Galo, Som, Sol e Sal Por: Betinho Marques – @rmarques13

 

Galo, Som, Sol e Sal

Você me pergunta pela minha paixão e eu queria receber cartas

Ver o desenho do sentimento no contorno caprichoso das letras cursivas

Uma esperança do MOÇO dos Correios “apontar” na rua, já pensou receber uma resposta do GALO?!

Ahhh, aquela carta! Será que chegou?

Mais que isso, os “amarelinhos” no sol eram o cheiro da esperança na esquina a virar

 

A vida acelerou os ritmos, os corações, as iras e as paixões

Muito “te amo” temporal, descartado e levado pela tempestade do varal sem prendedor

A conquista, o preparo, o jardim regado, a mensagem natural não chega mais

Compartilha-se na “Lista de Transmissão” o pulsar do coração e “tá tudo pronto”

Quando está tudo pronto, não precisa a lugar nenhum chegar

 

O caminho da seta é sempre árduo

Foram-se os anos de ser feliz pela conquista

Já foi o tempo de ler no jornal a aprovação do vestibular

Contemplar, cativar, conquistar

A carteira de habilitação na raça

 Os ingressos dos jogos do Galão na caixa de recordação…

 

…Na caixa de fotos reveladas, nos recortes de jornal

A saudade de um “cumpadre” que se foi

O sorriso feliz de ir ao campo só para ver o Atlético jogar

A expectativa da entrada em campo, o picolé e o abraço de gol em qualquer braço

No mesmo dia a vida e a morte, quem tem amor na vida, tem sorte!

 

A seta de preparar o domingo para te encontrar

Respira tudo, muda o cheiro, limpa o ar

O grito simples de “GalÔoooooo fiu fiu fiu” faz toda energia transformar

Nem precisa muito! Um café, a benção pra mãe, bandeira na mão  

O resultado do jogo para o atleticano é uma roupa no varal sem prendedor

O resultado voa, mas o atleticano vai sempre ficar

 

É o Atlético do povo marcado, do povo feliz

O time da seta a caminho

Só não existe desistir, abandonar

É o GALO sem rótulos no seu DNA

Tem cartas na história, mas o amor é flexível

Ele guarda as raízes, mas sabe se adaptar, “ocê printa a tela pra gente salvar”

 

O esquadrão do Mário de Castro, das broas de fubá, do jiló do Mercado Central

A nação do Twitter, do Facebook, do YouTube e do Instagram

O povo do olhar de soslaio e do passo firme ao caminhar

Das cartas bem escritas, do coração desenhado em nanquim

Dos que vão para a praia e atravessam para o outro lado ao ver uma camisa do CAM passar

Nós somos…

“Nós somos mineiro”, Uai!

“Vamo lê tudim”, e depois eu mando meu neto postar no Instagram, Uai!

Nós temo o cheiro da terra, do asfalto e do capim

Espera seu pai primeiro servir, depois do almoço tem goibada com queijo e pudim!

 

Nós somos do amanhã, do ontem, do hoje

A feijoada tem couve e o dente também

Pra quem é do cerrado tem até pequi

Atleticano muda a idade, muda o endereço só “num vem rotular o povo daqui”

Nós não somos lata de óleo, sô!

Nós somos do Clube Atlético Mineiro, isso sim!

 

Viemos para te ver e não importa onde

Dar nome a tudo é deixar de sentir para explicar

Deixa a brisa bater, largue a ansiedade

Largue o niilismo e mate a saudade

A raiz atleticana é profunda, é pivotante!

 

Você me pergunta pela minha paixão e eu queria cartas suas ou com o símbolo do Galão

Mas pode ser um “oi original” do WhatsApp, sem ser “encaminhada”

O ano começou e eu estou com o peito cheio de esperança, a sinergia da Massa vai voltar

O hino a tocar … “Vencer, vencer, vencer”

Enxergo o arrepio nos pelos dos braços, original para o atleticano é amar!

 

Por paixões atemporais

Pelos jogos de futebol de botão e pelo café novinho da tarde

Na esperança do sorriso espontâneo

#Galo, som, sol e sal é fundamental!

 

 

 

 

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