Por Mallu Precioso.
Nós somos o Clube Atlético Mineiro. Nós, o negro, o branco, o pobre, o rico, o patrão, o empregado, o pai, a mãe, o filho, a filha, os avós. O Galo, somos nós.
Hoje o tom é mais sério do que o normal. O assunto é sério. Quero falar com o atleticano que acredita, que não desiste. Apenas o que tem o Galo tatuado na alma, que só enxerga o preto e branco.
Para quem é cada vitória, cada grito de gol, cada derrota, cada verso cantado, cada título, cada lágrima. Nós somos. Mas a realidade não tem sido essa. O Atlético, aos poucos, saiu da mão da massa que tanto o abraça para ser time de conselheiro, de diretoria.
O Galo, o nosso Galo, hoje está nas mãos de empresários, de dirigentes que pouco se importam com a grandeza do nosso clube. O Galo das alterosas, o campeão dos campeões, da massa, do uai sô, foi tomado de nós. Nós, por amor a bandeira, por amor a camisa, fingimos não ver, afinal, nosso amor é incondicional.
Não é difícil perceber: empresários forçam a renovação do contrato de jogador A pela negociação com o jogador B. O Galo, refém de dívidas milionárias e precisando de reforços, não tem outra saída (ou pelo menos não quer ter).
O conselho aprova empréstimos com juros absurdos com “parceiros”, sem a retificação de que isso será cobrado no futuro e os orçamentos passam com unanimidade sem a menor condição de serem cumpridos. Ninguém questiona. Ninguém faz nada. Não temos representação da massa no conselho, ele é composto majoritariamente por 4 famílias ricas que fazem o que querem lá dentro. Não há transparência, não há oposição. Não tem alguém para levantar a mão e propor uma mudança.
Se não for sofrido não é Galo? NÃO. Chega. Vamos começar mais quantos anos sem ver uma filosofia aplicada? Sem ver a nossa cara no Galo? Reclamando de arbitragens vergonhosas e de lances de um VAR passivo após o ocorrido? Sem cobrar pagamentos de dívidas com aplicação na justiça? Sejamos ativos!
A raça do nosso Galo Forte Vingador está dentro de nós. O hino, composto em 1969 por Vicente Motta diz: Nós somos o Clube Atlético Mineiro. Nosso time é imortal. Somos orgulho do esporte nacional. Precisamos da ajuda de todos pra tomar o Galo de volta.
Se nós somos o Clube Atlético Mineiro, o Galo também é nosso. A mudança dói, é um processo penoso, mas tem que começar em algum momento. Convocamos a massa, o corpo, a voz, o grito alvinegro para ecoar mais uma vez e defender o que é nosso. O time do povo é para o povo também. E vamos deixar aqueles estudantes em 1908 orgulhosos.
Não são só as torcidas organizadas, muito menos apenas os sócios-torcedores. Todo mundo que tem sangue alvinegro na veia tem que lutar, lutar e lutar hoje, para vencer, vencer e vencer. Chega de usarem o nosso Galo de escudo para manter a “mamata” de poucos. O Atlético Mineiro é de multidões.
E você, está pronto para isso?
Abençoado seja o Clube Atlético Mineiro, cujas cores serão lavadas por quem acredita.