Atlético sai na frente, cede empate ao Palmeiras e o VAR faz vista grossa

 

 

Jéssica Silva
Do Fala Galo, em Montes Claros
07/10/2019 – 08h19

Encarando o Palmeiras em São Paulo, o Galo deu início à sua difícil sequência no Brasileirão. Surpreendentemente jogando bem, o alvinegro saiu na frente, controlou boa parte do jogo, mas cedeu o empate aos donos da casa no final da partida e somou apenas um ponto.

Era de se esperar que o Palmeiras fosse o protagonista do jogo. A fase do Atlético é ruim e o plantel dos paulistas é recheado de boas opções, algo que nem de longe temos por aqui. Mas surpreendendo a Massa, o Galo foi ao Allianz para jogar de igual para igual contra o Porco e se comportou muito bem.

Ao contrário do que aconteceu contra o Vasco na última rodada, o time atleticano buscava o gol e chegava à área do Palmeiras com frequência. Otero teve boa movimentação e Luan também iniciou bem a partida. Como controlava as ações do jogo, ver o Atlético abrir o placar parecia ser só questão de tempo.

Jogadores comemoram o gol do meia Nathan / Foto: Cantini

O gol atleticano poderia ter saído após um pênalti de Felipe Melo em Igor Rabello, mas o juiz ignorou o lance. Mesmo em tempos de VAR, os responsáveis por fazer justiça em campo continuam prejudicando o Atlético em várias oportunidades, e às vezes sequer utilizam o árbitro de vídeo para um tira-teima. Após o lance o Palmeiras melhorou no jogo, mas o Galo conseguiu equilibrar e voltou a ser melhor em campo.

O gol que não veio da penalidade máxima ignorada veio dos pés de Nathan, no finalzinho do primeiro tempo. O meia marcou após bom passe de Guga e a justiça foi feita no Allianz Parque. Vitória parcial de quem foi melhor na partida e mereceu sair na frente.

Tem sido comum ver o Atlético fazer um bom primeiro tempo e afrouxar as rédeas na etapa complementar. Muito por conta das alterações feitas por Rodrigo Santana, que quase nunca surtem efeito, o time se comporta de maneira totalmente diferente quando volta do intervalo. Contra o Palmeiras, que é um adversário perigoso e qualificado, não foi diferente.

O Galo permitiu que o Porco tivesse a bola na etapa final. Quem atacava passou a defender e o placar de um a zero parecia cada vez mais frágil. É difícil entender o porquê de a equipe alvinegra não continuar buscando o resultado enquanto a bola rola. O fato de estar na frente não garante vitória, e como o jogo é composto por 90 minutos jogar apenas os primeiros 45 não adianta muito. Também falta ao Atlético boas opções para entrar em campo no decorrer da partida e fazer a diferença, e isso já é um problema antigo.

O Galo abriu mão de atacar o Palmeiras no segundo tempo, as entradas de Bolt e Ricardo Oliveira não acrescentaram qualidade ao time e o esquema tático que havia funcionado na etapa inicial já não encaixava mais. Apesar da posse de bola, os donos da casa não conseguiram converter o domínio em grandes ameaças e o gol alviverde só saiu em uma falha na marcação.

Aos 37 do 2° tempo, Dudu conseguiu tabelar com Scarpa dentro da área do Galo e fazer a bola morrer no fundo das redes, graças a Maicon Bolt, que não marca absolutamente ninguém. Difícil entender como um jogador que age de maneira tão amadora pode ter espaço no Atlético. Há muitas peças abaixo da média no elenco atleticano hoje em dia, mas alguns ultrapassam o limite da incompetência e da falta de qualidade.

Atletas do Palmeiras comemoram o gol do atacante Dudu / Foto: Palmeiras

O próprio Bolt ainda teve a chance de fazer o Atlético desempatar a partida, mas seria muito otimismo acreditar que o gol da vitória poderia sair de um lance em que Maicon Bolt colocou os pés.
Castigado por recuar no segundo tempo, o Galo ficou no empate com o Palmeiras e trará apenas um ponto para Belo Horizonte.

Levando em consideração o adversário qualificado que é o Palmeiras e o mando de campo, um empate não é um resultado ruim para o Atlético. Porém, como o Galo fez um grande primeiro tempo e conseguiu segurar a vitória em boa parte do jogo, sofrer o empate no finalzinho da partida tem um gosto amargo de derrota.

É importante ressaltar a postura da equipe atleticana no primeiro tempo, pois comprometimento e time indo para cima do adversário é algo que não tem sido muito visto por aqui. Se o desempenho for o mesmo contra Flamengo e Grêmio, próximos adversários do alvinegro, é possível pontuar nos jogos que virão. Basta que a equipe se comporte da mesma maneira durante todo o jogo, descansando apenas após o apito final.

O objetivo do Atlético neste Brasileirão é se manter na primeira divisão, sem dar sopa ao azar. É uma ambição medíocre, mas é apenas o que os atuais representantes do clube nos permitem esperar e cabe a nós torcer para que a temporada acabe com a meta alcançada.

PALMEIRAS 1 X 1 ATLÉTICO

Palmeiras: Weverton; Marcos Rocha, Gómez, Luan e Diogo Barbosa; Felipe Melo (Raphael Veiga) e Bruno Henrique; Willian, Lucas Lima (Deyverson) e Dudu; Borja (Gustavo Scarpa)
Técnico: Mano Menezes

Atlético: Cleiton; Guga, Igor Rabello, Leonardo Silva, Iago Maidana e Fábio Santos; Nathan (Zé Welison), Elias, Luan (Maicon Bolt) e Otero; Di Santo (Ricardo Oliveira)
Técnico: Rodrigo Santana

Gol: Nathan (Atlético) e Dudu (Palmeiras)

Cartões amarelos: Luan, Léo Silva, Di Santo e Cleiton (Atlético) e Gustavo Gómez, Deyverson e Dudu (Palmeiras)

Motivo: 23ª rodada do Campeonato Brasileiro
Local: Allianz Parque, em São Paulo
Data e horário: domingo, 6 de outubro de 2019, às 16h

Árbitro: Rafael Traci (SC)
Assistentes: Henrique Neu Ribeiro (SC) e Alex dos Santos (SC)
VAR: Rodrigo Nunes de Sá (RJ)

 

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Edição: Jéssica Silva
Edição de imagem: André Cantini