Por: Silas Gouveia e Angel Baldo.
Hoje completam exatos 30 dias que o Atlético demitiu o técnico Levir Culpi após uma campanha vexatória na fase de Grupos da Libertadores e uma histórica goleada sofrida para o Cerro Porteño. Nada muito diferente daquilo que os críticos do Levir já vinham alertando há algum tempo. Um técnico de conceitos ultrapassados e de metodologia de trabalho já não aceita entre os profissionais em campo. Não respeitava sequer as análises de números feitas pela equipe de estatísticas e desenvolvimento do clube.
Após isso, vários nomes foram cogitados, inclusive havendo algumas negociações como nos casos de Thiago Nunes e Rogério Ceni. Talvez o nome de Thiago Nunes fosse o mais correto para se tentar modernizar o futebol apresentado dentro de campo.
Sem um técnico e com os bastidores entregues ao rumo, Rodrigo Santana foi chamado às pressas para repetir um filme visto por oito milhões de atleticanos na temporada passada, quando aconteceu a demissão de Oswaldo de Oliveira e Thiago Larghi assumiu.
Na partida contra o Palmeiras, neste domingo dia das mães, Rodrigo Santana vai para seu oitavo jogo no comando do Galo. Em sete partidas ele soma quatro vitórias, duas derrotas e um empate. Não é nenhum absurdo deixar que ele comande também este jogo contra o vice-líder do campeonato. Aliás, na briga do líder contra o vice-líder, nada mais justo que valorizar quem foi o responsável direto por estarmos à frente das demais equipes.
Entretanto, além da necessidade de um técnico com mais experiência (tomara que mantenham o Rodrigo como assistente fixo), a chegada de reforços é indispensável. A sequência é pesada e com “menos” de 30 jogos na temporada o Atlético já apresenta um quadro de desgaste físico altíssimo de seus atletas. A maior prova disso foi o jogo contra o Zamora, que valia classificação para a Copa Sul-Americana, mas o Atlético foi obrigado a segurar sete atletas pelo fato de os exames de CPK apresentarem índices elevados.
Além da questão da preparação física, o time atuou de forma desorganizada por mais de 20 partidas seguidas, sempre correndo atrás da bola, não havia um esquema tático bem definido e isso refletia diretamente no desempenho. Fazer esta correção ainda está sendo uma coisa muito difícil e desgastante.
Porém, a necessidade de reforços vem se tornando ainda maior e o Galo entra em mais uma sequência dura. Daqui para frente serão dez jogos seguidos até a parada para a Copa América. Jogos contra adversários diretos e as melhores equipes atualmente do Brasil. Vejamos:
Palmeiras, domingo (12/05) em casa.
Santos, quarta (15/05) em casa.
Flamengo, sábado (18/05) em casa.
SUL-AMERICANA, quarta (22/05) fora de casa.
Grêmio, domingo (26/05) fora de casa.
SUL-AMERICANA, quarta (29/05) em casa.
CSA, domingo (02/06) em casa.
Santos, quarta (06/06) fora de casa.
Santos, domingo (09/06) fora de casa.
São Paulo, quinta (13/06) em casa.
As competições estão aí e o planejamento já devia ter sido refeito. Espera-se agora que o time consiga mostrar o mínimo de entrosamento e uma capacidade de reatividade muito boa para assimilar o esquema tático proposto. Torcemos ainda para que um novo treinador já esteja chegando e que os frutos deste trabalho sejam colhidos ainda neste ano. Não importa qual o nome escolhido pela diretoria para ser o novo técnico do Galo, o que importa é o grau de dedicação que teremos dos jogadores, diretoria e o apoio da torcida.
Qualquer nome de treinador especulado passa a ser válido se temos garantido que o Rodrigo Santana continue acompanhando o desempenho de toda equipe e relatando ao seu superior sobre as melhores opções disponíveis no elenco.
Vamos, Galo! Somo líderes! Seremos Campeões!
Revisado: Jéssica Silva