Ramon Parrô
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
07/11/2019 – 06h
Durante toda a sua vida, o torcedor atleticano acreditou torcer para um time que joga pra frente, que se impõe sobre os adversários. Isso é o que agrada e o que se espera do Galo. O torcedor não exige menos que muita raça e entrega dos jogadores. Mas o torcedor também precisa ter consciência que, por diversas vezes, não abrir mão dessas características custou caro ao clube, custaram conquistas. E é sobre isso que eu quero falar.
Ao longo de sua história, o Atlético obteve um papel de destaque no cenário nacional:
O Galo foi o 1° CAMPEÃO BRASILEIRO (1971); CAMPEÃO DOS CAMPEÕES ESTADUAIS (1937), torneio realizado à época pela extinta FBF – Federação Brasileira de Futebol -, que mais tarde viria a cuidar do futebol da CBD, hoje CBF; COPA DOS CAMPEÕES DO BRASIL (1978), realizado pela CBD a fim de ter um segundo torneio em âmbito nacional, havendo apenas essa edição; e COPA DO BRASIL (2014).
Além das conquistas internacionais que desbravaram a América e o mundo:
CAMPEÃO DO GELO (1950), 1° clube mineiro e um dos primeiros do Brasil a competir na Europa; Ramón de Carranza (1990), considerado na época um dos mais importantes torneios do Velho Continente; BICAMPEÃO DA COPA CONMEBOL (1992/1997); COPA LIBERTADORES (2013); e RECOPA SULAMERICANA (2014).
Apesar dessa rica história, clube e torcida sofreram bastante com títulos que escaparam e/ou lhes foram tirados. Algumas campanhas foram dignas de conquistas que infelizmente não vieram. E em todas elas um fator esteve enraizado no clube: a forma de jogar, o DNA. Tal qual citado no início deste texto. A gana de ir pra cima do adversário sempre foi um motivo de orgulho para a torcida, que não tolera assistir um jogo em que o Galo seja encurralado, em que o adversário domine a partida. Desde que me conheço por gente é assim.
Com o passar dos anos nosso arcaico futebol brasileiro foi ficando cada vez mais defensivo, para não dizer mais feio. Times que jogam “pro gasto” vão ganhando cada vez mais espaço. O talento e a ousadia agora dividem espaço com um futebol tático, físico, rígido, mas que tem funcionado e levado outros clubes a conquistas importantes. Mas, e o Galo? Será que a torcida aceitaria ver o time jogando de outra forma, fugindo de seu tradicional DNA?
Claro que se perguntarmos a qualquer atleticano, evidentemente a resposta será a de que quer ver o time sendo campeão jogando bonito, pra cima, atacando sempre. É válido tocar neste assunto, pois, como o Fala Galo trouxe anteriormente, Fábio Carille é o sonho do presidente Sette Câmara para treinar o Galo em 2020. Como sabemos, o estilo de jogo praticado pelo treinador é o de um futebol retraído, que trabalha bem o sistema defensivo e que, muitas das vezes, joga pelo erro do adversário. E ele conseguiu destaque assim. Chegou até a ser considerado o treinador do futebol modelo em 2017 (mas que ironia isso). Agora, só nos resta esperar para ver se, de fato, Carille será o técnico do Galo no próximo ano e se ele terá respaldo para trabalhar à sua maneira ou se terá que se reinventar e jogar como o torcedor atleticano gosta. Ou ainda se há um plano B, QUE NÃO SEJA A SÉRIE, nas mangas da diretoria.
Independente das decisões a serem tomadas, a torcida atleticana só quer voltar a sorrir e ter um 2020 melhor e mais digno. É nítido o desânimo que tomou conta dessa torcida, que precisa ser melhor cuidada e ter mais consideração por parte da diretoria, pois ela é o maior patrimônio do clube!
CARILLE NO ATLÉTICO EM 2020:
GOSTOU? Siga nossas redes sociais. Clique nos links abaixo e fique por dentro dos bastidores do Atlético.
Facebook: facebook.com.br/falagalo13
Instagram: instagram.com.br/falagalo13
YouTube: youtube.com.br/falagalo13
Twitter: twitter.com.br/falagalo13
Site: falagalo.com.br
Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini
Edição de texto: Angel Baldo