Destrinchando o adversário: conheça os pontos fortes e fracos do Vasco, adversário deste fim de semana
Foto: Reprodução GE
Por: Rodolfo Simões
03/10/2020 – 08h35
Clique e siga nosso Instagram
Clique e siga nosso Twitter
Clique e siga nosso YouTube
Clique e siga nosso Facebook
Pela 12ª segunda rodada do Brasileirão, o Atlético recebe o Vasco, no Mineirão, às 20h30, deste domingo (4). Diferentemente dos dois últimos jogos quando enfrentou equipes cansadas por conta dos compromissos do meio de semana, dessa vez o Galo irá encarar um Vasco descansado e com o retorno de três jogadores importantes, o zagueiro Ricardo, o volante Andrey e o meia Benítez.
O Vasco tem a terceira melhor defesa do campeonato com apenas 11 gols sofridos, está atrás apenas do Inter (8) e da dupla Palmeiras e Grêmio com (10) cada. De acordo com o jornalista Gabriel Santos do FutebolNews, “o cruzmaltino na parte defensiva tem mais pontos positivos do que negativos. O time tem boa cobertura desde o meio (campo) (…). Castán e Ricardo sempre bloqueiam bem, em média vão bem no jogo aéreo. O grande problema é o Pikachu, não está marcando bem e obriga o Ricardo a sair para fazer a cobertura”.
Analisando os tentos sofridos pelo time carioca foi perceptível a existência de espaço na entrada da área para finalizar em situações distintas de jogo, seja num contra-ataque ou pegando a defesa adversária bem postada, não à toa mais de um terço dos gols sofridos foram de fora da área. Sem a defesa titular os cruzamentos se tornaram um problema, foi assim contra o Atlético-GO e no jogo contra o Coritiba, apesar do tento ter sido de pênalti a infração surgiu de uma bola alçada na área.
Muito se fala em Benítez e Cano, mas Andrey parece ser um nome que faz a diferença quando está em campo e os números comprovam tal afirmação. Com o camisa 15 em campo, foram 23 jogos em 56% de aproveitamento, sem ele foram 8 jogos e um desempenho de míseros 33,3%. No início de julho, o atleta falou sobre a nova função com Ramón Menezes no site oficial do clube.
“No começo do ano, eu começava a saída de bola. Ficava às vezes dentro da pequena área para sair com o goleiro. Era o jogador do primeiro passe, o que ficava mais por trás construindo. Com o Ramon, virei um primeiro volante que joga atrás segunda linha do adversário. Recebo as bolas dos zagueiros geralmente já de frente. Recebo com menos quatro do adversário. Acho que essa mudança de posicionamento é uma das quais pela passei. No começo do ano, tinha mais liberdade de chegar.”
“Agora fico mais na contenção, quem tem mais liberdade são Benítez e Fellipe Bastos, que são os meias de lado. A maior mudança é que eu tinha que passar da linha dos atacantes. Agora recebo atrás deles e construindo para frente. Tenho mais espaço para construir e tenho mais apoio para jogar.”
O Vasco não venceu nenhum dos últimos 4 jogos e isso se deve em parte pela queda de produção do setor ofensivo. Gabriel Santos fez uma análise desse cenário.
“os resultados ruins recentes têm uma série de fatores: as lesões atrapalharam, mas como você disse tem um repertório ofensivo muito limitado que estava sendo escondido pelos bons dias do Cano, os pontas estão sempre bem abertos e não dão opção para tabelar com Cano e Benítez, isso é opção técnica.”
Apesar disso, o Atlético precisa ficar atento a dupla arco (Benítez) e flecha (Cano), o atacante é responsável por 16 (!) dos 30 gols da equipe na temporada. Já Benítez soma 1 gol e 4 assistências em 14 partidas.