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Coluna Preto no Branco: curtas e grossas!

 

 

Max Pereira
06/02/2020 – 01h35
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Horas antes do Atlético realizar o seu primeiro jogo neste ano, alguns posts de atleticanos me chamaram a atenção:

“Preparem-se a raiva está de volta”
“Hoje começa o sofrimento”
“Galo só me faz sofrer”
“O ano estava ótimo até hoje”
“Já sei que a raiva começa hoje”
“Ah não Galo, adia mais uma semana a volta aos jogos”

Me pergunto: qual o benefício de manter esse tipo de relação com o esporte?

 

– Balcão de negócios?

Existe risco do trabalho com jovens no Atlético se converter em um balcão de negócios? Recentemente o Atlético divulgou que o time de transição irá excursionar pela Europa. Tão logo a notícia se espalhou uma questão assaltou o espírito de vários atleticanos: Vitrine ambulante? Quem viver, verá.

 

– Dívidas, uma panela de pressão.

As dívidas devem ser administradas para não se converterem em uma fonte de pressão insustentável, inviabilizando qualquer projeto. Mas, será que o Atlético está mesmo imunizado quanto a isso?

 

– Vender ou não vender, eis a questão.

A história do Atlético é demarcada por vendas de jovens que acabam por deixar o clube antes de maturarem, como foi feito com Bremer, Alerrandro, agora com Cleiton e muitos outros ao longo dos tempos. Se essa prática não for revista, jamais o clube irá fazer uma nova venda nos valores em que Bernard ou mesmo Jemerson foram negociados, honrosas exceções.

 

– Um time vencedor e campeão começa…

Com uma mescla de jogadores experientes e outros saindo da casca do ovo. Tempo de maturação é essencial para a evolução de qualquer jovem atleta. Vender A apenas porque tem B no forno geralmente é um tiro no pé. Cada um tem o seu tempo próprio de maturação.

 

– O trança trança dos negócios no futebol.

Alguém, um clube ou um empresário, oferece um alto salário para induzir o jogador alvo a pressionar para sair e o clube atual ser obrigado a vender por preço de banana. Muitos jogadores deixaram o Atlético dessa forma. Por pouco Cazares percorreu o mesmo caminho.

 

– E quando o Galo contrata um jogador de nome…

“De onde está vindo esse dinheiro?”

 

– E quando o Galo paga dívidas na FIFA …

Silêncio.

 

– E quando o Galo sonda Róger Guedes…

“De onde está vindo esse dinheiro?”

 

– E quando o Galo diminui a dívida…

Silêncio.

 

– E quando o Galo sinalizou que estava contratando Guilherme Arana…

“De onde está vindo esse dinheiro?”

 

– E quando o Galo anunciou que colocou os salários de jogadores e funcionários em dia…

Silêncio.

 

– E quando o Galo anunciou que obteve uma certidão de regularidade fiscal junto à Receita Federal…

Silêncio.

 

– E quando o Galo comemorou estar rigorosamente em dia com o Profut…

Silêncio.

 

– E quando o Galo anunciou que liquidará a dívida relativa à contratação de Otero junto ao Huachipato…

Silêncio. Silêncio. Silêncio.

 

– Rompendo o silêncio… 

De onde vem o dinheiro utilizado pelo Atlético para quitar estas dívidas? Como o Atlético vem conseguindo se manter rigorosamente em dia com o Profut? O Atlético estaria rolando as suas dívidas, renegociando-as ou contraindo novos empréstimos com taxas menores?

 

– De repente, mais que de repente…

O Atlético parece ter se tornado o grande leão do mercado. São tantas as especulações e tantas as “notícias”, que se torna necessário que alguém faça o papel do advogado do diabo. Os R$ 20 milhões de investimentos em reforços previstos no orçamento aprovado em dezembro passado pelo Conselho Deliberativo já foram utilizados nesse primeiro mês de 2020. E olha que dezembro de 2019 ficou logo ali. A sinalização de que o Atlético ainda vai fazer três contratações de nível para o setor ofensivo, além de um goleiro, indica que algo mudou no clube. Ou será que o tal orçamento era coisa pra inglês ver?

 

– Que venham os reforços, mas…

Que a já delicada saúde financeira do clube não seja agravada. E que a tão propalada austeridade não se transforme de vez em uma peça de ficção. É bom lembrar que, além de contratar, vai ser preciso pagar os salários também.

 

– Parceiros para que te quero…

O seu amor é volúvel e pode me deixar sem eira nem beira. Licença poética à parte, espero que a sorte do Atlético seja bem diferente. Ao mesmo tempo em que o meu coração atleticano sonha com os reforços ventilados, o meu cérebro racional espera que os contratos de parceria do Atlético com os investidores interessados não sejam leoninos para o clube e que deles não derivem prejuízos para o clube.

 

– E não é que Cazares FICOU!!! …

Se for bem escalado, protegido e bem orientado será, sem sombra de dúvidas, o maior e melhor reforço do Atlético da temporada. E mais: se vierem os tais reforços de nível para o ataque, certamente o equatoriano estará a cavaleiro para explorar o seu extraordinário talento.

 

– Falando em Cazares…

Qual é a gênese desse ódio absurdo que grande parte da massa nutre por ele? E por que ele é tão agredido e desrespeitado por determinados segmentos da mídia, a ponto de recomendarem que a ele deveria ser imposto o uso de tornozeleiras?
É por que ele é negro? Ou será que a propalada irregularidade e a tão sacada falta de comprometimento seriam mesmo suficientes para alimentar ódio tão desmedido?
Ou seria o tal comportamento extracampo a raiz de tanta intolerância raivosa?
Ou a razão de todo esse ódio são aquelas fotos dele com mulheres lindas, brancas e sensuais que circularam há algum tempo nas redes sociais?
Ou será que é o fato de ele ser pai de mais de um filho com mulheres diferentes?
Xenofobia? (Se cuide Dudamel. Parece que está vindo chumbo grosso por aí.)
O que, de fato, tem incomodado tanto a tantos atleticanos e a determinados “formadores” de opinião quando o assunto é Cazares?

 

– Enfim, curto, grosso e cheio de esperança (do verbo esperançar) espero…

Que os projetos do Atlético se realizem, que o clube se reforce como o seu apaixonado torcedor sonha, porém, com responsabilidade. Que a Arena MRV se torne uma realidade alvissareira e que o Galo Forte Vingador reencontre o caminho das grandes conquistas.

Ah! E que os homens que conduzem os destinos do Atlético se lembrem sempre que O QUE COMEÇA ERRADO SÓ PODE ACABAR MAL.