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Balbuena, Santos Borré e Róger Guedes: dirigente fala sobre o saídas e trio desejado pela torcida Atleticana

Rodrigo Caetano: “Sou um executivo de futebol, não sou um contratante apenas. Onde passei a grama nasceu… Nós não estamos com dinheiro sobrando… Não tem ainda nem consulta, nada!”

Por: Betinho Marques / @rmarques13

Em entrevista hoje ao Portal Fala Galo, pouco antes do embarque para Porto Alegre, Rodrigo Caetano, de forma sincera e num diálogo altamente relevante, atualizou o “status” da vida atleticana. O conteúdo além de falar das contratações serve para entender um pouco do que pensa o diretor do clube acerca da gestão eficiente e dos seus papéis neste novo Atlético.

Sem rodeios, Caetano logo no início da conversa disparou:

“Betinho, muitas pessoas não entendem, mas eu não sou um contratante, não estou no Atlético para isso. Onde passei a “grama nasceu”. Nunca fui o cara que contrata e contrata, sou um executivo do futebol. Gerencio pessoas. Quando há um problema no vestiário, eu estou lá. Eu formo pessoas. Eu estou no Atlético para fazer frutificar e te garanto que não deixarei aqui pior, acredito na continuidade dos processos.

Seguindo na linha de raciocínio de esmiuçar para informar, o Fala Galo buscou entender como estão os andamentos do mercado e Rodrigo, mais uma vez, foi enfático:

“Não temos nada em avanço, nem consulta. O mercado não está bom para ninguém. As contratações que surgem, na maioria dos casos, são se jogadores sem vínculo, ou seja, são não onerosas. ”

FG – Rodrigo, diante do cenário atual, você pensa em trazer mais atletas?

Caetano“Sempre estamos atentos ao mercado. Podem ficar os torcedores bravos comigo, mas não sei se eles estão entendendo o cenário financeiro do clube. Nós não estamos com dinheiro sobrando, pelo contrário, eu participo nisso também. Estou atento aos orçamentos e repito: não contribuirei com o endividamento maior do clube. ”

FG – A torcida tem cobrado muito a contratação de um zagueiro, não acha necessário?

Caetano – “Betinho, por que a grama do vizinho é sempre mais verde? Todos os times da série A gostariam de contar com zagueiros como Igor, Alonso, Réver e Gabriel, nós temos eles. No jogo contra o São Paulo, nem perigo o Atlético sofreu. Eu não vou aceitar pagar valores fora da realidade para piorar o cenário. Eu posso não responder o que desejam, mas sempre dou uma resposta. Cabe dizer ainda, que eu não contrato ninguém sozinho, há a parte técnica e o colegiado, mas saiba: se houver um pingo de dúvida sobre um atleta eu não trarei. Estou aqui para prospectar, para desenvolver a base e ajudar o clube. Esqueçam esse olhar, eu não sou um cara que está no Atlético para contratar. Essa é só mais uma das muitas funções que tenho no clube.

FG – Mas aí o Cuca chega para ti e fala numa situação hipotética: Rodrigo, o outro treinador lá atrás trouxe um monte de jogador e eu só trouxe um. E aí?

Caetano – “Trouxe um tanto lá atrás, mas não foi na minha gestão e nem estou falando das outras formas de trabalho e/ou das pessoas que por aqui passaram. Só que esta não é a minha forma de conduzir. Além disso, o Atlético tem um bom time, eu entendo a torcida, mas não podemos olhar só a grama do vizinho. Estamos sempre acompanhando tudo, mas também se despejarem dinheiro como muitos pensam que acontece eu contrato mais, porém a realidade não é essa e a torcida que pede, sabe. ”

FG – O Galo recentemente relançou o CIGA (Centro de Informações do Galo) e muito se falou sobre a necessidade de que haja sempre uma aprovação técnica pelo setor de inteligência do clube. No caso do Tchê Tchê, que foi pedido pelo Cuca, lá no último campo do documento, se houvesse uma não recomendação do setor de análise e o treinador mesmo assim endossasse, a contratação sairia com uma observação do tipo “chancelada pelo treinador? ”

Caetano – “Não haveria a contratação. Simples assim! No Atlético hoje, não há espaço para o que não desempenha chegar e ficar. O Victor que eu já conhecia do Grêmio, desde 2008, está aqui agora como Gerente. Pois é! Ele está fazendo o curso de executivo da CBF Academy e segue se qualificando ainda mais. Eu gosto de formar pessoas. Voltando ao Tchê Tchê, ele é um ótimo jogador, está jogando bem, mas precisamos parar de achar a grama do vizinho mais verde. ”

FG – Recentemente, o Galo finalizou a negociação do Léo Sena que foi bastante contestada e não considerada satisfatória na chegada e na saída, como você analisa este desfecho?

Caetano – “Jogador só é ativo se estiver no time e jogando. No caso do Léo Sena, precisávamos tirar custos do clube. Atleta gera despesas e não havia ninguém que bancasse. Não podemos ficar pagando as contas, ele não jogaria aqui. Ativo do clube é jogador que joga, nem minutos lá ele tinha de forma suficiente, jogou pouco. Certamente, quando foi contratado as condições foram diferentes e com outros critérios, a mim coube apenas não gerar mais despesas. ”

FG – Rodrigo, o Galo precisa fazer caixa, como estão as negociações de saída de atletas?

Caetano – “Não temos nada, nem consulta. Mas, certamente, se tivermos boas propostas, àquelas que sejam interessantes ao Atlético, aí sim, sentaremos à mesa. Mas no momento, nada nem para sair ou chegar. Nada mesmo. “

FG – Sabemos que incomodamos, mas também somos incomodados, diga para o torcedor: Borré, Balbuena ou Róger Guedes, quem chega?

Caetano – “Além de que nossa prioridade seja maior em vender, só faremos se for bom para o Atlético. Sobre os atletas citados, o caminho deve ser a Europa tanto para o Borré quanto para o Balbuena. Nós não vamos resolver os problemas financeiros dos outros clubes, já temos os nossos. O Róger Guedes tem contrato em vigor, muito improvável sair de lá. Resumindo: somos multifuncionais e oportunidades de mercado podem aparecer, mas no momento não há nada em avanço nem para sair, nem para chegar. Não tem ainda nem consulta, nada!

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