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Sampaoli terá dificuldades em utilizar três zagueiros com o atual elenco

 

 

Rodolfo Simões
11/03/2020 –07h
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Jorge Sampaoli chegou e o torcedor atleticano espera um Atlético bem diferente ao longo de 2020. Na equipe da baixada santista, Sampaoli jamais repetiu a escalação em 65 jogos. A equipe atuou com várias formações diferentes e com alguma frequência o treinador fez uso dos três zagueiros, seja no 3-4-3 ou no 3-5-2. Além disso, Sampaoli chegou a montar uma linha defensiva com quatro peças, com um zagueiro atuando na lateral, por exemplo. O argentino escalou o Santos com uma linha de três em pelo menos 15 oportunidades na temporada e foi obrigado a explicar as constantes mudanças. Dentre os motivos citados estão a maneira como o adversário atua e o fato de ter todos os jogadores preparados para jogar, independente de qual seja a situação.

No atual elenco, o Galo dispõe de apenas três zagueiros de ofício: Gabriel, Réver e Igor Rabello. Maidana foi liberado nesta semana para acertar com o Sport Recife. Ou seja, surge a necessidade de recompor o setor tanto em qualidade, quanto em quantidade. Quem pode ganhar espaço nesse cenário é Leonardo Griggio, que atua no time de transição. O defensor de 21 anos, possui algumas características que agradam ao novo comandante, a principal delas é a saída de bola. Com a bola nos pés e a título de comparação, lembra o Castán, que está no Vasco. Ademais, o jovem possui alguns atributos importantes, tais como proteger bem a área, bom posicionamento e um ótimo senso de cobertura.

Um nome que vem sendo especulado e ganhando força é Lucas Veríssimo. O jogador fez 32 partidas no Brasileirão de 2019 e foi eleito o melhor zagueiro da competição no prêmio Bola de Prata, da ESPN. Abaixo a participação do jogador no setor ofensivo e também um paralelo com os seus números no Brasileirão de 2018 e de 2019.

Créditos: SofaScore

Gabriel tem tudo para sair à frente dos demais companheiros de zaga, pois é o zagueiro mais rápido do elenco, tem muita qualidade na saída de bola, especialmente nas bolas longas e inversões de jogo. Além disso, pode atuar como lateral-direito na linha com quatro defensores. Já chegou a atuar dessa maneira com Diego Aguirre, em 2016. Você se lembra?

No entanto, se pensarmos no aspecto coletivo, o time sofrerá até que os ajustes necessários sejam feitos. As equipes de Sampaoli jogam com as linhas bem altas, muitas das vezes perto do meio-campo. Entre as peças disponíveis, vale repetir que o Gabriel é o mais veloz. Rabello e Griggio não são defensores com grande velocidade, ou que tenham grande explosão. Já Réver é disparado o mais lento, corre risco de perder espaço e até por isso o goleiro será muito exigido. Além de saber jogar com a bola nos pés, o nosso arqueiro terá de deixar a meta para afastar o perigo.

Ainda falando do aspecto coletivo, o Galo possui graves problemas de compactação em todas as fases do jogo e isso gera muitas oportunidades aos rivais. Sendo assim, restam duas opções: desenvolver o perde e pressiona, coisa que este elenco nunca foi estimulado a fazer. Perder a bola e tentar roubá-la o mais rápido possível próximo ao gol adversário será uma das virtudes do Galo em 2020. Por fim, a equipe precisará fazer uma recomposição defensiva bem rápida quando o adversário conseguir escapar.