em que Arana foi campeão brasileiro atuando pelo Corinthians. A solidez defensiva tão desejada pela torcida pode, enfim, ser alcançada a partir de 2020, junto à tranquilidade da certeza de que não teremos um lateral com, no máximo, 15 atuações, como ocorreu com os mais de 70% que passaram por aqui ao longo das últimas duas décadas.