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Atlético em 2019: austeridade, gastos equivocados e o péssimo desempenho em campo

 

 

Ángel Baldo
Do Fala Galo, em Uberlândia
04/11/2019 – 15h

Após assumir a presidência do Clube Atlético Mineiro, o atual presidente, Sérgio Sette Câmara, adotou um discurso de austeridade que, de fato, era necessário, já que as contas não fechavam e as arrecadações eram cada vez menores.

Sem dinheiro, e com um orçamento apertado, em tese, o correto seria contratar qualidade e não quantidade. É o velho e real ditado: menos é mais.

Sem um jogador decisivo e com vários atletas medianos, a folha salarial continuou cheia. Estima-se que o custo mensal de atletas contestados como Elias, Maicon Bolt, Geuvânio, Léo Siva e Zé Welison ultrapasse a casa de R$ 1,5 milhões de reais, quantia que certamente pagaria a cereja do bolo ou daria para trazer, pelo menos, dois jogadores da “prateleira de cima”. Se observarmos as partidas jogadas por esses jogadores citados, veremos que pouco agregaram ao time e, em alguns casos, até atrapalharam.

 

ESCOLHAS ERRADAS:

Felipe Jonathan contra o Atlético, na temporada passada – Imagem: Ceará

É importante lembrar que em março o Atlético esteve muito próximo de contratar o lateral-esquerdo Felipe Jonathan, de 21 anos, um dos destaques do Campeonato Brasileiro na última temporada. Porém, de última hora, o clube não aceitou pagar os R$ 6 milhões de reais solicitados pelo Ceará e o atleta acabou fechando com o Santos.

O curioso é que em menos de 90 dias o Atlético anunciou a contratação do lateral uruguaio Lucas Hernández, de 27 anos, por algo próximo dos R$ 12 milhões de reais.

Outro caso é o do lateral-esquerdo Jorge, também oferecido ao clube. O interesse do jogador em vestir a camisa do Atlético existiu, mas o clube não quis pagar as comissões e acabou perdendo o atleta para o Santos. Aliás, na temporada o Santos conseguiu “ganhar” três duelos com o Atlético: Jorge, Felipe Jonathan e Jobson.

 

O BARATO QUE SAIU CARO:

Maicon Bolt foi um dos contratados sem custos na temporada – Foto: Bruno Cantini

O Atlético contratou até o momento 11 jogadores e 7 desses vieram sem custos ou sem um valor pago as suas antigas equipes, porém, apenas Réver, Jair e Di Santo corresponderam até o momento.

Dos que vieram de “graça”, Maicon Bolt, Geuvânio, Wilson e Vinicius Vina não se firmaram. Vina até teve bons momentos e fez gols importantes, mas não conseguiu manter as boas atuações. O goleiro Wilson foi uma contratação emergencial, porém, cometeu falhas graves, comprometendo os resultados finais das partidas contra Flamengo e Grêmio.

Estima-se que o custo dos quatro atletas estão na casa dos R$ 1,2 milhões de reais mensais.

A austeridade é necessária e bem-vinda, só que é preciso ser feita da maneira correta. Não adianta encher o elenco com jogadores medianos e que não agregam. No final, o salário desses jogadores seria suficiente para contratar alguém capaz de decidir jogos, que chame a responsabilidade para si e que atraia o torcedor.

O resultado das escolhas erradas refletem diretamente no péssimo desempenho em campo. Jogadores sem qualidade dificilmente vão decidir jogos e a tendência é que os erros individuais, que comprometem os resultados, aconteçam aos montes.

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Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini
Edição de texto: Angel Baldo