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Entramos em campo e viemos pra ficar

O futebol é para todos. O Galo é para todos. E, como bom representante do que é o amor pelo Atlético, o Fala Galo também é para todos.
Mulher também curte assistir futebol na
companhia de uma gelada. Mulher também gosta de ir ao estádio, mesmo que sozinha, para ficar mais perto de sua paixão. Mulher também gosta de debater sobre o esporte e ter
espaço para isso.
Poucos sabem, mas na história do Galo, uma mulher pioneira teve um
papel fundamental e certamente é um exemplo de atleticanidade.
Dona Alice Neves, teve a ousadia de criar uma torcida feminina em um tempo de opressão e submissão da mulher. Anfitriã no momento da fundação do Atlético, Alice acreditou no sonho daqueles garotos e nunca deixou de apoiar. Indo de casa em casa, ela pedia
autorização dos pais para que suas filhas integrassem a primeira torcida organizada feminina.
Mãe de um dos fundadores do clube, Mário Neves, em sua casa Dona Alice
Neves foi responsável por confeccionar os primeiros uniformes alvinegros usados pelos nossos jogadores. Ela era uma torcedora e tanto e sem dúvida, através dela, nasceu a essência da torcida atleticana.
Desde o princípio as mulheres estiveram entre as pessoas que ergueram o Galo, ajudando a colocá-lo na posição de destaque em que se encontra hoje.
Nos dias atuais quem pensa que em um evento futebolístico não deve ter a presença de mulheres, bom sujeito não é. Assim como a Dona Alice Neves, há outros exemplos de mulheres pioneiras que nos enchem de orgulho. Contamos com grandes nomes femininos na crônica esportiva de Minas Gerais, como Kity Bargas, Dimara Oliveira e Adriana Spinelli que além de demonstrarem seu talento e compromisso com o futebol diariamente, também inspiram várias outras mulheres a trilharem o mesmo caminho.
A relação do público feminino com o Atlético é intensa, independente da geração. Como não olhar a Vovó do Galo, ícone atleticano nas redes sociais e na arquibancada, e não se imaginar
exatamente como ela no futuro? O amor pelo maior clube de Minas e pelo futebol é muito bem representado pelas mulheres e vem sendo assim há bastante tempo. O Clube Atlético
Mineiro nos deixa livre para ter um papel de destaque em sua história. Torcedoras
apaixonadas, funcionárias da TV oficial do clube e agora um time feminino. Levando em consideração suas raízes, isso não poderia ser diferente.
Mas afinal, o que queremos dizer com tudo isso? O caminho das mulheres pelo futebol não foi fácil, e ainda não é. Mas pouco a pouco nós vamos conquistando o nosso espaço, com muito trabalho e dedicação.
Uma das maiores novidades para 2019 é que o Clube Atlético Mineiro montou um time feminino de futebol, em parceria com o Prointer, que certamente nos dará muito orgulho.
O Fala Galo busca levar informações ao torcedor com responsabilidade e credibilidade. E a exemplo do Galo, o Fala Galo também nos deixa à vontade. Comentar, debater, escrever…É importante deixar claro o quanto esse espaço nos enche de opções para que não estejamos atrás ou à frente de nenhum homem, ficamos sempre ao lado deles. Muito se fala em machismo no futebol, e ele existe. Porém, valorizar quem nos estende a mão sem levar em consideração algo tão banal como gênero é essencial.
Em 2019, o Fala Galo vai se aprofundar ainda mais em destacar a mulher no futebol. A voz feminina será ouvida em um tom mais alto e você, atleticana que acompanha o nosso trabalho, terá um
destaque maior. Os atleticanos também estão convidados, porque aqui é Galo!
Nós, as meninas da equipe, nos unimos para ter uma coluna exclusiva para mulheres de arquibancada. Moças que como qualquer um de vocês acompanham o Galo. Sofrendo,
chorando, vibrando e se emocionando.
A voz feminina que vem das arquibancadas será ouvida. A partir deste ano vamos ouvir várias vozes aqui no Fala Galo, veremos o Galo por elas.
Preparem-se para experimentar um pouco do nosso time por um olhar feminino.
Sejam bem-vindos à Arquibancada Feminina!
Carol Castilho
Cris Bastos
Dayana Cunha
Jéssica Silva
FALA GALO 13
Com contribuição de Mallu Precioso.