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Eliminados – A base que não revela – Por: Cris Bastos

 

 

 

O atleticano está contando nos dedos os dias para o primeiro jogo do ano. A expectativa por um 2019 melhor que a última temporada é grande. Por conta da maneira que terminamos o último ano, muitos querem avaliar as escolhas da diretoria que cometeu muitos erros em 2018. Porém, já tem gente trabalhando forte dentro do Atlético, não só em prol do time principal.

A categoria de base estreou o ano no dia 03 de janeiro, na disputa da 50ª Copa São Paulo de Futebol Junior. Com placares pequenos e um futebol simples, o Galinho seguiu invicto na competição até as oitavas de final, sendo então eliminado pelo time do Volta Redonda.

Uma eliminação que acende na cabeça dos atleticanos vários questionamentos. Hora de avaliar o trabalho feito onde deveria ser nossa “fábrica de talentos”. Quem já teve a oportunidade de conhecer a estrutura da base do futebol do Atlético, certamente se pergunta sobre o tamanho do investimento feito ali. A estrutura física e também os profissionais que trabalham em nossa base são com certeza melhores que de vários times profissionais no Brasil. Algumas perguntas precisam ser respondidas:
– Qual foi a última grande revelação da nossa base?
– A transição desses atletas para o time profissional tem sido feita da maneira correta?
Na Copa SP, no time do Galinho, havia atletas que já foram integrados ao elenco principal e, durante a competição, não conseguiram se destacar. Apesar de vermos atletas jovens com aquela banca de boleiro, vemos também um time fraco, com erros de fundamentos básicos e pouca qualidade na troca de passes.

A base do Atlético vem sofrendo sérias críticas em sua política interna nos últimos 10 anos. Acusações graves sobre a pessoa de um já substituído diretor eram feitas e, com isso, veio o rótulo de uma base fraca e sem perspectivas de grandes revelações. Quando Marques assumiu o departamento da base, começaram relatos de uma mudança interna positiva e que certamente a colheita de bons resultados seria consequência. Será que agora, depois de assumir como diretor de futebol do time principal, mais uma vez a base do Galo perdeu sua referência de qualidade? Muitos ex-atletas foram incorporados ao grupo de profissionais que trabalham na base, e algumas pessoas até questionam essa decisão da diretoria.

São muitas perguntas, muitos questionamentos feitos diante de uma eliminação. Mais preocupante que a falta de títulos na base, é a não revelação de novos atletas. As opiniões são diversas, há quem defenda até a extinção da base com a alegação de que, sem revelar, o clube acumula prejuízos. A torcida, muitas vezes acompanhando jogos do time profissional, questiona a qualidade técnica de alguns atletas e pensa: ”não é possível que na base não tenha um menino melhor que esse cabeça de bagre”. Vendo os jogos da Copinha, essa pergunta foi facilmente respondida.
Reestruturar é preciso. Um clube forte, futuramente, precisa ter uma base forte. Que a diretoria, a comissão técnica e os atletas encontrem o caminho de acertos. O Galo é gigante e precisa ser forte e vingador em qualquer categoria. Que os jovens atletas que estiveram na Copinha, mesmo já integrados ao grupo principal do clube, tenham a força e a sabedoria de se reencontrar no caminho do sucesso.

E que o futebol da base do Atlético encontre o caminho certo para revelar nossos futuros craques.

Cris Bastos

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