Análise: Deu ruim no Mineirão
Carol Castilho
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
28/09/2019 – 11h38
A manhã da última quinta-feira começou fria em BH, com 17°. Mas os atleticanos começaram o dia com a cabeça quente e longe, lá no Gigante da Pampulha. É que a bola ia rolar no Mineirão a partir das 21:30.
o Atlético recebeu o Colón com casa cheia, cerca de 40 mil atleticanos garantiram seus ingressos e como sempre prometeram e fizeram uma festa bonita.
O Atlético estava classificado para a final da Copa Sul-Americana 2019 até os 36 minutos do segundo tempo, mas o árbitro marcou pênalti de Elias em Morelo e Rodríguez fez a cobrança e diminuiu para o time argentino. A partida foi para a cobrança de pênaltis e erramos com Réver e Cazares.
O que penso sobre este jogo é que foi a partida em que o Atlético jogou como nunca e perdeu nos detalhes, como sempre.
Sinceramente agora esperamos foco da equipe, porque as últimas partidas do alvinegro no Campeonato Brasileiro e o primeiro jogo da semifinal da Sul-Americana nos fazem questionar onde podemos chegar.
Vamos saber o que as mulheres do Galo que estiveram no jogo têm a dizer sobre a eliminação do alvinegro. As torcedoras Karyne Teixeira, Lara Lage e Joana Porto analisam esta partida.
ARQUIBANCADA FEMININA!

A torcedora Karyne Teixeira, de 21 anos, faz uma análise do 1 ° tempo: “No primeiro tempo o Atlético fez tudo o que a gente gostaria e esperava. Soube jogar a partida, trabalhou a bola, acelerou, abafou, pressionou e criou. Criou muito. Poderia ter ido para o intervalo com uma vantagem até maior.
Vimos demonstrações de muita raça e vontade. Jogadores disputando cada lance com muito afinco.
O Colón não conseguia respirar. O Galo ia os empurrando no campo de defesa e amassando. O gol até demorou a sair pelo que vinha sendo a partida. Era outro Atlético, que por um segundo, nos poderia fazer relembrar os velhos tempos. Mas, infelizmente, o time mais uma vez não soube aproveitar as oportunidades para criar uma vantagem e, com a perda do Jair, o segundo tempo se tornou algo mais incerto.”
MELHORES EM CAMPO: “Jair jogou muito enquanto esteve em campo. É incrível como um time é um sem e outro com ele. É o jogador que tem lucidez no meio, sabe o momento certo de defender, atacar, acelerar, prender a bola. Cazares finalmente fez uma grande partida (até o Santana resolver mexer, erroneamente, no seu posicionamento no segundo tempo). Era quem mais criava e finalizava pelo Galo. Até vibrou com alguns desarmes que fez, dava para ver que ele estava no espírito que a decisão pedia. Luan, que vinha sendo merecidamente criticado, entrou e soube aproveitar o momento. Deu outra dinâmica à equipe. Além da costumeira correria e ajuda tanto na defesa quanto no ataque, conseguiu movimentar mais o ataque e, com isso, o Galo conseguiu criar. Chará foi outro que, apesar do inacreditável gol perdido, fez um bom jogo. Ele já é conhecido pela aplicação tática e entrega, mas é questionado pelo desempenho ofensivo e nesta partida conseguiu entregar ambos. Estava se entendendo muito bem com Cazares e, não à toa, eram os criadores das jogadas de mais perigo do time no jogo. Di Santo era participativo, tinha muita movimentação. Saia da área para tabelar, abrir espaço para outros companheiros, buscava participar da construção das jogadas. Incomodava na área e, na chance que teve, marcou.”
PIORES EM CAMPO: “Negativamente destaque para Elias. Péssima partida que foi coroada com um pênalti completamente desnecessário. Não conseguiu marcar (o que não é novidade) nem ajudar na construção ofensiva. Realmente caminhou em campo e não só não ajudou como atrapalhou a equipe. Além dele, Vinícius e Geuvânio, mesmo com o pouco tempo em campo, foram muito mal. Ambos não acertaram nada. Não conseguiram dominar a bola, prendê-la no ataque, construir alguma jogada ou sequer contribuir mais com a marcação. Só fizeram com que o desempenho da equipe, que não vinha bem na segunda etapa, caísse ainda mais”.
A torcedora Lara Lage, de 19 anos, faz uma análise do 2 ° tempo: “Galo jogou bem no início do primeiro tempo e no início do segundo, mas depois do gol o time retrancou, jogou na defensiva e perdeu algumas chances de gols. Se tivesse feito 3×0 o resultado seria praticamente irreversível, mas é a cara do galo né? Perder uma classificação que já tá na mão! Acho que em um resultado desse todos são culpados, não existe um pior em campo, pois o erro foi coletivo, quando o time ganha e é classificada a equipe inteira leva o mérito, então nesse caso acho que todos merecem carregar o peso dessa desclassificação descabida.
No segundo tempo Rodrigo Santana mexeu errado e fez com que o time perdesse intensidade. Não acho que o Vina deveria ficar centralizado, e Cazares na lateral não tem nada a ver! O time perdeu o ritmo depois dessa alteração”.
A torcedora Joana Porto, de 25 anos, estava no Mineirão acompanhando o jogo e nos conta um pouco da atmosfera da arquibancada: “Estávamos muito confiantes, mas depois do jogo ficamos P** da vida. A paciência acabou! Arquibancada estava insana, o superior laranja estava insano, estava lindo de se ver, pena que não deu tudo certo como planejávamos.
Quando o Réver perdeu o pênalti eu nem estava conseguindo acreditar, foi um silêncio total também, todo mundo meio desacreditado no que vi, eu fiquei pensando ‘será que ele vai conseguir chegar em casa, deitar a cabeça no travesseiro e dormir?’ Porque era só ele fazer aquele gol, cara. Eu me pergunto porque a gente tem que passar por isso.
Quando o Cazares perdeu foi diferente, não houve silêncio, todo mundo, inclusive eu, xingando demais. Cachaceiro, filho da p*** e outras coisas piores. Péssima noite! Ruim para entrar, setor lotadíssimo, alagamento, chovendo dentro do estádio, ruim para sair, uma noite para os atleticanos esquecerem.”

ARQUIBANCADA FEMININA:
Carol Castilho: Pelo andar da carruagem e pelo que conhecemos da diretoria atleticana, eu jurava que Santana cairia. Vocês também?
Karyne Teixeira: “Eu pensei que sim. Não é só trocando de treinador que nossos problemas vão acabar, mas há alguns jogos em que o Santana vem errando muito nas mexidas. Ontem foi só mais um. Justo quando não poderia. Custou caro o arrego que tiveram no segundo tempo. Nos dois jogos o time quando estava bem, com o jogo dominado, recuou e colocou o Colón que já estava morto de volta na partida. E o Santana não conseguiu impedir isso, não fez nada para reverter a situação. Pagou caro nos dois confrontos. Derrota e um gol que levou para os pênaltis algo quase decidido. Mas mesmo permanecendo no cargo, penso que se os resultados não começarem a vir no Brasileiro, não irá durar. Pois todos nós bem sabemos a direção que temos.”
Lara Lage: “Achei que iria, mas acho que não resolveria nada, nosso problema é muito mais que só o técnico agora. Minha opinião é que deveria fazer um impeachment do presidente, mandar diretoria embora, tirar todos os jogadores e deixar somente a torcida, que é a única coisa que presta nesse time agora.”
Quero agradecer a colaboração das torcedoras Karyne Teixeira, Lara Lage e Joanna Porto. Muito obrigada pelo tempo reservado e análises feitas.
Então, torcedores, curtiram as análises da Arquibancada Feminina? Então fiquem ligados nos nossos pós-jogos.
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Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini