Torcedor atleticano e o seu imediatismo
Foto: Flickr oficial do Atlético
Por: Caio Thumé
24/08/2020 – 10h55
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A torcida do Atlético Mineiro sempre foi uma massa reconhecida pelo seu apoio incondicional ao time independente do momento que passa. Em seus 112 anos de existência, o clube viveu histórias marcantes e algumas amarguras.
O começo do ano de 2020 do clube foi cheio de incertezas vistos a sua situação financeira. Com salários atrasados, pouco orçamento e um elenco não competitivo deixava incerto o futuro do alvinegro no restante do ano. Em meio a essas dúvidas, apareceu Rubens Menin, investidor bilionário, atleticano e através de conversas com presidente, Sérgio Sette Câmara, foi convencido de que o clube precisava de um time melhor e mais competitivo.
Desde janeiro, já foram investidos 130 milhões de reais em jogadores e não deve parar por aí, visto que Jorge Sampaoli é ambicioso por reforços. O clima na Cidade do Galo e com os torcedores mudaram completamente, visto que, com a chegada de um técnico de patamar mundial, um time mais competitivo e altos investimentos. É claro que o discurso iria mudar e mudou. Todos ambiciosos com o Campeonato Brasileiro.
PRESSÃO
É claro que a pressão por bons resultados e bons desempenhos por parte dos torcedores iriam vir em peso depois de tudo o que já foi feito em oito meses. Bom, é isso mesmo, apenas oito meses do projeto ousado que foi colocado em prática. Com Sampaoli, apenas seis meses.
Alexandre Mattos, dirigente de futebol do clube, sempre foi sucinto em dizer que o projeto é visto como médio a longo prazo. O dirigente quer uma “redução” na expectativa que se criou em torno do Atlético pelos reforços contratados. Em entrevista, Mattos disse:
“Equilibrar e entender que hoje existem projetos que estão na frente do Atlético. Por tempo, por treinador há mais tempo, por jogadores se conhecem melhor, já sabem o que o treinador quer. Ainda estamos em um embrião do projeto. Temos cinco, seis, sete equipes do futebol brasileiro que estão acima do Atlético neste momento. E estamos tentando, no dia a dia, com o trabalho da comissão, dos atletas, diminuir a distância pra essas cinco, seis, sete equipes do futebol brasileiro. Aí sim, quem sabe, corresponder à expectativa que está sendo criada neste momento” – explicou.
Alexandre Mattos sempre foi conhecido pela imprensa como um diretor que “gasta dinheiro”, mas nem sempre foi enaltecido por seus bons negócios e reerguer as finanças dos clubes por onde passou. A parceria entre Mattos, Sampaoli e MRV fará com que o Galo venha colher frutos positivos em questão de poucos anos.
O que vemos é que uma parceria que vai sim dar seus sucessos, mas nada se consegue em um “estalar de dedos”. É um trabalho árduo na qual envolvem diversas pessoas. O projeto está apenas começando, e por isso, segurem as cornetas e apoie (como sempre) o nosso Clube Atlético Mineiro.