Foto: Flickr oficial do Atlético
Por: Jéssica Silva
04/10/2020 – 23h51
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O Galo de Jorge Sampaoli é um rolo compressor. A cada partida é possível notar que o Atlético é uma equipe unida, bem treinada, competente e merecedora de cada bom resultado alcançado, mas, ainda assim, consegue ser surpreendente. A sede de vitória que cada jogador atleticano carrega é inspiradora e hoje, mais do que nunca, nós podemos acreditar.
Chegando ao Mineirão mais uma vez nos braços da Massa, o Galo tinha como objetivo alcançar os três pontos para ampliar sua vantagem na liderança em relação ao Inter, que apenas empatou com o Grêmio, seu rival local, no sábado. Recebendo o Vasco, que também não faz um campeonato ruim, Sampaoli sabia que poderia encontrar alguma dificuldade, mas manteve seu time com a mesma postura dominante de sempre.
Logo no início da partida o argentino Benítez colocou os visitantes na frente, com um belo gol de bicicleta, após falha medonha de Réver, mas o gol precoce do adversário não pôde ser considerado um susto, não se tratando do Galo. Normalmente a equipe que sai atrás no placar acaba priorizando se defender, porém, o Atlético optou por abafar a saída de bola do Vasco, adiantar todos os seus homens e sufocar o adversário até ele simplesmente não ter como resistir.
A forte marcação atleticana, as roubadas de bola e o domínio das ações durante a partida mostram o quanto um treinador competente é importante para uma equipe. Da defesa ao ataque o Galo é seguro, confiante e é praticamente impossível apontar um adversário que não sucumbirá a isso.
Com gols de Guilherme Arana, Savarino, Guga, marcando seu primeiro tento com a camisa do Galo, e Keno, o time atleticano alcançou a virada e construiu um belo placar ainda no primeiro tempo. O Vasco de Ramom Menezes é uma equipe que mostra querer jogo, assim como o Atlético, o que só abrilhanta ainda mais essa grande vitória. Com roubadas de bola, principalmente de Jair no meio-campo, o Galo tirava do Gigante da Colina qualquer chance de reação e agia como um legítimo dono da casa.
Se no primeiro tempo tivemos um jogo franco, na etapa complementar o Vasco optou por priorizar sua defesa e o Galo também apresentou um rendimento menor. Não que os comandados de Sampaoli tenham deixado de buscar a ampliação do resultado, mas foram inúmeros gols desperdiçados, mesmo que tenham jogado em vantagem numérica em boa parte do tempo.
Muito do sucesso atleticano vem da forma como a equipe sabe administrar um placar quando é necessário. É prazeroso assistir ao Atlético jogando sempre para frente, mas também é louvável ver o modo como Sampaoli sabe se manter seguro na defesa, mesmo quando busca o ataque.
Atletas que antes eram contestados vêm evoluindo sob o comando do treinador argentino, como Guga, por exemplo, que fez uma bela partida contra o Vasco. Independente de qual seja sua posição de origem, cada jogador atleticano faz o que é necessário em campo, seja para proteger sua defesa, ou para sufocar o adversário no campo de ataque, tudo isso com extrema organização.
Uma equipe intensa, impiedosa e que tem como único objetivo na temporada se sair bem no Campeonato Brasileiro, parece o perfil perfeito para um final feliz em fevereiro.
É muito importante que todos mantenhamos os pés bem fixos ao chão, pois como Sampaoli faz questão de dizer sempre que pode, o Galo não está pronto e ainda carece de reforços. Mesmo assim, é inegável que se há uma equipe merecendo cada bom resultado construído e a posição que ocupa na tabela, essa equipe é o Atlético.
Ainda há muito campeonato pela frente e inúmeros desafios também, mas já é possível dizer que o Galo de Sampaoli é um dos times mais intensos que muita gente já viu jogar.
Quarta-feira, às 21h30, o Galo visita o Fortaleza, no Ceará, para manter sua vantagem na liderança do Brasileirão. Considerando os últimos resultados e principalmente as últimas atuações, o atleticano tem todo o direito de estar otimista e acreditar em mais um triunfo no meio da semana.
ATLÉTICO 4 X 1 VASCO
Atlético
Everson; Guga, Réver, Junior Alonso (Igor Rabello, aos 44/2°T) e Guiherme Arana; Jair (Allan, aos 21/2°T), Alan Franco e Nathan (Dylan Borrero, aos 21/2°T); Savarino, Keno (Sávio, aos 44/2°T) e Eduardo Sasha (Marrony, aos 26/2°T)
Técnico: Jorge Sampaoli
Vasco
Fernando Miguel; Miranda (Fellippe Bastos, aos 38/2°T), Ricardo Graça, Leandro Castan e Henrique; Andrey, Carlinhos (Yago Pikachu, aos 35/1°T) e Benítez; Vinícius (Marcos Júnior, aos 35/1°T), Talles Magno (Bruno Gomes, aos 18/2°T) e Cano (Ygor Catatau, aos 38/2°T)
Técnico: Ramon Menezes
Gols: Benítez (8/1°T); Guilherme Arana (13/1°T); Savarino (18/1°T); Guga (28/1°T); Keno (36/1°T)
Cartões amarelos: Borrero (26/2°T), Allan (31/2°T); Junior Alonso (41/2°T) (Atlético); Andrey (5/1°T e 14/2°T); Leandro Castan (38/1°T) (Vasco); Benítez (31/2°T) (Vasco)
Cartão vermelho: Andrey (14/2°T) (Vasco)
Motivo: 13ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Mineirão, em Belo Horizonte (MG)
Data e horário: 3 de outubro de 2020 (domingo), às 20h30
Árbitro: Leandro Pedro Vuaden (RS)
Assistentes: Jorge Eduardo Bernardi e José Eduardo Calza (RS)
VAR: Daniel Nobre Bins (RS)