Por: Betinho Marques
11/02/2020 – 06h
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“Campinense – Um adversário que junta tudo que o atleticano não gosta numa competição milionária. Vacilar não é permitido! Confira tudo sobre o próximo oponente do Atlético com um recorte de Campina Grande, o Treze, Galo, rival histórico, o time campineiro todo remontado de 2020 e as curiosidades do clube que não usa o 13 na sua numeração.”
Atlético e Campinense se enfrentam na próxima quarta-feira (12), para o duelo perigoso da primeira fase da Copa do Brasil. A peleja está marcada para o estádio Governador Ernani Sátyro, ou simplesmente, Amigão, em Campina Grande, cidade tradicional e reduto da rivalidade Treze x Campinense, que fica a cerca de 130 Km de João Pessoa, capital da Paraíba.
Por participar da primeira fase e estar no Grupo 1 (Atlético, Bahia, Botafogo, Cruzeiro, Chapecoense, Fluminense e Vasco), o Galo receberá R$1,1 milhão. O seu oponente, o Campinense, receberá R$540 mil por esta etapa da competição mais democrática do país. Apesar das discrepâncias de realidade técnica e de orçamento das duas equipes, um deslize pode valer muita grana e planejamento. O jogo entre a Raposa Cartola (Campinense tem fama de ser um clube aristocrata) e o Galo vale a continuidade em uma competição milionária. Passar para a segunda fase representa mais R$1,3 milhão e o sonho de poder ir até a final, o que pode render ao campeão R$ 72,8 milhões em valores acumulados.
Campina Grande tem mais de 400.000 habitantes e uma região metropolitana com mais de 600.000 pessoas, alto índice de desenvolvimento humano (IDH) e é a segunda região mais importante da Paraíba. O crescimento da região muito se deveu aos tropeiros e à produção de algodão, uma das maiores do mundo. Além de ter a maior festa de São João do mundo, a cidade tem o maior índice de doutores por habitante (1 para cada 590) no país. Referência em tecnologia e softwares, é uma cidade para construção de carreiras, uma das 100 do país no ranking da revista Você S/A.
Curiosidades – Galo x Raposa rubro-negra que não usa o número 13
Campinense e Treze fazem o “Clássico dos Maiorais” da Paraíba. Pela rivalidade de quase sessenta e cinco anos e número de confrontos, é por muitos, considerado o maior clássico do interior do Brasil. O Treze, o Galo da Paraíba, é o time mais popular do estado, além de ser o maior vencedor do confronto.
Na Toca da Raposa, estádio do adversário próximo do Atlético, é proibido usar o “13” e os atletas pulam a numeração nas competições. O Campinense também desagrada na escolha da mascote (raposa) e no uniforme rubro-negro que remete ao Flamengo. O time campineiro tem como principais conquistas a Copa do Nordeste de 2013 e 20 títulos estaduais, o último em 2016.
Como vem o Campinense em 2020
A raposa paraibana apresentou no fim de novembro passado, nada mais, nada menos que 25 jogadores para seu novo elenco. Destes, 95%, ou seja, mais de 20 atletas são novatos. O clube que venceu a Copa do Nordeste em 2013 não vive seu melhor momento e disputará em 2020 três competições: Paraibano, Copa do Brasil e Brasileiro da série D. Em 2019, vale lembrar que Richarlyson, campeão da Libertadores pelo Atlético, passou pelo clube paraibano brevemente, sem deixar saudades, nem mesmo disputando a série D.
Os destaques para 2020 são o goleiro Pantera (voltando ao clube), o volante Robertinho e os atacantes Romário e Fábio Júnior. O último começou sua carreira no Campinense. Com 37 anos, o atacante passou por Flamengo, Vasco, treinou no Real Madrid, Lorca (ESP) e depois quase desistiu de atuar ao ir para o futebol egípcio, quando presenciou uma tragédia em 2012. Fábio atuava pelo Al Ahly e presenciou uma invasão de “torcedores” revoltados após um revés por 3×1 para o Al Masry, que resultou em mais de 70 mortos, sem contar os feridos.
Retrospecto do Atlético no confronto
Atlético e Campinense já se enfrentaram ao longo da história por três vezes. O Galo venceu um confronto e empatou os outros dois duelos. O último encontro ocorreu no Mineirão em 21/01/81 e não houve gols. O estádio do confronto da Copa do Brasil, o Amigão, viu a única vitória do embate, um 0x3 para o Galo em 03 de maio de 1978.
3 jogos – 1 Vitória do Galo – 2 Empates – 4 gols feitos – 1 gol sofrido
Um abismo de realidade – Jogos do Campinense em 2020 e o perfil do adversário do Galo
Em 2020, a Raposa jogou três partidas. O Campinense venceu os dois primeiros jogos e foi derrotado na tarde do domingo (09), pelo Atlético-PB por 1×0. No total, soma 2 vitórias com o mesmo placar: 3×1 contra Sport-PB e Perilima. Enfim, um time todo remontado, com atletas ainda chegando, sem entrosamento e com pouco entendimento do encaixe até para o técnico Oliveira Canindé (querido pela torcida por conquistar a Copa do Nordeste e 2013), mas que ainda não estabeleceu formato de jogo para sua equipe.
Por outro lado, o Atlético também está num ano de novidades. Com um técnico estrangeiro e o elenco se construindo com vários jogadores novos, numa filosofia de apostas, há uma clara mudança de perfil e o entrosamento ainda não é palpável para o torcedor. Todavia, os “abismos” de realidades financeiras, estruturais e técnicas não permite comparação e/ou vacilo do Atlético. A Copa do Brasil é democrática, mas o Colón e Unión são lições suficientes de que a empolgação de adversários despretensiosos contra times estáticos do Galo pode “sujar a água”.
Cada um que prove as realidades e as “verdades” dos “abismos” na hora que a bola rolar. Vale mais de um milhão, amigão!
***REVISADO POR JÉSSICA SILVA.