Devo, não nego, pago quando puder. E daí, Sette?
Foto: Reprodução/Internet
Por: Max Pereira
03/06/2020 – 03h00
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Com a divulgação não oficial do balanço do Atlético, ano base 2019, a delicada situação financeira do clube ficou escancarada, justificando as enérgicas medidas sugeridas pela Ernest Young, já analisadas em linhas gerais aqui no Fala Galo.
Acesse “O Galo e sua vida financeira – Os balanços do clube com gráficos para análise visual. Receitas e Despesas ano a ano de 2009 a 2018”. Vá lá e veja, em detalhes, uma bela radiografia da vida financeira do Atlético nos últimos 15 anos. É para o torcedor entender!
O balanço vazado, parcialmente ou não, merece atenção e mostra que o clube tem que repensar, para ontem, os seus métodos e as suas concepções de gestão e governança.
Mas, há um ponto positivo efm tudo isso: parcela cada vez mais significativa da torcida está dando atenção para este problema.
E, ainda que,vários debates tragam à tona entendimentos pueris e abriguem sugestões rasas e ingênuas, o torcedor atleticano começa a perceber o quão é importante se informar, debater e cobrar. A tragédia azul deixou muita gente com as barbas de molho.
O Fala Galo apurou, também, as mudanças estruturais propostas em auditoria contratada à Ernst & Young, que visam equalizar o clube de forma sustentável em no mínimo 5 anos e que, a bem do Glorioso, já devem ser implementadas desde “ontem”.
A consultoria da Ernst & Young passaria por três etapas, diagnóstico, plano de ação e execução.
As ações previstas irão gerar um “remédio” amargo traduzido em cortes drásticos, tanto na folha de pagamentos, quanto na própria estrutura de cargos do Atlético. Mais de 50 funcionários já começaram a ser desligados do clube.
A EY concluiu que a folha de pagamento continha distorções totalmente “descabidas”, corroendo as receitas do clube.
A relação entre os gastos com o futebol e com o administrativo era de cerca de R$ 10 milhões para R$ 4 milhões, respectivamente. Algo absurdamente desproporcional.
Alguns profissionais, dentro e fora do futebol, eram remunerados de forma incompatível com receitas do clube e o mercado.
Na auditoria foram detectados, inclusive, pagamentos de viagens e despesas pessoais que não se justificavam.
Em consequência, o clube acumulava despesas altíssimas e, por cerca de 30 anos, somou prejuízos exorbitantes.
A EY preconiza cortes em torno de 70%. E não apenas só com o pessoal, mas também em outras despesas.
Com ações que estão em andamento, e que se somam a outras medidas que começaram a ser implementadas ano passado, a estimativa é de uma redução mensal de cerca de R$ 3,5 milhões.
Em síntese, gastar o estritamente necessário e com aquilo que der retorno.
Nada disso, entretanto, elimina a necessidade de aportes urgentes que, brevemente, serão negociados e contratados com os parceiros.
Diante deste diagnóstico, não há outra conclusão possível: ou o Atlético escolhe o caminho da racionalidade e da profissionalização de sua gestão ou forçosamente trilhará o caminho do Vasco e, principalmente o do rival azul. Simples, assim.
Há tempos publiquei em minhas redes sociais este post:
“O Atlético precisa passar por uma profunda reformulação de conceitos e métodos no trato do futebol profissional. Sette Câmara está a altura dessa missão? Acho que não”. E, confesso, continuo achando a mesma coisa. Por outro lado, a base parece evoluir e Chávare faz um trabalho que tende a mostrar frutos interessantes a médio e a longo prazos.
Paradoxal, não? Afinal, quem contratou Júnior Chávare e está dando a ele condições e estrutura logística e de pessoal para realizar esse trabalho, sem dúvida alguma promissor, não é outro senão Sette Câmara.
Não, não estou sendo incoerente. O Atlético é, e sempre foi, um paradoxo no sentido lato do termo. No artigo “Autocracia x Democracia, o paradoxo Atleticano” escrevi sobre isso.
E Sette Câmara tem, ao longo de seu mandato, exemplificado isso à larga.
Neste 2020, com o advento da pandemia e a interrupção das atividades, investiu, como ele e nenhum de seus antecessores nunca tinham feito antes, em uma comunicação panfletária com a massa. A TV Galo, por exemplo, chegou a apresentar 40 lives.
E o próprio presidente se tornou a estrela de outras inúmeras lives e entrevistas, sempre falando mais do mesmo e, pasmem, contribuindo para que ativos do clube, como Cazares, se desvalorizem e se encham de ressentimentos.
A história de Cazares no Atlético é pontilhada por erros e mais erros. Errou e continua errando o equatoriano.
Errou o comando atleticano quando não mostrou pulso firme, ou pelo menos, por passar sempre essa impressão, por nunca se colocar claramente diante da opinião pública e, em especial, diante de sua massa torcedora, sempre que um fato explodia, permitindo mil e uma especulações maldosas e fake news, por nunca ter sido eficiente no cuidado, na blindagem e no trato do atleta, por ter, como parece, desistido do jogador e, por começar, de algum tempo para cá, a se manifestar a respeito dele de forma desrespeitosa e depreciativa.
Errou a torcida ao se deixar levar por um ranço e um ódio imensuráveis. E errou a mídia, quase sempre de forma intencional, em explorar de forma covarde os fatos relativos ao craque.
Muitos cobram, que ao Cazares, sejam aplicadas punições severas. Sobre isso não me sinto confortável.
É preciso conhecer a fundo a dinâmica dos fatos que envolvem o jogador e baliza-los à luz de sua história e formação, abstraindo, claro, de todas as influências externas e inibindo quaisquer ingerências alienígenas, sempre carregadas de intenções inconfessáveis.
Ao se manifestar publicamente sobre a atual situação financeira do clube, o diretor Alexandre Mattos, não obstante tecer um roteiro interessante parassem seguido pelo clube, se aproveitou para dar um alfinetada claramente dirigida ao craque equatoriano:
“A grande mudança que temos fazer no Atlético tem que ser na seguinte proporção: Cortar gastos desnecessários, manter apenas jogadores comprometidos com clube, inclusive aproveitar mais a base!!! Porque com essa crise, se der bobeira, termina sumindo dos campos, igual os nossos co-irmãos”.
Está claro que, dentro do Atlético, tem gente que quer ver Cazares longe do clube.
Se de um lado, não há como condenar o atleta por querer se livrar dessa convivência tóxica, de outro, como aprovar essa má querência que, não só conspurca o ambiente, como desvaloriza o jogador, joga a torcida contra ele e o faz não querer renovar o seu vínculo, o que ainda traz irreparáveis prejuízos financeiros para o clube que fatalmente perderá o craque sem nenhum retorno?
Ainda sobre Cazares surgiu mais uma querela. Não obstante ter anunciado, tão logo o clube ter reiniciado as atividades que nenhum jogador havia testado positivo, o Atlético informa que o equatoriano, apesar de vir treinando normalmente como evidenciam vários vídeos divulgados, contraiu a doença e que já estaria em isolamento social.
“Nenhuma surpresa”, se apressa a dizer o clube do ódio. “Cazares e COVID, tudo a ver”. Afinal, não teria sido o maldito craque atleticano quem disseminara o vírus no Brasil? Haja intolerância.
“Se Elias quiser, que entre na justiça para receber”, bradou o presidente em recente entrevista. E Elias não se fez de rogado.
“O que Elias e Bolt estão pedindo na justiça trabalhista é um absurdo”, reagiu o vice-presidente Lásaro Cândido. Absurdo não seria a falta de tato do presidente e de seus pares para tratar estas questões?
O episódio dos jogadores “fora dos planos” de Sampaoli é emblemático e evidenciou uma inabilidade dos dirigentes atleticanos no trato com os atletas que assusta.
E não se iludam imaginando que o Atlético, exatamente nesse momento de crise aguda, apenas faz crescer o seu passivo financeiro.
Não, o clube amealha também um passivo moral imenso. Em um passado que já vai um pouco distante, Ramon Menezes deixou o Atlético de forma atribulada, o que gerou, além de um prejuízo técnico significativo, um passivo financeiro e moral enorme, este último traduzido em uma indenização por danos morais imposta pela justiça do trabalho.
Em meio a esse cenário, demarcado por receitas decrescentes, despesas e custos crescentes e dívidas se acumulando, o Atlético, continua dançando o seu eterno “Samba do Atleticano Doido”. No artigo, “As redes sociais, a imprensa e o samba do Atleticano doido”, mostrei como isso funciona.
Em recente transmissão pelo podcast, por exemplo, Sette Câmara falou sobre os jogadores fora dos planos. A novidade: o Galo deve rescindir com todos eles. O caso mais difícil é o de Ricardo Oliveira. Os outros acordos estão próximos da assinatura. “Não vamos deixar pepino na Justiça do Trabalho”. Será? Pode ter certeza que isso será cobrado depois.
Mas, curioso. Anteriormente, a informação era bem diferente. Lucas Hernández e Martinez seriam vendidos e o clube não teria prejuízo algum. A mudança descrita, entretanto, indica que o Atlético vai mesmo que arcar com o prejuízo de 20 milhões, aqueles 20 milhões que o clube pagou pela contratação destes dois jogadores.
E o vazamento de parte de um balanço do Atlético, até então não divulgado oficialmente pelo clube, ocupou as “trends topics” das redes sociais e haja falação.
Um detalhe fartamente comentado, aqui e ali, sobre o balanço do Atlético é o deficit de R$ 5,8 milhões que, só teria sido registrado porque houve “doação” de Rubens Menin em 27/12/19. Só que a doação tem mero valor contábil, este dinheiro não existe, afirma-se por aí. O prejuízo sem esse lançamento seria de R$ 55 milhões, muito acima do limite admitido pelo Profut, aponta o jornalista Rodrigo Campelo.
Muita gente, leiga em contabilidade, entendeu que os tais 55 milhões têm mero valor contábil por se referirem a uma doação fictícia e, portanto, que esse dinheiro não existiria ou que o fato contábil seria fantasioso. Se isso fosse verdade, o clube correria sérios riscos de sofrer uma punição grave. Não se trata, de fato, de entrada de dinheiro e sim de um lançamento referente à doação do terreno da Arena.
Muito se falou em “pedalada” atleticana, ou seja, em um artifício para que o prejuízo não estivesse acima do limite do Profut, o que caracterizaria dolo no lançamento contábil, o que poderia levar o Atlético a ser punido severamente.
“A coisa está feia. Segundo o Balanço de 2019, Sérgio Sette Câmara elevou a dívida de R$ 652 milhões no ano retrasado para R$ 746 milhões. Adeus, austeridade!”, cita um post que resume a perplexidade e a indignação de muitos torcedores.
Sobre esses pontos, essa coluna sugere ao leitor, se ainda viu, que acesse aqui a Live do Fala Galo, e veja as explicações do Prof. Denilson Rocha, especialista em Gestão Esportiva, a respeito desse balanço e da vida financeira do clube nos últimos anos.
O balanço financeiro do Atlético mostrou ainda que o clube segue sem ganhar um centavo naquela parceria comercial que firmou com o Independência, em 2012. E pelo contrário, com ingresso barato, só tem tomado prejuízo lá. É por isso, reza a lenda, que o clube aposta todas as fichas no estádio próprio.
Vantagem de se jogar no Horto, que era a meramente esportiva, morreu lá pelos idos de 2015. O encanto se esvaiu. A verdade é que, além de não existir mais contraprestação esportiva, atualmente o estádio, diminuto, se presta apenas a afastar parcela significativa da massa, hoje desacostumada de frequentar os estádios.
Após a divulgação do Balanço uma questão foi tremendamente requentada nas redes sociais: vender ou não vender o restante do Shopping para pagar as dívidas. Um falso dilema.
“Se o restante do Diamond sair pelo preço que vendemos a primeira metade prá ter o estádio (cerca de 250M) vamos perder patrimônio que demoramos décadas para valorizar a esse ponto só prá pagar o que o 7C fez de dívida. E aí sim, sem patrimônio, sem blindagem, corremos risco de cruzeirar”
“Se vender o Diamond a 250mi, voltamos à estaca por volta de 2014. Em 5 anos de má administração estaremos igual hoje e sem patrimônio”.
“Galo fica inviável esse ano ainda, basta ver que não terá como manter as receitas de vendas de jogadores que teve ano passado. Ter sido eliminado de todas competições precocemente também tira boa parte. Esse ano se desfazer do shopping vai se tornar a única opção, será que era a ideia?”
Esses três posts que pincei no Twitter, entre tantos outros que se dividem entre defender e rejeitar a venda do restante do Diamond, ilustram a tese que pretendo defender.
Vender um patrimônio para simplesmente pagar dívidas é um tiro no pé. O Atlético precisa, antes de qualquer coisa, de arrumar a casa. E é isso que a Ernest & Young está indicando. Um ponto positivo nas contas do Atlético, em meio tantas preocupações, é o fato de que, hoje, o patrimônio do clube é superior ao passivo, o que dá ao Glorioso capacidade de alavancagem e renegociação das dívidas o que, por exemplo, outros clubes não possuem.
No futuro, com as contas arrumadas e ficando provado que estrategicamente é interessante para o clube se desfazer de um patrimônio, reinvestindo o dinheiro apurado, pode e se deve pensar a respeito.
No emaranhado de informações e “informações” o Atlético continua pecando em sua comunicação institucional e em vazar as indefinições quanto aos caminhos que o clube vai percorrer.
Se antes o presidente garantia que, de qualquer maneira, o palco atleticano em 2020 era o Mineirão, agora Sette Câmara não garante o Atlético jogando no gigante da Pampulha no pós-Covid: “Vamos no mais barato”, garante.
Diante da crise e do cenário provável de jogos sem torcida, o presidente voltou a falar no Independência e cita até a Arena do Jacaré: “Vamos ter que fazer a economia de copinho de café”, justifica. Menos mal. Antes tarde do que nunca.
“Desde que assumi, o objetivo é organizar e enfrentar os desafios do passado para um grande futuro do Galo. Vazaram uma parte do balanço que foi amplamente divulgada com uma interpretação equivocada. Pergunto: 𝐚 𝐪𝐮𝐞𝐦 𝐢𝐧𝐭𝐞𝐫𝐞𝐬𝐬𝐚?”, reagiu o presidente, indignado com a divulgação anômala de parte do balanço atleticano, até, então, de domínio interno do clube.
E, ato contínuo, o clube divulgou uma carta aberta, na tentativa de apagar o incêndio. O estrago já estava feito.
Mas, como era esperado, não responde a todas as questões.
Muitos torcedores entendem que, se o clube não prestar esclarecimentos sobre os pontos que permanecem obscuros, a situação do clube vai ficar pior do que já está.
Dívidas, Balanço, diagnóstico da Ernest Young, Arena, Sampaoli com “garantia” de reforços dos investidores, demissões a todo momento, saídas confusas de jogadores, rumores na imprensa sobre atletas insatisfeitos em relação a possível falta de isonomia nos cortes e nos atrasos de salários e os efeitos de uma guerra política, aparentemente insana e sem tréguas, em tempos de eleição e de pandemia, são, em síntese, os assuntos que estão ocupando as redes sociais atleticanos, assombrando o imaginário do torcedor e exigindo do clube, transparência e comunicação institucional eficiente.
Ao contrário do que defende o presidente, o Atlético não é um clube transparente, “Não haverá diferenciação de ninguém”, diz Mattos sobre pagamento de salários no Atletico. Mais uma vez, antes tarde do que nunca. Mas, não suficiente.
No artigo “Não existe melhor Marketing do que inspirar confiança” , mostro que um dos cruciais problemas do Atlético é o não inspirar confiança. À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta.
Pelo que representam no cenário esportivo, cultural e econômico do país, “os clubes precisam de um amplo estudo jurídico de regramento, controle de endividamento, além de um marco jurídico para a responsabilidade fiscal, tal como, proibir celebração de dívidas com parcelas além do mandato sem lastro, dentre outras medidas”, opina, com extrema lucidez, o twitteiro Jarbas Lacerda.
Além do despertar de parcela cada vez mais significativa da torcida para estas questões, outro bom sinal é que o Atlético, ainda que a fórceps, está mudando. Existem sinais claros e concretos que mostram isso. A contratação da EY e as medidas preliminares já adotadas, além de alguns sinais de profissionalização do clube, a base é o exemplo maior, indicam que o Atlético já não é mais o mesmo de alguns anos atrás. A necessidade faz o sapo pular.
“Todos os clubes vão aumentar substancialmente as dívidas no ano que vem. Até os mais ricos estão passando por dificuldades. A situação é crítica e tende a piorar. Porém, ainda há esperança, já que o estádio próprio está sendo construído e o patrimônio segue maior que a dívida”. Este vaticínio que está surfando nas redes sociais pode se materializar tanto para o bem, quanto para o mal. Vai depender do caminho que o Atlético irá percorrer.
Ah! “O Atlético nunca saiu do “vermelho” sempre teve problemas financeiros.
O Galo sempre foi administrado por paixão e nunca com razão e profissionalismo. Sem contar os grupos que sempre “brigaram” para saber quem manda mais, ‘status’”, grita um torcedor aparentemente pessimista.
“Os inimigos do mal por aí, comemorando as dívidas do Atlético de 746 milhões!!! Mas, com 300 milhões de receitas por ano, e um patrimônio de quase dois bilhões, entenderam “QUASE 2 BILHÕES” , é mole ou quer mais!!! Vamos atropelar, cachorrada”, ri o diretor Alexandre Mattos.
O balanço financeiro do Galo mostrou ainda que o clube segue sem ganhar um centavo naquela parceria comercial que firmou com o Independência, em 2012. E pelo contrário, com ingresso barato, só tem tomado prejuízo lá. É por isso que o clube aposta todas as fichas no estádio próprio.
“Cachorrada??!!???”, pergunta outro atleticano. “Vc não está mais do lado de lá!!!
Ufanismos, desabafos e brincadeiras à parte, o que é preciso ficar claro é que o futuro do Atlético vai depender do que for feito daqui em diante. A EY deu a receita e, se Sette Câmara for um bom confeiteiro, ele será o Mestre do Sabor atleticano. Se errar, estará envenenando e matando o Galo de vez.
E, por último: as parcerias com a MRV e o BMG continuam sendo mote para discussões passionais. Para muitos, Rubens Menin e Ricardo Guimarães são anjos enviados dos céus. Para outros tantos, são demônios que querem corromper e devorar até a alma do clube.
Por ora, prefiro acreditar que, como empresários, e especialmente como banqueiros, nenhum deles goste e queira jogar dinheiro fora. Também quero crer que nenhuma empresa e nenhum banco queira associar a sua marca a de outra empresa em estado pré-falimentar ou de pré-insolvência.
Há um projeto que une o Atlético a estas duas empresas e que passa pela Arena. Também é verdade que, tanto a MRV, quanto o BMG, já colocaram um montante significativo de dinheiro no clube e não o fizeram por caridade. Em tese, onde há investimento, há a expectativa de retorno. Somente um Atlético forte, viável, equilibrado e rentável daria o retorno colimado.
“Eu queria que o Jornalismo Esportivo de Minas me explicasse porque o Menin e o RG ajudarem o Galo é um risco, que virá a conta lá na frente e o Moço do Supermercados BH ajudar os Falidos da Lagoa é algo elogiável. Expliquem a diferença pra mim”, pede no Twitter o atleticano Wagner Lamim.
Pergunta curiosa. E nem é preciso responder porque o tratamento é diferente, não é mesmo? O que vale a pena investir é no conhecer a forma e as condições que permeiam essa ajuda. Não existe nada grátis. Saber como funcionam essas parcerias é o pulo do gato.
DEVO NÃO NEGO, PAGO QUANDO PUDER. E DAÍ, SETTE?