Atlético: austeridade e gastos equivocados
Ángel Baldo
Do Fala Galo, em Uberlândia
26/07/2019 – 07h19
Após assumir a presidência do Clube Atlético Mineiro, o atual presidente, Sérgio Sette Câmara, adotou um discurso de austeridade que, de fato, era necessário, já que as contas não fechavam e as arrecadações eram cada vez menores.
Sem dinheiro e com um orçamento apertado, em tese, o correto seria contratar qualidade e não quantidade. É o velho e real ditado: menos é mais.
Sem um jogador decisivo e com vários atletas medianos, a folha salarial continua cheia. Estima-se que o custo mensal de Nathan, Maicon Bolt, Denílson, Vina, Terans e Rafael Papagaio ultrapasse a casa de R$ 1 Milhão de reais, dinheiro esse que certamente pagaria a cereja do bolo ou daria pra trazer pelo menos dois jogadores da “prateleira de cima”. Se observar os minutos jogados por esses jogadores citados ou as partidas em que foram titulares, veremos que pouco agregaram ao time nesta temporada.
Além disso, sabedor dessa pouca minutagem em campo, recentemente a diretoria renovou o contrato do meio campo Nathan até o fim da temporada. Mas o jogador sequer entrou na partida contra a Chapecoense, quando o time utilizado por Rodrigo Santana foi o considerado reserva, e nem relacionado foi para a partida contra o Fortaleza. Nathan ganha um salário considerável, salário esse que poderia ser utilizado para pagar parte dos vencimentos de um atleta que agregaria ao elenco.

Questionado sobre uma possível contratação do lateral-esquerdo Jorge no inicio da temporada, vimos o presidente Sérgio Sette Câmara declarar que o atleta seria caro ao clube e que não vinha atuando pelo seu ex time. Agora, vemos o jogador se destacando no Santos e continuamos com carência no setor.
Em 2018, as despesas com remuneração do futebol profissional, que inclui salários registrados em carteira de trabalho, encargos cobrados pelo governo, direitos de imagem e de arena, ficaram na casa dos R$ 10.250 milhões mensais. Isso já teve uma queda considerável em relação a anos anteriores. Mas com a queda no gasto com futebol, vem a queda de receitas. Um time barato traz com ele ganhos menores com patrocínios, bilheteria, cotas de TV etc.
A austeridade é necessária e bem vinda, só que é preciso ser feita da maneira correta. Não adianta encher o elenco com jogadores medianos e que não agreguem. No final, o salário desses jogadores seria suficiente para contratar alguém capaz de decidir jogos, que chame a responsabilidade, que atraia o torcedor e que “venda camisa”.
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