Ícone do site FalaGalo

Atlético abre 2 a 0 no primeiro tempo, passa em branco no segundo e é eliminado da Copa Sul-Americana

 

 

 

Por: Jéssica Silva
Revisado: Jéssica Silva
21/02/2020 – 01h25
Clique e siga nosso Instagram
Clique e siga nosso Twitter
Clique e siga nosso YouTube

Clique e siga nosso Facebook

O Galo pagou o preço pelo péssimo jogo feito na Argentina. Recebendo o Unión de Santa Fé, no Horto, o time atleticano finalmente fez uma partida intensa, sufocou o adversário e chegou bem perto de alcançar a classificação. No entanto, o prejuízo da primeira partida era grande demais e apesar de todo o esforço, o Atlético não foi capaz sequer de construir o placar suficiente para levar a disputa aos pênaltis.

O atleticano tinha dois medos para a partida decisiva dessa quinta-feira: ver o Atlético se acovardar diante da dificuldade e ser desclassificado da Copa Sul-Americana. Covardia não houve, os comandados de Dudamel mostraram que poderiam cumprir a missão quase impossível e dominaram o time argentino. No entanto, o Galo pecou em algumas finalizações que definiriam o jogo e perdeu grandes oportunidades de construir o placar necessário.

Iniciando a partida com três zagueiros e dando aos laterais Guga e Guilherme Arana mais liberdade, o esquema montado por Rafael Dudamel surtiu efeito no primeiro tempo, já que o Galo abafou o Unión e conseguiu uma boa vantagem nos primeiros 45 minutos. Fazendo a boa e velha pressão de jogos no Horto, o Atlético saiu na frente em cobrança de falta com uma pintura de Otero, que não marcava um golaço há bastante tempo.

Apesar de toda pressão e agilidade para trabalhar a bola, o desempenho do Galo novamente não foi o ideal no meio-campo, já que ainda faltava a criatividade e a malícia de um camisa 10 nato. Já que não havia tanta facilidade com a bola rolando, o time atleticano tratou de ampliar o placar mais uma vez com a redonda parada.

Réver, que fez uma ótima partida no Independência, foi puxado na área e sofreu pênalti. Com muita personalidade, Hyoran assumiu a bronca e bateu bem na bola, marcando o segundo do Galo e enchendo o atleticano de esperança. Nathan ainda recebeu boa bola livre na área, mas cometeu o ato imperdoável de perder um gol feito que poderia ter mudado a história do jogo, algo que está fazendo o torcedor lamentar até agora.

Na etapa complementar, os argentinos conseguiram equilibrar as ações do jogo e apelaram para a tradicional “catimba”. A bola rolou menos, houve mais paralisações por conta de faltas e o Galo perdia intensidade, deixando assim de fazer o jogo que queria. Guilherme Arana teve ainda a chance de fazer o tão esperado terceiro gol, mas parou no goleiro adversário. Moyano também foi destaque da partida por fazer boas defesas e atrapalhar os planos atleticanos, infelizmente.

Vendo a intensidade do Galo e a vontade de vencer demonstrada pelos atletas no Horto, a frustração por ter visto um jogo tão omisso na Argentina escancarou o que todo mundo já sabe: em um mata-mata, a decisão dura 180 minutos, logo, fazer apenas uma boa partida não é e nunca será o suficiente para alcançar uma classificação merecida. Não é que o Galo não tenha sido merecedor de um desfecho positivo no jogo de ontem, mas a apresentação da equipe alvinegra no jogo de ida foi o suficiente para fazer com que o Atlético se despedisse da competição continental.

No Independência, apesar de termos visto uma partida muito diferente do que vem sendo habitual até então, tivemos a confirmação de que alguns atletas definitivamente não servem para vestir a camisa do Atlético. Com todo respeito ao ser humano Franco Di Santo, o jogador em questão é uma presença nula em campo. Ineficiente e chegando à área somente em posição de impedimento, o camisa 26 mostrou novamente que o salário que recebe é um grande desperdício de dinheiro, já que o clube não vem tendo retorno algum desde a sua chegada. Rafael Dudamel teve ainda a “brilhante” ideia de nos presentear com as presenças de Di Santo e Ricardo Oliveira em campo ao mesmo tempo, o que com certeza não ajudaria a equipe a alcançar a classificação, mas acabou por deixar bem claro o quanto o ataque atleticano é mal servido.

A atuação do Atlético no Horto mostrou que ainda corre algum sangue nas veias deste time, mas a partida disputada na Argentina não deve ser esquecida. Que aplaudam a entrega da equipe na noite de ontem, mas que não deixem passar o fato de que ser eliminado na primeira fase da Copa Sul-Americana por uma equipe inexpressiva como o Unión é sim uma vergonha.

O Galo poderia ir mais longe, na verdade, tinha isso como obrigação. Podemos acreditar em uma sequência melhor na temporada, até mesmo vitoriosa, mas isso só será possível com uma evolução muito maior no comando técnico e no desempenho dos atletas. A mudança de atitude e um padrão de jogo precisam ser alcançados o quanto antes, do contrário, o Galo continuará dando vida ao ditado que afirma que camisa pesa, mas não vence jogo.

ATLÉTICO 2 X 0 UNIÓN-ARG

Atlético
Michael; Igor Rabello, Réver (Iago Maidana, aos 17’ do 2ºT) e Gabriel; Guga (Ricardo Oliveira, aos 38’ do 2ºT), Jair, Nathan e Guilherme Arana; Otero (Marquinhos, aos 22’ do 2ºT), Hyoran e Franco Di Santo
Técnico: Rafael Dudamel

Unión-ARG
Sebastián Moyano; Milo (Moreno, aos 20’ do 2ºT), Calderon, Bottinelli e Corvalán; Cabrera, Elias, Méndez e Blasi; Carabajal (Troyansky, no intervalo) e Walter Bou (Mazzola, aos 25’ do 2ºT)
Técnico: Leo Madelón

Gols: Otero, aos 15’, e Hyoran, aos 28’ do 1ºT (ATL)
Cartões amarelos: Nathan, aos 12’ do 1ºT, e Iago Maidana, aos 18’ do 2ºT (ATL); Calderón, aos 26’, Méndez, aos 36’, Elias, aos 42’ do 1ºT, Milo, aos 16’, e Troyansky, aos 42’ do 2ºT (UNI)

Público: 16.291 torcedores
Renda: R$ 187.170,00

Motivo: jogo de volta da 1ª fase da Copa Sul-Americana
Data e horário: quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020, às 21h30
Local: Independência, em Belo Horizonte

Árbitro: Nicolas Gallo (COL)
Assistentes: Sebástian Vela (COL) e Wilmar Navarro (COL)