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Coluna Preto no Branco: Fala Sette!!! E aí cara, tudo bem? Deixa eu te falar…

 

 

Por: Max Pereira
Revisado: Ruth Martins
09/02/2020 – 13h13
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“O CONTEÚDO ABAIXO É DE RESPONSABILIDADE DO ATLETICANO MAX PEREIRA E NÃO É, NECESSARIAMENTE, A OPINIÃO DO FALA GALO.”

 

Não tem muito tempo, mais precisamente em 7 de janeiro passado, mandei uma mensagem para você. Lembra? Não? Há! Lembra sim. Foi no artigo UM RECADO AO PRESIDENTE: NÃO EXISTE MELHOR MARKETING DO QUE INSPIRAR CONFIANÇA.

Recentemente, presidente, escrevi também algumas coisas CURTAS E GROSSAS. Agora, eu vou te falar poucas e boas.

Sabe, Sette, quem avisa, amigo é. O Atlético tem sido um prato cheio para os inimigos do clube, para quem não gosta de você e de seus pares e, ainda, um fomento indesejável para a passionalidade da massa. E isso, definitivamente, não é bom.

Cara, tenho a impressão de que você deve achar que nada adianta vir falar sobre o que acontece nos intestinos do clube, seja nas redes sociais, seja nos veículos convencionais da imprensa, seja até por meio da comunicação institucional do clube, aquele que parece existir só no papel.

Ah! Afinal ninguém lê e nem tá nem aí mesmo, não é? Parece que as pessoas não querem saber de nada. Donas da verdade, só querem impor suas opiniões, tal e qual acontece em grande parte dos grupos de WhatsApp, onde muita gente nem lê o que você postou um pouco acima, mesmo porque só querem saber de enviar seus vídeos, sua imagens, suas piadas, suas “notícias” e suas “verdades”.

Sabe, Sette, a verdade, porém, é que sempre há alguém disposto a te ouvir. Afinal, vc é presidente do clube mais tradicional de Minas e deve à massa satisfação de seus atos e de suas decisões. Cara, quem não se comunica se trumbica, já nos ensinava Chacrinha, o Velho Guerreiro.

Sette, falta ao Atlético transparência. E transparência e caldo (não seria canja?) de galinha não fazem mal a ninguém.

Essa coluna sempre criticou a falta de transparência no Atlético. E, embora também tenha buscado criticar o tipo de cobrança que em geral se faz por aí, sou forçado a reconhecer que tudo o que se fala aqui e ali de insano é fruto de uma comunicação institucional tradicionalmente falha, omissa e que, geralmente, deixa a massa no escuro sobre tudo o que acontece intramuros do clube e, tampouco, põe o pingo nos i’s naqueles momentos em que o disse me disse e toda a sorte de “notícias” plantadas levam a torcida à loucura.

Ah! É verdade que existem informações estratégicas e cláusulas de confidencialidade em contratos que, a bem do clube e do sucesso dos negócios, precisam ser preservadas. Mas isso não pode justificar o que acontece no Atlético.

Presidente, não custa lembrar mais uma vez que não existe melhor marketing do que inspirar confiança. E o fato do Atlético ter-se tornado um dos clubes mais fechados do país, se não o mais fechado, corroeu qualquer tipo de confiança que os seus dirigentes poderiam inspirar em sua torcida.

Todas as vezes, por exemplo, que é noticiado o interesse do Atlético em um jogador de nível, uma pergunta se repete indefinidamente nas redes sociais e na própria mídia convencional: de onde vem o dinheiro?

O que poderia e deveria ser uma pergunta interessante e salutar, às vezes não traduz uma cobrança responsável e consequente e, sim, pode não guardar uma boa intenção. Ou seja, torna-se uma questão explorada para tumultuar o ambiente e jogar a torcida contra esta ou aquela contratação.

E isso acontece exatamente porque entre a massa e o atual comando existe uma crise de confiança de proporções preocupantes.

Cara, você precisa entender que o que acontece no clube e como é utilizado o dinheiro da instituição é do interesse de cada torcedor, mesmo que parcela significativa da massa ainda não tenha se apercebido disso.

A evolução das dívidas e a forma como o Atlético vem lidando com o seu passivo já começa a chamar a atenção e a provocar a curiosidade do atleticano, ainda que seja um movimento incipiente.

Muitos acreditam que criticar ou falar sobre o pagamento de dívidas é o mesmo que exaltar Sette Câmara e sua diretoria. E isso seria uma blasfêmia para tais críticos.

Mas, falar do delicado momento financeiro do clube e da forma com que o Atlético lida com as suas dívidas é obrigação de qualquer atleticano minimamente preocupado com o futuro do clube.

Como já é de conhecimento geral, o Profut só foi quitado antecipadamente com o dinheiro bloqueado da venda do Bernard. Mas, e quanto às outras dívidas quitadas? De onde veio o dinheiro?

E aí, fala Sette: foi de algum empréstimo contraído com taxas e juros menores? O Atlético estaria rolando as suas dívidas, renegociando-as?

O silêncio estrondoso e eloquente até mesmo a respeito de pontos positivos da atual gestão atleticana soma-se ao tradicional não interesse de parcela significativa da massa sobre como as coisas acontecem nessa área.

A falta de informação e/ou a dubiedade gerada podem fazer com que passe despercebido que mesmo uma notícia positiva pode esconder fatos negativos que precisam ser aclarados e sanados.

E é contra isso, presidente, que você tem que se bater (bater ou debater?).

Mídia, imprensa, entidades desportivas, arbitragem, VAR, clubes, dirigentes, treinadores, membros de comissões técnicas, agentes, empresários, investidores, parceiros, políticos, patrocinadores, fornecedores de material esportivo e, claro, jogadores e torcedores compõem o grande circo chamado futebol.

Cada qual em seu lugar e cumprindo a sua função, seja no picadeiro, seja nos bastidores, seja na plateia, seja fora das lonas.

Para você, Sette, qual é o papel do torcedor no grande espetáculo? Seria o de apenas bater palmas na plateia e, quando muito, vaiar algum artista que não o agradou? Ou, quem sabe, o de usar o nariz de palhaço e aceitar de vez ser o bobo da corte?

Sabe, Sette, o torcedor pode e deve cobrar e criticar sim. E você pode gostar ou não, mas as cobranças e as críticas têm que ser dirigidas a quem tem a caneta na mão. No caso, você.

Afinal, não é você quem contrata, demite, assina, vende e compra? Cara, a massa já dá sinais claros que não está mais afim de continuar cometendo o erro insano e já crônico de moer treinadores, ainda que as escolhas dos dirigentes devam ser sempre criticadas, positivamente ou não.

E tem mais: O QUE COMEÇA ERRADO SÓ PODE ACABAR MAL. E muitas vezes remediar é tarefa inglória. Porém, insistir no erro é insano.

Sei que o que proponho a você, cara, contém desafios. Mas para quem já enfrenta o controverso binômio AUTOCRACIA X DEMOCRACIA, O PARADOXO ATLETICANO, esses desafios não devem impressionar.

Ao contratar Rui Costa e Júnior Chávare você sinalizou uma vontade de dar ao clube um matiz profissional, ou seja, de romper com esse viés de governança feudal e nada transparente.

Acontece, cara, que mais cedo ou mais tarde você vai ter que decidir para onde a sorte do Atlético vai girar. Autocracia ou democracia. Amadorismo x profissionalismo. Eu, se fosse você, apostaria na segunda hipótese.

Sette, sei que é difícil cara, mas é necessário.

Muito se fala da importância de um planejamento bem feito e Rui Costa tem prometido isso. Mas o fiasco na estreia da Sul-Americana expôs que o comando atleticano perdeu o “timing” da preparação do elenco e do time para esta competição. E aí, cara, o que aconteceu?

Esse trança trança entre as AS REDES SOCIAIS, A IMPRENSA E O SAMBA DO ATLETICANO DOIDO, de notas tão dissonantes, não pode mais ser o enredo da história do Atlético.

Cara, tá uma loucura. Para alguns Cazares não se lesionou. Estaria fingindo para não jogar e forçar a sua saída do clube.

Ah! Você pode dizer que duvidar da informação oficial do clube é loucura. Será? Afinal, não foi você mesmo que disse publicamente que o equatoriano só joga quando quer? E não foram fontes do próprio clube que alardearam aos quatro ventos que o craque queria sair e se recusava a renovar com o Atlético?

E não é apenas Cazares que está em xeque. A credibilidade do departamento médico do Galo também está comprometida.

Também sobre as condições físicas e de jogo do goleiro Victor pairam inúmeras dúvidas. Outra questão sem resposta é por que Otero, que se lesionou no último jogo do Atlético em 2019, até hoje não se recuperou.

Diziam os antigos que de louco e de médico cada um tem um pouco. A torcida do Atlético é um exemplo crasso disso. O que tem de médicos na torcida do Galo e tantos são os diagnósticos e os tratamentos sugeridos sobre os casos de Victor, Cazares e Otero que dava para desativar o departamento médico do Atlético e montar em seu lugar um hospital de excelência, conduzidos apenas por PHD’s em medicina.

E não é que Guga também se tornou o centro de uma polêmica? É que o lateral que servia à seleção pré-olímpica e que teve o último compromisso na noite do último domingo, dia 9.2, só se reapresentará ao Atlético na próxima sexta-feira, por determinação do próprio clube.

Por causa disso ele não foi relacionado para o jogo da Copa do Brasil, o que suscitou para muitos desinformados, muitas críticas e muitas broncas.

Custava explicar para essa turma de chatos que ele não teve férias e que um período de descanso é importante para que ele se reenergizar para o restante da temporada?

Cara, por favor, acabe com isso.

Ainda sobre Cazares: quando é que você, seu vice-presidente, reconhecidamente dois brilhantes advogados, e o jurídico do Atlético, célula de excelência dentro do clube, se posicionarão e agirão em relação às recorrentes agressões que vêm sendo dirigidas ao equatoriano por determinados formadores de opinião?

A história do Atlético não pode continuar a ser contada desse jeito:

Fonte: Vizinho de um conhecido do amigo do cunhado da filha de um primo da secretária do médico da mulher de alguém ligado a outro alguém que conhece a babá do filho de…

Fala Sette!!! E aí Cara, repita comigo: “Chutoristas” de plantão, parem! Parem que já tá muito feio.