Análise Arquibancada Feminina: Corinthians 1 x 0 Atlético – Happy Birthday to You Corinthians!

 

 

Por Carol Castilho
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
03/09/2019 – 08h

Na moral, me atrevo a dizer que o Atlético deu um verdadeiro presente de aniversário para o Corinthians, com aquele fatídico e desastroso lance protagonizado pelo goleiro Cleiton, aos 43 minutos do segundo tempo. Fala sério Galo! Poderia ter segurado essa e acabado com a festa de 109 do Tricolor Paulista. Neste momento, o alvinegro está em 7º lugar na tabela de classificação, com 27 pontos (só descendo). Mas estamos com o foco na Sul americana, né? Tá bom, então!

O que será que as mulheres da “Arquibancada feminina” estão pensando sobre este jogo, ein? Eu troquei com ideia com as torcedoras: Carol Ribeiro, Ruth Martins e Tâmara Santos que fazem uma análise desta partida.

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A jornalista Ruth Martins fez uma análise do primeiro tempo: “as duas equipes fizeram um jogo muito bom. O Galo iniciou o primeiro tempo um pouco devagar, mas na metade da primeira parte já estava fazendo um jogo franco, consciente e com a bola nos pés. Poderíamos ter marcado nesta etapa, porém, esbarramos mais uma vez nas finalizações. Ricardo Oliveira parou no Cássio e no carrinho do Manoel, Cazares não aproveitou o lançamento na medida do Patric ao tentar chutar de primeira com a perna direita e furar. Aliás, que partidaça fez o Patric. É uma peça fundamental ao time neste momento. Definitivamente, essa não foi uma das partidas de destaque do Cazares. O jogador esteve apagado no jogo. No segundo tempo, o Galo caiu de produção porque alguns jogadores se cansaram. No meio-campo, achei que o Jair cometeu alguns erros que não estamos acostumados a ver. Rodrigo Santana mais uma vez demorou para fazer as substituições. Mas a exceção do lance do gol, em que o goleiro Cleiton errou feio, de modo geral, o time se comportou bem na partida. Vale ressaltar que o Corinthians propôs um jogo de contra-ataque. Usou a arma que o Galo vem usando ultimamente, que é dar a bola ao adversário e esperar um erro. E deu certo. Perdemos por um erro individual”.

MELHORES E PIORES EM CAMPO: “Para mim o melhor em campo foi o Patric. Já o pior vou me abster, uma vez que mais de um jogador não rendeu o esperado.”

A estudante de Engenharia Ambiental, Tâmara Santos, faz uma análise do segundo tempo: “o jogo foi equilibrado, a postura do Atlético foi surpreendente, principalmente no primeiro tempo. Acredito que, por causa da chuva, o rendimento acabou caindo e o time piorou no segundo tempo, dando mais espaço pro Corinthians e sofrendo um pouco mais pra puxar os contra-ataques. Pecamos muito nas finalizações (mais uma vez) e isso foi crucial para o resultado”.

MELHORES E PIORES: “Os melhores em campo a meu ver foram os jogadores do setor defensivo, com destaque especial ao Cleiton, Réver e Patric. O primeiro acabou falhando no final do jogo, entregando o resultado para o Corinthians, mas se nao fosse ele, teríamos tomado uma goleada. Réver foi preciso nos desarmes, Patric conseguiu anular o Avelar (que funciona como fator surpresa do Corinthians) e, no geral, o setor defensivo funcionou muito bem na maior parte do jogo. Em contrapartida, Cazares fez um jogo abaixo do esperado, apesar de construir muito bem as jogadas, acabou pecando nas finalizações em momentos que o Atlético poderia ter matado o jogo. Chará sentiu o peso do gramado e caiu de rendimento também, acabou sendo substituído e não conseguiu se destacar. No geral, o time foi bem e não teve ninguém muito abaixo dos outros. Se continuar assim, treinar as finalizações e der seguimento ao trabalho, acredito que possamos evoluir cada vez mais.”

Cleiton tinha atuação destacada em Itaquera, mas falhou em lance crucial da partida (Foto: Bruno Cantini/Atlético)

A torcedora explica se acha que o único culpado desta derrota foi o Cleiton e se a titularidade está ameaçada: “quando um time vence, o faz com o coletivo. Na derrota deve ser o mesmo. Cleiton falhou sim, mas seus companheiros perderam gols cruciais que poderiam evitar a derrota e inclusive trazer os três pontos na bagagem. Cleiton vem de uma sequência muito boa, está amadurecendo e se consolidando na posição. Hoje, a bagagem do Victor não deveria ser fator crucial pra consolidar sua titularidade, joga quem tá melhor e esse é o Cleiton. A torcida não deve jogar contra o time por estar com cabeça quente, apesar de o Victor ser ídolo incontestável, estará voltando de lesão e o recente aproveitamento não era dos melhores. Cleiton, por sua vez, está cada vez mais seguro, deveríamos continuar com ele” , finalizou.

A assistente de arbitragem Carol Ribeiro, de 23 anos, faz uma breve análise de Cazares na partida e as substituições feitas no segundo tempo: “Cazares não vem jogando bem, não está dando o seu melhor e está desinteressado dentro de campo, errou muitos passes, foi melhor no primeiro tempo, mas, no geral, não fez uma boa partida. Infelizmente, a falta de vontade em campo atrapalhou. A substituição feita no segundo tempo, Chará por Geuvânio, não fez muita diferença. Chará não estava bem no jogo, mas Geuvânio entrou mal, não criou nenhuma jogada” , finalizou.

 

ARQUIBANCADA FEMININA

Carol Castilho: O Galo conseguiu “controlar” a partida, mas teve o azar de tomar um gol aos 43 minutos do segundo tempo. A derrota tem apenas um culpado, o goleiro Cleiton, ou foi uma série de fatores? É cedo para questionar Cleiton no gol?

Ruth Martins: A derrota tem mais de um culpado. O Cleiton teve a infelicidade de errar em um lance que é um dos seus pontos fortes: a saída de bola no tiro de meta. Acontece que se o ataque tivesse aproveitado as chances teríamos marcado, no mínimo, dois gols. Ou seja, sairíamos com a vitória e não estaríamos aqui debatendo o erro do nosso arqueiro. Ainda é cedo para questionar o Cleiton, mas não quer dizer que não tenhamos que cobrar uma postura mais séria dele. Como ele vem sendo muito elogiado, pode ser que esteja com confiança demais. Aí é preciso rever a postura em campo, principalmente quando estiver jogando com times de qualidade técnica.

Carol Castilho: Todos nós sabemos a história que Elias tem com o Corinthians, você acha que ele sentiu a pressão a emoção do jogo e não foi tão bem quantos as últimas partidas?

Carol Ribeiro: Não, ele fez um bom jogo, foi bem regular ele não chegou muito ao ataque por conta da marcação, mas, no geral, ele fez uma boa partida.

Carol Castilho: Quem não faz, leva! O galo desperdiçou e por uma falha infeliz de Cleiton o jogo foi decidido nos minutos finais. Esse placar foi justo? O que poderia ter sido feito de diferente pra ganharmos lá?

Tâmara Santos: Não acredito que o placar tenha sido justo, mas futebol não se vence com justiça, mas sim com efetividade. O Corinthians costuma jogar assim, por uma oportunidade, e acaba levando o resultado. É isso que precisamos aprender. Não adianta jogar bonito e perder, não adianta ter posse de bola e não saber usar, não adianta construir grandes jogadas de contra-ataque e não saber finalizar corretamente. Falta efetividade ao Atlético. A vitória não veio por detalhe: a ineficiência nas finalizações.

 

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Edição: Malu Precioso
Edição de imagem: André Cantini