Jéssica Silva
Do Fala Galo, em Montes Claros
16/11/2019 23h55
Sendo dominado pelo Fluminense no primeiro tempo, o Galo viu o dono da casa sair na frente em uma lambança da defesa atleticana, protagonizada por Réver e Patric. Na etapa complementar o alvinegro se adiantou e Franco Di Santo marcou o gol que amenizou o resultado ruim, mas não a partida feia que fez o Atlético.
Com a volta do volante Jair e as presenças de Marquinhos e Bruninho desde o início do jogo, a escalação mudou em relação a dos últimos jogos. Mesmo assim, o Galo cometeu muitos erros de passe, optou por não adiantar sua marcação, o que deu uma maior liberdade ao Fluminense, e pouco conseguia ficar com a bola.
O Fluminense vive um momento pra lá de ruim e é uma das equipes que luta contra o rebaixamento. É importante considerar que a fase atleticana também não é das melhores, mas se deixar dominar por um adversário como o tricolor carioca não deixa de ser vergonhoso. A superioridade técnica do adversário foi percebida durante toda a primeira etapa, e isso não porque a equipe do treinador Marcão é qualificada, mas porque o Galo não fez questão de entrar em campo como quem busca um resultado positivo.
Aos 15 minutos, em falha amadora da defesa atleticana, o Fluminense chegou ao gol. Em um corte mal feito por Réver, que não tem licença alguma para errar assim, apesar de sua história, a bola sobrou para González finalizar. O rebote parou em Patric, que parece ter esquecido por um momento que time defendia, e o lateral mandou a bola para o fundo das redes de Cleiton, fazendo a alegria dos tricolores. O gol do adversário não poderia ter sido diferente; a incompetência atleticana foi esfregada na cara do torcedor, já que o time de Vagner Mancini fez o gol que o próprio Fluminense talvez não fosse capaz de fazer. O time da casa se viu satisfeito com o placar simples e apenas administrou o resultado contra um inofensivo Atlético no restante do primeiro tempo.
Na etapa complementar a falta de qualidade de ambas as equipes se fez presente no Maracanã. Vagner Mancini tentou dar um maior ânimo ao time atleticano com as entradas de Cazares e Geuvânio, mas só no final é que o Galo realmente entrou no jogo de maneira efetiva. Pressionando o Fluminense, o Atlético chegou ao empate com Di Santo. Em boa jogada de Cazares para Marquinhos, a bola foi parar nos pés do camisa 26 alvinegro e ele finalizou para amenizar a tristeza da noite dos atleticanos. Marquinhos ainda chegou bem perto de virar o placar, mas sem sucesso.
Nenhum erro da arbitragem justifica a partida abaixo da média que fez o Atlético, principalmente no primeiro tempo. No entanto, quando há o recurso do VAR disponível para ser utilizado, por que não checar lances que poderiam acabar influenciando o resultado da partida? O incômodo é maior quando os lances ignorados são sempre a favor do Atlético, o que nos faz pensar que a arbitragem brasileira conseguiu estragar até mesmo uma ferramenta que foi feita para fazer do futebol um esporte mais justo. Mão na bola, bola na mão: se isso acontece em uma jogada que poderia favorecer o Galo, o senhor com o apito na boca deixa de lado toda a preciosidade ao analisar o lance.
É verdade que a postura atleticana mundo no segundo tempo, o que nos garantiu o empate. Mesmo assim, as atenções devem se voltar ao desempenho fraco do Galo na primeira etapa. Por que deixar para jogar bola, de fato, somente quando o pior já aconteceu? O adversário era o Fluminense, um pouquinho mais de empenho e respeito pelo trabalho teria feito com que os atletas do Atlético chegassem a uma boa vitória, sem sufoco. O jogo do Maracanã ilustra bem a temporada deplorável que fez o Galo, deixando tudo para um último momento, quando não há tempo para mais nada.
Como saldo positivo – se é que podemos chamar assim – fica o fato de o Galo não perder há quatro jogos. Porém, o desempenho muito abaixo do esperado, principalmente contra equipes limitadas tecnicamente, segue sendo o grande motivo de preocupação, não só para o fim desta temporada, mas para o que nos espera mais a frente.
FLUMINENSE 1 X 1 ATLÉTICO
Fluminense
Marcos Felipe; Gilberto, Nino, Digão e Orinho (Igor Julião, aos 24/1°T); Yuri, Allan, Daniel e Ganso (Dodi, aos 33/2°T); Yony González (Wellington Nem, aos 31/2°T) e Marcos Paulo
Técnico: Marcão
Atlético
Cleiton; Patric (Geuvânio, aos 22/2°T), Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Zé Welison e Jair (Vinícius, aos 31/2°T); Luan, Bruninho (Cazares, aos 15/2°T) e Marquinhos; Franco Di Santo
Técnico: Vagner Mancini
Gols: Patric (contra), aos 15/1°T; Franco Di Santo, aos 43/2°T
Cartões amarelos: Réver, aos 28/1°T; Marcos Felipe, aos 3/2°T; Jair, aos 23/2°T; Igor Rabello, aos 23/2°T; Digão, aos 23/2°T
Motivo: 33ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: estádio Maracanã, no Rio de Janeiro
Data e horário: sábado, 16 de novembro, às 19h
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Rafael da Silva Alves (RS) e Lucio Beiersdorf Flor (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)
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Edição: Jéssica Silva
Edição de imagem: André Cantini
Edição de texto: Angel Baldo