Destrinchando o adversário: conheça os pontos fortes e fracos do Bahia, adversário do Galo nesta segunda-feira

Foto: Flickr oficial do Atlético

 

 

Rodolfo Simões
19/10/2020 – 14h46
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Nesta segunda-feira (18), o Bahia recebe o Atlético, às 20h, em Pituaçu. Para o duelo de hoje, o tricolor de aço tem quatro desfalques sendo dois por lesão (João Pedro e Rodriguinho) e outros dois suspensos (Élber e Rossi). Já o alvinegro conta com o retorno dos selecionáveis Alonso, Franco e Savarino, com isso, a tendência é de que o Galo entre em campo com força máxima.

A equipe baiana ocupa a décima sexta posição e vamos destrinchar os números ofensivos e defensivos, antes de analisar a postura da equipe diante do Galo. Até a 16a rodada, foram 24 gols sofridos e a quarta pior defesa do torneio. Não tomou gols em apenas dois jogos, ambos em casa, contra o Coritiba (1×0) e Vasco (3×0).  Já o ataque é o sétimo melhor da competição com 19 gols marcados junto a outras cinco equipes. O desempenho como mandante é de 37,5% de aproveitamento com 3 vitórias, 1 empate e 4 derrotas.

O sistema defensivo permite muitas finalizações ao adversário e foi algo que Mano Menezes ainda não conseguiu corrigir. No entanto, houve uma pequena melhora nas últimas quatro partidas quando permitiu menos de 10 finalizações, antes disso, o esquadrão permitia 15 finalizações em média. Outra deficiência é a bola aérea defensiva tanto com bola rolando quanto com bola parada. A dúvida do lado direito entre Ernando e Nino Paraíba, pode ser determinante. O Nino é um jogador mais ofensivo e a presença dele em campo pode facilitar a vida do Keno, por outro lado, Ernando é um jogador com mais vigor físico e zagueiro de origem, sendo assim, gera uma consistência defensiva maior. De acordo com o @scoutsecb, dos últimos 6 gols sofridos pelo Bahia 3 foram originados pelo lado direito e 3 foram originados por bola parada. No ano, são 44 gols sofridos em 44 jogos.

Não espero uma postura do Bahia muito diferente do que foi o Fluminense. Taticamente tem os comandados de Mano jogam no 4-3-3 com a posse e na fase defensiva forma duas linhas de quatro. A equipe já apresenta alguma organização, mas ainda cede muito espaço entrelinhas o que gera espaços na entrada da área, além disso, os erros individuais têm comprometido algumas atuações.

Importante mencionar que os jogadores que atuam mais à frente ficam responsáveis por tentar pressionar a saída do adversário, se o Bahia forçar esse tipo de ação com poucas peças vai facilitar bastante o jogo do Atlético, pois temos superioridade na saída (4×2) Guga, Rever, Alonso+Jair contra os dois atacantes do tricolor. Com isso, o Galo terá grandes chances de quebrar a segunda linha (leia-se: meio-campo) do Bahia e se impor como de costume. Tal situação permite o alvinegro fazer aquela avalanche no ataque e ter um perde/pressiona muito forte. Na partida contra o Fortaleza e no 1o tempo diante do Fluminense, o Atlético sofreu com a forte marcação dos adversários na saída de bola já que ambas as equipes usavam quatro jogadores para pressionar a nossa saída de bola. Contra o Flu também faltava mais gente entrando na área, não à toa Sampaoli fixou o Marrony na área no 2o tempo e fez uma dobradinha pela direita com Sasha e Jair, com isso, o Atlético ganhou em superioridade no terço final e emperrou a defesa adversário para trás.

Por outro lado, a equipe baiana também suas virtudes na fase ofensiva. É um time que chega muito pelos flancos e tem pelo lado esquerdo com Juninho Capixaba a sua melhor válvula de escape, o atleta já tem 3 assistências no campeonato. Nessas jogadas pelos lados o Bahia abusa dos cruzamentos, mas sempre com muita gente pisando na área. Quase sempre tem 3,4 jogadores chegando e eventualmente até 5 peças próximas ao gol do adversário.

O Bahia é muito vertical, e por isso, busca chegar sempre rápido ao gol adversário. Não tem por característica valorizar a posse e opta por um jogo mais direto, o Gilberto inclusive abre uma possibilidade interessante pensando na partida de hoje, por se tratar de um centroavante capaz de reter a bola e aguardar a chegada dos seus companheiros no ataque. É uma situação de jogo que o Atlético tem de evitar ao máximo, seja com o Rever ganhando pelo alto ou fazendo a falta porque se escapar é perigo.

RAÇA, RAÇA, RAÇA GALO!!