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De virada, Galo vence a Chapecoense na Arena Condá

 

 

Por Jéssica Silva

Voltando a atuar pelo Campeonato Brasileiro após a parada para a Copa América, o Galo visitou a Chapecoense na noite de ontem com um time alternativo. Para se manter na parte de cima da tabela, o objetivo é continuar tirando pontos das equipes de menor expressão, como a própria Chape. Sendo assim, só a vitória nos era interessante neste jogo válido pela décima rodada do Brasileirão.

O time considerado reserva do Atlético já havia mostrado vontade em outras ocasiões e vendo a “preguiça” dos titulares na última quinta-feira, esperar um pouco mais de empenho dos suplentes não foi muito difícil. Além disso, a escalação alternativa não foi motivo de preocupação. No entanto, logo aos 20 segundos a Chapecoense chegou ao gol, o que mudou totalmente o planejamento atleticano para a partida.

Superar as adversidades passou a ser o objetivo da equipe alvinegra e, levando em consideração a qualidade técnica do adversário, vencer apesar de estar atrás no placar não poderia ser encarado como uma grande dificuldade para uma equipe como o Atlético. Com o passar do tempo ficou claro que o gol precoce da Chapecoense foi uma consequência da desatenção do Galo, já que os donos da casa não fizeram um grande jogo, nem se mostraram superiores em nenhum momento, mesmo estando em vantagem.

Com as estreias dos gringos Lucas Hernández e Ramon Martínez, a equipe alternativa do Galo se mostrou comprometida em correr atrás do prejuízo, mas não muito entrosada, o que é normal. Apesar da vontade, não era possível ver a construção de jogadas no meio de campo atleticano e faltava uma movimentação maior dos homens de frente. Muitas vezes a bola era tocada, mas não havia ninguém para dar sequência aos lances.

Imagem: Globoesporte

A ineficiência do Atlético foi grande pelo lado direito, já que Guga não fez uma de suas melhores partidas. Apesar das dificuldades, o Galo podia contar com a falta de iniciativa da Chapecoense, que não usou sua vantagem para intimidar o time de Rodrigo Santana e viu a equipe atleticana crescer em busca da virada.

Não era difícil apostar que Otero seria o nome da virada, se aproveitando das eventuais bolas paradas. Isso porque a falta de entrosamento fazia com que acontecessem poucas jogadas coletivas e esperar mais da individualidade de um atleta com um diferencial, como é o caso do venezuelano com a bola parada, era o que nos restava.

O Galo jogava melhor, mais pela força de vontade que pela técnica, é verdade. Mesmo assim, o placar desfavorável ao time atleticano parecia cada vez mais injusto. No segundo tempo, a chance do empate veio com um pênalti, após a bola bater no braço de um dos zagueiros catarinenses. Ricardo Oliveira, que vive uma fase terrível, assumiu a bronca, foi para a cobrança e passou a ser muito difícil acreditar que a bola entraria.

Poderia ser a chance de acabar com o jejum, mas o momento de Ricardo Oliveira é realmente muito ruim e em uma cobrança amadora, inaceitável para um jogador com tamanha experiência nas costas, o camisa 9 nos tirou a chance do empate pelo pênalti.
A sensação é de que qualquer um poderia ter batido melhor, com mais comprometimento e menos azar. A má fase do Bom Pastor, que não marca desde a primeira rodada do Brasileirão, vem conseguindo contagiar de maneira negativa toda a equipe vez ou outra.

Após Otero cobrar falta, o resultado passou a ser menos injusto na Arena Condá, já que Maidana mandou a bola para o fundo das redes. Apesar do alívio por não estar mais perdendo, foi difícil não imaginar que o gol do zagueiro poderia ser o da virada, caso o centroavante atleticano tivesse feito sua parte minutos antes. Até quando, Ricardo Oliveira?

Por conta das revisões do VAR no segundo tempo, o juíz foi generoso nos acréscimos e foi nesses minutos extras que Vinícius recebeu a bola e se desvencilhou de dois defensores da Chape, marcando o gol da virada, do alívio e do Galo sofrido, no finalzinho. Ricardo Oliveira participou ativamente do lance, mas vale ressaltar que isso não apaga sua má fase e sua displicente cobrança de pênalti na noite de ontem.

Vendo a desmotivação do camisa 9, também fica difícil continuar acreditando que sua experiência pode fazer a diferença em momentos decisivos, já que foram inúmeras as oportunidades em que ele poderia ter mudado o rumo de uma partida, mas não o fez. Isso é motivo de sobra para aprovar que a responsabilidade de comandar o ataque do Galo seja de Alerrandro, que apesar de ser um garoto, vem mostrando que pode honrar a camisa alvinegra, já que aproveita as chances que tem.

Ontem o Galo reserva mostrou que a força de vontade pode superar as limitações técnicas. Nomes como o do zagueiro Maidana e do estreante Martínez merecem destaque positivo.
Não vimos o que se pode chamar de partida impecável, mas o time de Rodrigo Santana teve controle do jogo, não sentiu o golpe do gol mais rápido do Campeonato Brasileiro e alcançou a virada na persistência.

Imagem: Atlético

Que o jogo efetivo e o foco dos atletas que atuaram ontem sirvam de exemplo para quem quer que entre em campo na próxima quarta-feira, contra o rival. Para alcançar o placar necessário pela Copa do Brasil, o Galo terá que mostrar mais que qualidade técnica, inteligência para lidar com um adversário que com certeza jogará com o regulamento debaixo do braço e organização em campo, será preciso jogar com sangue nos olhos, sem aceitar o revés e se mostrando inconformado com tamanho prejuízo.

O que não se aceita por aqui é falta de comprometimento com a camisa alvinegra. Por isso, mesmo quando o time sofre para alcançar uma vitória simples, como aconteceu ontem, a atuação merece ser elogiada, por mais que esteja claro que tal sofrimento não é necessário sempre, principalmente contra uma equipe como a Chapecoense.

O Galo alcançou o G4 do Brasileirão e faz boa campanha na competição de pontos corridos. Apesar disso, pensar no vexame pela Copa do Brasil segue sendo inevitável e esperar que o time possa se redimir no jogo da volta é o único pensamento do atleticano. Se vamos ou não alcançar o placar necessário para chegar às semifinais do torneio não se sabe, mas o mínimo que os representantes do Atlético podem fazer é um grande jogo, com um empenho correspondente à camisa pesada que vestem.

FICHA TÉCNICA
CHAPECOENSE 1 x 2 ATLÉTICO-MG
​Estádio: Arena Condá – Chapecó (SC)
Data-hora: 14 de julho de 2019, às 19h
Árbitro: Marcelo Aparecido Ribeiro de Souza(PB)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e Bruno Salgado Rizo(SP)
Árbitro de vídeo: Marcio Henrique de Gois(SP)
Cartões Amarelos: Iago Maiadana, Leonardo Silva, Vinicius, Lucas Hernández (ATL), Alan Ruschel, Douglas, Eduardo (CHA)
Cartões Vermelhos: não houve
Público e Renda: não divulgados

Gols: Everaldo, no minuto 1 do 1º T(1-0), Iago Maidana, aos 34’-2ºT(1-1), Vinícius, aos 53’-2ºT(1-2)

CHAPECOENSE: Tiepo, Eduardo, Gum, Douglas e Bruno Pacheco; Márcio Araujo, Campanharo (Aylon, aos 37’-2ºT) e Camilo (Augusto, aos 29’-2ºT); Arthur Gomes, Alan Ruschelb(Diego Torres, aos 36’-2ºT) e Everaldo. Técnico: Ney Franco.

ATLÉTICO-MG: Cleiton; Guga, Léo Silva, Maidana e Lucas Hernández; Ramon Martínez (Papagaio, aos 32’-2ºT), Jair, Otero (Bruninho, aos 40’-2ºT) e Vinícius; Geuvânio (Maicon Bolt, aos 18’-2ºT) e Ricardo Oliveira. Técnico: Rodrigo Santana

 

GALO VAI AO MERCADO EM BUSCA DE VOLANTE

 

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