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A casa é sua! Marcando território, fincando a bandeira em planta!

 

Betinho Marques
Do Fala Galo
26/12/2019 – 12h25
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A primeira bandeira costurada por Dona Alice

Uma aula que se matou no Parque Municipal

O Galo de Zé do Monte

Um suor transformado em sangue por um ideal

 

A filosofia de fortalecer no amor

De punho cerrado pro ar

Um bicudo aos 48’ no azar

A essência de sorrir mesmo com dor

 

Um novo tempo começou

Antes o beija-flor no ar parou

Abraçados na injustiça de 81, pai e avô

Gol espírita do Miquica, por favor!

 

Não quero te contar do que passou, meu grande amor

A memória é uma mesa de domingo em família

Ela diz do Antônio Carlos ao Kalilfórnia

Fala de amargura de 77 com poesia, codifica em alegria

 

A nossa casa é um terreno em planta

E nem todos estarão no cortar dos laços, Daniel, um abraço

Pode ser que se pereça o tempo e os passos

Nunca a justiça dos abraços

 

Suas listras sempre multifacetadas, do nada ao tudo

Um bruxo cheio de dentes em todo espectro da luz

Uma estrada sempre de pedras e tachinhas

Tiramos todas com a bomba do Éder

 

No caminho conheci Tomés a duvidar, Angels a xingar, nunca desistir

Sonhadores, Rubélios, Rodolfos, Laertes, Arcebispos e LinCAMs, segui

Quando o Galo vence, Jesus lá de cima sorri

No fim, vi Silas vibrar, sempre houve um Werneck a pavimentar o seguir

 

Andou reto num país de encobertos

Passou por todas as condicionantes em vários endereços além da Afonso Pena

Mas o travesseiro era mais leve que um poema

O poleiro sairia contra o mau agouro, ainda que tardia, o travesseiro dos outros não sei, havia?

 

O Atlético nunca foi dos donos de supermercados ou jornais, sinais 

Sempre uniu o povo, a construção não foi ter a lata ou a fachada paradoxal

Mas o Galo, por vezes, juntou os cacos e as bandeiras, sem queimar seu ideal

Construiu sua história na raiz, no lastro visceral e imortal, edificação social

 

A vida é uma marca no chão e há Rubens que estão no terreiro

Não se passa por acaso a estadia, mas o suor da luta valoriza a alegria, filantropia

A janela é de quem faz bem feito

O sentimento atleticano não oxida o peito

 

Até sofreu, enxugou seu choro na bandeira e disse: “não volto mais”

Na semana seguinte estava na Rua de Fogo dizendo: “falei de nervoso”

O pão do atleticano é um ingresso

O ingresso do atleticano é o pão, meu irmão

 

Chegou a hora de fincar a bandeira de Dona Alice

Marcar território no simples, com gente, queimando carvão

O atleticano, a tal da “cachorrada”, povo marcado por sorrir mesmo na dor, comunhão

A casa é da Massa, a liberdade, ainda que tardia, mas entope aí de gente, meu amor

 

Eu vi muitos homens no Gelo, honrando Minas, estive presente em cada jornada aberta

E a coisa mais certa de todas as coisas

Não vale mais que dividir o pão com o irmão

O pão dividido é o ingresso, o ingresso para o atleticano é o pão

 

A nossa casa é um terreno em planta

E nem todos estarão no cortar dos laços, Dona Lourdes e Dudu Chiappetti, um abraço

Pode ser que se pereça o tempo e os passos

Nunca a justiça dos abraços

 

A cachorrada quando machucada lambe as feridas, cicatriza 

Está no bom e no péssimo

É o olho de um cego

Cachorro, do preto ao branco, perdoa, não tem ego

 

Marcando território, fincando bandeira

Teu amor a tudo brilha e cheira com magia, sinestesia

A sua taça é uma betoneira, o beijo é um CPII e o subir da estrutura

O amor que se constrói na raiz não chega por fax, não se compra na feira.

Galo, som, sol e sal é fundamental!