Foto: Flickr oficial do Atlético
Por: Rodolfo Simões / @RodolfoJornali1
Quando o futebol retornou em julho, um dos destaques do Atlético foi o meia Nathan. Com boas atuações na reta final do Campeonato Mineiro e no início do Brasileiro, o jogador se tornou peça importante no time de Sampaoli. Contudo, uma lesão na partida contra o Corinthians, interrompeu a boa fase do jogador. Na última sexta-feira (04), Nathan revelou que ainda faz trabalhos de reforços muscular e que precisa readquirir a confiança para fazer bons jogos.
Por qual motivo a gente não tem visto aquele nível de atuação que você teve antes da lesão? Inclusive foi surpreendente ver você na reserva mesmo com um surto de Covid-19 no elenco.
“Infelizmente sofri uma lesão contra o Corinthians e eu voltei muito rápido aos gramados. Era uma lesão para ficar praticamente dois meses parado, mas acabei voltando com menos de um mês. Voltei, sofri muito com a lesão porque afetou a minha perna de arranque. Com isso, joguei muitos jogos com edema, sentindo dor, o pessoal do DM sabe… eu tratava de manhã, de tarde, de noite em casa. Eu sou um jogador que me cobro muito. Realmente não estava conseguindo desempenhar o mesmo papel de antes. Mas eu sempre fui um cara que me dediquei, sei que é um momento ao qual eu vou conseguir recuperar. Foi uma lesão de grau 3, quase grau 4, quase que eu rompi completamente a posterior. Então, eu venho me superando a cada dia, me fortalecendo, treinando. Agradeço ao pessoal da fisioterapia e aos médicos que vem me ajudando no dia-a-dia para que consiga desempenhar um bom papel dentro de campo”.
No início do campeonato você revezava com o Sasha na frente, fazendo gol, dando assistência, participando da parte ofensiva. Nos últimos jogos você vem atuando mais recuado. Isso tem afetado o seu rendimento?
“Nos últimos jogos eu acredito que consegui fazer o que o Sampaoli pediu. Antes eu estava conseguindo jogar mais pra frente, mas ele (Sampaoli) viu que o time precisava mais da minha ajuda na marcação. Não importa se eu vou fazer gol, se eu vou dar assistência, o mais importante é ajudar o time dentro de campo. Você falou das finalizações, acabei lesionando numa finalização contra o Corinthians. Acabei tendo um trauma no momento do chute. Em alguns jogos tenho a oportunidade de chutar, mas falta a confiança para voltar a finalizar. Quem já sofreu uma lesão ou que já tenha jogado futebol sabe que é assim, infelizmente é assim…”
Você falou sobre dores, falta de confiança, mas como você se sente para o duelo do final de semana e para a sequência do campeonato?
“Depois do jogo do Palmeiras eu estava com muita dor, fizemos os exames e eu estava com dois edemas na coxa. Por isso, recomendaram que eu ficasse pelo menos uma semana fora, para não ter outra lesão. Eu já vinha com dor e mesmo assim estava jogando. Consegui parar aquela semana e venho fortalecendo a coxa. Me sinto melhor agora e estou me sentindo bem nos treinamentos. Acredito tá próximo dos meus 100%”.
Você falou que voltou antes do previsto. Pela sua experiência como jogador, acredita que se tivesse ficado dois meses fora seria o ideal?
“Não, porque eu vinha numa boa fase! Eu queria muito ter voltado até a final do mineiro, eu aceitei isso de ter voltado antes do previsto. Eu não queria ficar no DM, jogador quer voltar para o campo, voltei com dor, mas queria jogar. Quando o jogador se sente bem com a camisa, com o clima do time (…) não me arrependo de ter voltado antes. Agora é seguir fortalecendo a parte muscular e retomar a confiança para as coisas voltarem a acontecer naturalmente”.
O que fazer para retomar a liderança do brasileirão?
“Nós temos que se preocupar em fazer o nosso papel dentro de campo. Não podemos pensar nos adversários e sempre que possível se manter na parte de cima. Claro que a gente almeja o título, então é lutar, lutar, com muita raça! Eu tenho certeza que se depender só de nós a gente vai conquistar esse título e marcar o nome na história do clube”.
Falando um pouco mais sobre a disputa matemática do título. Esse ano tem é diferente de outras edições, ano passado o Flamengo disparou. Logo, o que você pensa que pode ser o diferencial para alcançar o título em fevereiro, num campeonato tão parelho?
“A concentração dos times que estão na parte de cima da tabela. No primeiro turno acabamos perdendo pontos para as equipes da parte debaixo. No segundo turno temos de conquistar esses pontos, precisamos entrar mais focado nas partidas e impondo o nosso ritmo. Nossa equipe vem se fortalecendo, ganhando forma e se Deus quiser o título vai vir”.
O Internacional deve vir com um time mesclado. Com o um time titular seria um jogo bem parelho, agora vindo essa equipe alternativa, quais são os perigos que o adversário pode oferecer?
“Só depende da gente. Precisamos colocar nosso ritmo de jogo, marcar pressão e as chances vão surgir naturalmente. Espero que nosso time consiga fazer uma grande partida e consiga a vitória. Não adianta ficar pensando em título e não ganhar os jogos”.