As problemáticas da camisa 9 do Atlético

 

Cássio Lima
Do Fala Galo
03/01/2020 – 17h
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O ano de 2019 foi claramente uma lástima para os centroavantes do time atleticano. Desde a promessa do jovem jogador Alerrandro ao experiente Ricardo Oliveira, não se encontrou uma solução para a principal peça de fazer gols no elenco. Nem mesmo a chegada de Franco Di Santo foi capaz de suprir a necessidade do homem fazedor de gols. Dessa maneira, vamos tentar buscar uma solução para que 2020 não siga os mesmos caminhos do ano que se passou.

O experiente Ricardo Oliveira, conhecido como Pastor foi o jogador que iniciou o ano cotado a ser um dos artilheiros da temporada e foi. Porém, seus 14 gols ao longo de 46 partidas no ano aconteceram principalmente na competição estadual e decaiu ao longo de 2019 diante das outras competições. O Pastor tem características dentro de campo mais efetivas em lançamentos dos companheiros de equipe, fazendo o famoso “facão”, ou seja, correndo em direção à área enquanto espera a chegada da bola, e na maioria das tentativas não foi letal, deixou a desejar na hora da conclusão e fez com que perdesse a posição durante os jogos.

Alerrandro foi o jogador que inicialmente conseguiu a titularidade de Ricardo Oliveira, conseguiu também mostrar-se efetivo nos seus primeiros jogos e aproveitar os bons posicionamentos dentro de campo para fazer seus gols. Fez 13 gols em 29 jogos na temporada 2019, ganhou status de promessa atleticana e que despontaria para o futebol europeu rapidamente, contudo, não manteve a boa forma e caiu de produção. Diferentemente do Pastor, Alerrandro além de conseguir fazer o “facão” também é um bom pivô dentro de campo, mas perdeu sua efetividade ao longo dos jogos e oscilou a posição de titular junto ao companheiro de ataque.

Pensando na pouca produção do ataque do Galo, a diretoria contratou Franco Di Santo, uma oportunidade de mercado, e que nunca em sua carreira demonstrou ser o artilheiro que a posição pede em campo. E não foi diferente com a camisa alvinegra, em 2019 marcou apenas 4 gols em 23 jogos, números abaixo da expectativa e que confirmou o perfil pouco goleador do centroavante. Com características diferentes dos outros atacantes do elenco, Di Santo tem maior mobilidade dentro de campo, demonstrou raça, mas, nem mesmo seus 1 metro e 93 centímetros conseguiram se tornar unanimidade no ataque atleticano que encerrou o ano de 2019 em baixa e com incógnitas na posição.

Soluções para o ataque

Para 2020 a expectativa do torcedor atleticano em um camisa 9 torna-se a maior possível. Alerrandro já foi transferido para o Red Bull Bragantino e Ricardo Oliveira já foi avisado que não será utilizado no elenco. Di Santo ainda poderá ter oportunidades, mas o que se espera é a contratação de um novo jogador para resolver a posição que é carente no momento. Para isso, é possível perceber uma provável solução ao camisa 9 do elenco atleticano.

Diante das tentativas falhas na temporada passada, precisa-se de um nome que chegue para fazer gols, com status de titular, que se adapte ao elenco e as qualidades dos companheiros que servirão o novo atacante, e o novo perfil precisa-se também adequar-se a idade rejuvenescida do elenco, a experiência com medalhões já foi um teste para descobrirmos que atualmente não funciona neste time do Galo, ou seja, para um centroavante de ofício, um jovem jogador, com as características que envolvem as que foram citadas, facão, pivô, mobilidade é o essencial para o ataque.

Além disso, a possibilidade que se gera ao ataque é contar com um jogador que seja adaptado para a função como uma espécie de coringa no ataque, que cobre mais do que somente a posição de centroavante e que busque o jogo a todo o momento de acordo com a movimentação dos companheiros, situação que o Galo já enxergou como possibilidade e fez proposta para o Santos pelo atacante Eduardo Sasha (recusada até o momento) que no esquema tático de Sampaoli fez exatamente essa função, sem ser um camisa 9 de ofício demonstrou a importância do posicionamento dentro de campo e quando não balançava as redes servia os companheiros. Em 2019, 49 jogos, 14 gols e 3 assistências, foi o 3° artilheiro do campeonato brasileiro. Engana-se a média de gols do atacante, visto que, no princípio da temporada foi pouco utilizado pelo treinador que chegou a afastar o jogador por não se encaixar ao tipo de jogo proposto, erro que foi assumido pelo próprio Sampaoli em entrevistas posteriores. O estilo de Sasha, por exemplo, é parecido com a intensidade que será proposta pelo novo treinador Dudamel, que pressiona a defesa adversária em um ataque letal de impacto na saída de bola.

Portanto, a diretoria do Galo terá que ser criativa na busca do novo jogador para a posição, dado que, o camisa 9 tem sido uma das posições mais difíceis de se encontrar no mercado. Com o acerto próximo de Dudamel, até sua confirmação ser anunciada, o Atlético tem em mãos um 2019 desprezível em relação aos centroavantes e novas oportunidades de proporcionar um bom elenco com um artilheiro para o time que montará o venezuelano.

 

Cássio Lima
Do Fala Galo
03/01/2019 – 17h
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