O mantra atleticano “eu acredito”: é necessário sobre o trabalho de Dudamel

 

 

Cássio Lima
24/02/2020 – 12h03
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A temporada 2020 para o torcedor atleticano começou turbulenta. Desde o início animador com possíveis mudanças drásticas, a jogos desanimadores e eliminação da Sul-americana após um excelente jogo de volta no Horto. Mas ainda é necessário acreditar no trabalho do técnico estrangeiro Rafael Dudamel.

As recentes decepções com outros técnicos causam incertezas no elenco atleticano. A inovação com a chegada de Dudamel aumentou a expectativa para a temporada atual junto a possibilidade de quem sabe conquistar algum título. Nesse sentido, o campeonato mineiro tornou-se obrigação e é inicialmente parâmetro de obrigatoriedade devido à queda do rival para a série b adjacente a um desmanche do elenco cruzeirense conforme escancarava-se as dívidas e irregularidades.

Dessa maneira, o torcedor esperava que mesmo com um elenco duvidoso, um início de temporada mais forte, sem incertezas quanto a resultados, principalmente na disputa do campeonato mineiro e times considerados mais fracos da Copa do Brasil e Copa Sul-americana. Contudo, vem acumulando resultados duvidosos no campeonato mineiro, um empate melancólico com o Campinense na Copa do Brasil em que foi mais pressionado do que efetivo no ataque e uma eliminação precoce na primeira fase da competição continental para o improvável elenco do Únion, da Argentina.

As contratações esperadas pelo torcedor e também cobradas pelo treinador em diversas oportunidades, vêm acontecendo aos poucos e sem pressa nas negociações de parte da diretoria do Galo. Algumas inclusive, não puderam estar presentes no segundo jogo da Sul-americana, como Jefferson Savarino e Diego Tardelli. Mas apesar disso, o elenco tem se fortalecido, peças no departamento médico estão voltando e oportunidades de novas formações vão surgindo aos poucos.

A dúvida quanto as diversas partidas já disputadas na temporada também fica por conta de Rafael Dudamel. Peças que são desde o ano passado contestadas, por exemplo, Zé Welison e Di Santo, são xodós do venezuelano, que não abre mão do centroavante e até a segunda partida com o Únion não abria mão do volante mais marcador. Então, nesse momento, é hora de enxergar as peças e suas características para melhoria dos esquemas táticos durante as partidas, mas sem deixar de analisar quais as melhores peças disponíveis e não somente as que possuem melhor condicionamento físico, o que impede um entrosamento mais forte entre os considerados titulares e melhores tecnicamente.

Portanto, o trabalho que vem se desenvolvendo demanda tempo para adaptação do treinador, seus esquemas táticos e os jogadores. Além disso, é sabido do torcedor que o Atlético busca ao menos mais duas contratações, contando como já acertado o goleiro Rafael, ex-Cruzeiro. Apesar dos questionamentos e imediatismo do torcedor e do futebol brasileiro, o prazo para acertar o elenco pode demorar mais do que esperado devido ao novo técnico, novo elenco, novas ideias e táticas, treinamentos com entendimento dos jogadores, apoio da torcida, principalmente para fazer valer o “eu acredito”, mas dessa vez, em forma de acreditar em um trabalho que pode ser bem desenvolvido a médio e longo prazo.