Coronavírus: Sem receitas, Atlético deve dois meses de salários e dois meses de direitos de imagem para o elenco

Foto: Bruno Cantini

 

Angel Baldo
12/05/2020 – 14h56
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A Pandemia causada pelo coronavírus trouxe sérios danos para a economia global, o futebol que movimenta bilhões não escapou. No Brasil, alguns clubes acabaram demitindo vários funcionários e cortando uma porcentagem dos salários, porém mesmo com tantas medidas, os atrasos foram inevitáveis.

Em entrevista à Band Minas, o presidente Sérgio Sette Câmara comentou sobre o momento financeiro do Atlético. O mandatário alvinegro lamentou muito a situação envolvendo o pagamento da dívida do meia Maicosuel, que foi adquirido em 2014.

“O Atlético hoje possui dois meses de salário e dois meses de direitos de imagem atrasados. Se eu tivesse aquele dinheiro do Maicosuel, acredito que estaríamos praticamente em dia com os nossos atletas, talvez uma imagem atrasada”, disse.

Sette Câmara falou sobre as dificuldades causadas pela paralisação do futebol. É importante lembrar que dois patrocinadores já não pagam 100% dos valores que eram pagos anteriormente. A Multimarcas Consórcio suspendeu o contrato por dois meses, já a Auto Truck suspendeu 50% dos valores pagos, dificultando ainda mais a situação do Atlético.

“A maioria dos clubes do Brasil está na mesma situação ou pior, já que você não possui nenhuma fonte de receita. Você não tem o dinheiro da TV, o dinheiro da venda de jogadores, não tem bilheteria, não tem venda de camisas, não tem sócio torcedor, então é uma situação extremamente difícil de ser resolvida. Estamos buscando dinheiro em todo lugar. Temos algumas expectativas aqui e ali, alguns valores depositados em juízo, o nosso jurídico tenta fazer algum tipo de substituição de garantia para levantar esses recursos”, acrescentou o presidente do Galo.

Com dificuldade em arrumar recursos, os parceiros vem ajudando o clube. Como foi na questão envolvendo a dívida do Maicosuel, onde a MRV ajudou com cerca de R$ 4,4 milhões de reais.

“Contando com o apoio dos nossos patrocinadores, que em muitas vezes nos salvam nessas horas, emprestando dinheiro sem cobrar juros. Então é assim que tentamos sair”, finalizou.

O retorno do futebol ainda é uma incógnita e a tendência é que a situação piore nos próximos dias. O Atlético, inclusive estuda corte no salário dos funcionários para entrar no programa do Governo, que neste caso pagaria um valor complementar destes salários. Pela MP 936, a redução dos salários deve ter redução proporcional à jornada de trabalho.