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Dois interinos e uma certeza: não há planejamento

 

 

Stéfano Bruno
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
26/09/2019 – 04h

No dia 25 de junho de 2018, respaldado pelo bom desempenho, Thiago Larghi foi efetivado como técnico do Atlético. Na ocasião, o treinador já havia comandado a equipe alvinegra em 32 jogos. Neste período ele conquistou 17 vitórias, empatou sete vezes e sofreu oito derrotas. Um aproveitamento de 60,4%.

Praticamente um ano depois, no dia 24 de junho de 2019, novamente um técnico interino é efetivado como comandante do Atlético. O nome da vez é Rodrigo Santana. Após 17 jogos, Santana alcançou a confiança necessária para seguir à frente do time. Neste período foram oito vitórias, três empates e seis derrotas. Um aproveitamento de 52,9%.

Após a efetivação, Thiago Larghi e Rodrigo Santana viram o desempenho do Atlético despencar. Larghi suportou essa pressão por 17 jogos. Foram seis vitórias, cinco empates e cinco derrotas – 45,1% de aproveitamento.

Não bastasse o desempenho numérico, em campo a produtividade do time comandado por Thiago Larghi também caiu. Em seu período como interino, foram 51 gols marcados (média de 1,59 por jogo) e 29 sofridos (média de 0,91 por duelo). Com Larghi efetivado, o Atlético marcou 23 gols (média de 1,35 por partida) e sofreu 17 (média de 1,00 por confronto).

O mesmo ocorre com Rodrigo Santana. No período em que atuou como interino ele viu o Atlético marcar 21 gols (média de 1,24 por jogo) e sofrer 18 (média de 1,06 por duelo). Com Santana efetivado, foram 21 gols marcados (média de 1,17 por partida) e 20 sofridos (média de 1,11 por confronto).

Será coincidência essa queda de desempenho de Thiago Larghi e Rodrigo Santana após serem efetivados?

 

Opinião

Primeiro, falando do que percebemos dentro de campo, um dos motivos para a queda de rendimento é o elenco desequilibrado e com poucos jogadores decisivos. Com o aumento da competitividade no decorrer do Campeonato Brasileiro, isso acaba culminando com a queda de produção.

E a culpa disso é do técnico?

É notório que o Atlético não tem critério para eleger um técnico. Em 2018, após a demissão do técnico Oswaldo de Oliveira, comentou-se que a diretoria procurou nomes como Felipão, Cuca, Abel Braga e Levir Culpi – este último revelado posteriormente pelo presidente Sérgio Sette Câmara.

Primeiro, Felipão, Cuca, Abel e Levir têm características de trabalho distintas. Segundo, nenhum deles se aproxima da filosofia de trabalho do Oswaldo de Oliveira (o que pode ser bom, uma vez que Oswaldo não deixou nenhum legado no clube). E o trabalho do Oswaldo também não tinha nenhuma semelhança com o do seu antecessor. É um ciclo!

Ser organizado fora de campo é tão importante quanto ter um elenco competitivo. Ter ideias coesas e um planejamento a médio ou longo prazo, que seja bem fundamentado e seguido à risca, é fundamental para chegar ao objetivo principal: as conquistas importantes.

 

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Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini