Após vexame histórico, Atlético demite Rui Costa, Marques, Dudamel e toda comissão técnica

 

Betinho Marques
27/02/2020 – 04h11
Clique e siga nosso Instagram
Clique e siga nosso Twitter
Clique e siga nosso YouTube

Clique e siga nosso Facebook

No maior vexame da história do Atlético, o efeito “dominó” foi como uma avalanche.

Não bastasse os requintes cruéis de ver crianças rezando ao pé da cama para vencer o Afogados da Ingazeira, o Atlético perdeu nas cobranças de pênaltis.

Não bastasse tudo isso, o técnico ainda deu entrevista explicando o inexplicável. Não bastasse toda a mistura de oratória “equilibrada”, Rui Costa com o mesmo cabelo, sempre ajeitado, com mesmo tom sóbrio de voz, irritou a torcida com mais uma “bela entrevista” e o atleticano não dormiu.

O discurso foi o mesmo: todos estão tristes, “es futbol”. O caminho da guilhotina foi mais rápido que a previsível demissão que ocorre geralmente em abril. Mas não terminou a noite, e na madrugada, o Atlético comunicou a dispensa de Rui Costa, Marques, Dudamel e toda sua comissão, incluindo um “coach motivacional”.

O Atlético começa o ano de 2020 novamente. Mas agora sem crista, sem espora e sem destino. Além disso, sem a Sul-americana e a Copa do Brasil. Mais “tranquilidade” para treinar.

Teremos as piadas prontas do Titanic, dos Afogados, música dos Paralamas, com mais um “planejamento” desmontado.

A comunicação interna para ajudar o estrangeiro falhou. O Atlético fez em uma semana a alegria de um clube provinciano da Argentina e um semi-amador do Sertão nordestino, ambos com orçamentos diminutos perto do gigante GALO.

O Atlético não encantou, assustou. Em dez jogos o Atlético de Rafael Dudamel jogou bem em duas oportunidades, e por incrível que pareça em derrotas para Caldense e desclassificação para o Uníon.

Não se afasta da atividade fim.

Futebol é o fim de um clube. Orçamento apertado não permite errar com Di Santo, Maicon, Denilson, com contratos grandes. Quem tem pouco faz bom uso dos recursos. Vai fazer padaria e não ter pão?!

Notou-se em 2020 uma busca por jogadores jovens para equilibrar e dar vida sustentável ao clube, mas os contratos e “cheques” em branco dados anteriormente a Rui Costa e Alexandre Gallo fazem um mal do passado ruminar tragédias do futuro. Náufrago! Mais uma piada! Ainda lembrarão do Wilson que veio por três meses e sua bola rindo com a assombração de um goleiro de boné vermelho.

Atlético respira vencer no seu hino. A torcida o manteve grande por anos sem conquistas por entender suas lutas que também estão no seu documento musical. O que não está no hino do Atlético é a passividade de gostar da derrota e achar tudo normal.

A palavra agora é coerência! As piadas virão, agora aguenta, Wilson. Defenestrado o Dudamel, convicção cruel.

O Campeonato Mineiro antes nada para muitos, agora é questão sobrevivência. É calçar as sandálias, limpar a casa de quase tudo. Investidor geralmente não vai gostar de colocar dinheiro onde há insegurança, onde titubear é ritual. O Atlético precisa de carisma, humildade e torcida perto, sem este tripé, não “vira”.

Lições, aprende Galo!