Foto: Flickr oficial do Atlético
Davi Salgueiro
14/10/2020 – 11h35
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Estamos em 2020, uma pandemia paralisa o mundo por vários meses. Tivemos a impressão de que estávamos vivendo um looping temporal diariamente, um Dia da Marmota. Futebol voltou, Galo faz contratações e com um belo trabalho do Sampaoli assume a liderança do Campeonato Brasileiro. Motivos para festejar, certo? Não, assim como 2012 e 2015, vejo a torcida começando a cair em uma pilha desnecessária. Dia da Marmota?
O título do Campeonato Brasileiro não vem desde 1971. Durante esse período tivemos vários “quases”, alguns por incompetência nossa, outros sim, com influências externas. Conquistamos a América antes de voltar a conquistar nossa liga local. Isso, logicamente, gera inquietude, pressão e necessidade de vitória. Entretanto, não podemos confundir essa inquietude em busca da vitória com a obrigação de vitória.
Por qual motivo não temos em 2020 a obrigação de vencer o Campeonato Brasileiro? É uma matemática simples. Apesar de em 2020 termos um investimento altíssimo no nosso time, foram anos de desequilíbrio nos investimentos entre o Galo e os clubes com quais disputamos o título. Há clubes, com cotas de TV absurdas, gastando fortunas há 3 ou 4 anos, enquanto nós estamos começando um projeto. Enquanto um clube pode ir na Europa e gastar 18 milhões de euros em um só jogador, nós temos que mapear cuidadosamente o mercado para NÃO ERRAR, tanto do ponto de vista técnico, quanto também no ponto de vista econômico. Nosso elenco é jovem, com muito potencial técnico e financeiro, mas também com mais possibilidade de oscilações. Não temos estrelas, e sinceramente, prefiro assim.
Se eu tivesse o direito de fazer um pedido para toda a torcida do Galo, seria: Foco no Galo e esqueçam os adversários. Não vamos cair na pilha, não vamos responder provocações da mídia do eixo. Alguns se alimentam das polemicas, outros não fazem ideia do que acontece aqui nas montanhas de Minas Gerais. Caímos na pilha em 2012 e 2015 e o ambiente que se formou para o clube e torcida foi insuportável. Tudo era motivo de perseguição, tudo era “estão nos prejudicando” (apesar de alguns momentos, sim, estavam nos prejudicando), tivemos jogos em que esse ambiente no estádio atrapalhou o time em campo. Não podemos deixar isso acontecer.
O Galo sempre triunfou quando duvidaram da nossa gente. Porque queremos que nos coloquem como favorito? Deixem esse posto para o “classificadaço”. Talvez, assim como em 2013, no final mostramos que não somos “cavalo paraguaio”.
Se você tem condições, faça um GNV. Este ano é só começo.