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Montanha-Russa Alvinegra – Por Tâmara Santos.

Não tem sido fácil estar na pele do torcedor atleticano nos últimos anos. Após um período de reformulações que resultaram em títulos, o torcedor amarga a vida confusa e cheia de incertezas. A era vitoriosa teve um preço alto, as contas chegaram e acarretaram um problema que vem assombrando todos nós: a necessidade de austeridade financeira (controle de gastos) pregada pela atual diretoria X a vontade de ser campeão. Para entender o cenário, vou fazer um breve resumo:

 

 

 

 

O maior reflexo dessa falta de pulso firme acarreta o maior problema enfrentado pelo time desde 2013: A falta de planejamento por parte da diretoria resulta na dança das cadeiras no comando técnico.

Como disposto na tabela a seguir, num período de 6 anos, o clube teve 12 técnicos diferentes (por duas vezes foi assumido interinamente por Diogo Giacomini).

 

É complicado um time obter um padrão de jogo, apresentar um futebol constante e os próprios jogadores se entenderem, se não existe estabilidade no local de trabalho.

Uma empresa precisa buscar as melhores condições de trabalho para seus funcionários para que possa obter sucesso em seus lucros, um time de futebol não é diferente. Quando um técnico consegue entender o elenco que tem em mãos, quando começa a definir seu padrão de trabalho, quando começa a entrosar o time, fatidicamente perde 1 ou 2 partidas e o que acontece? É demitido. Isso não deveria acontecer. Analisando a tabela acima, podemos perceber que muitas escolhas erradas foram feitas, muitas decisões foram equivocadas, porém, até quando vão pensar que o problema é só o técnico? Quantos jogadores são imunes a criticas enquanto outros são individualmente responsabilizados por todos os problemas do time?

O problema do Atlético é mais complexo do que simplesmente trocar de técnico. Por mais austerista que a diretoria seja, ela precisa entender que o Clube precisa se manter bem e que a torcida quer resultados. O processo começa internamente: é preciso arrumar a bagunça na direção. Na tarde de hoje, após quase 2 anos improvisando alguém no cargo, foi anunciada a contratação de um diretor de futebol. Isso é normal para um clube grande? Mais um técnico foi demitido (dessa vez corretamente — apesar de que sua chegada em 2018 foi completamente equivocada), quem será o próximo a assumir essa responsabilidade? A diretoria vai ter peito para bancar a permanência desse técnico a exemplo de outros times vitoriosos (Grêmio com Renato Portaluppi, Cruzeiro com Mano Menezes e etc.)? A torcida vai começar a cobrar os jogadores também? Pois a maior responsabilidade é de cada um. Quantos jogos foram perdidos por erros individuais? Quantas vezes perdemos um jogo porque um jogador não estava no “seu dia”? Um clube grande não pode continuar nesse marasmo. Após o time ser goleado na libertadores, resultando na demissão do técnico, o que aconteceu com o elenco? Normalmente deveriam treinar, serem chamados atenção, ou qualquer outra atitude cabível a situação para que o problema não se repita, correto? Mas aqui no Atlético a vida é boa demais então o elenco teve folga. Mais uma vez pergunto, isso é normal para um clube grande?

A gente gosta de dizer que “se não é sofrido, não é Galo” mas essa burrice têm que ser deixada para trás. Esse discurso era cabível quando o Clube passava por dificuldades, não tinha um elenco bom, precisava contar com a raça porque o talento era escasso. Hoje em dia o Clube tem a melhor infraestrutura do país, jogadores de alto nível, salários altos e deveriam jogar da maneira que foram contratados pra jogar. O torcedor precisa acordar, cobrar, e não aceitar mais situações ridículas que expõe a gente ao ridículo, nós somos os principais atingidos. O Atlético Mineiro é maior que qualquer um que passar por aqui, mas nós ficaremos para sempre, uma vez até morrer, lembra?!

Após as decisões tomadas no dia de hoje, a diretoria assume um compromisso de mudança, uma nova postura e espero que ela tenha maturidade e peito suficiente para lidar com suas escolhas. Chega de focar os fracassos em uma pessoa, chega de decisões precipitadas, é hora de voltar a ser gigante. Temos a primeira final do ano chegando, o brasileirão está batendo na porta, temos a copa do Brasil e ainda a remota esperança de avançar de fase na libertadores. O time precisa tomar postura e parar de ser tão frouxo e inconstante. Nós temos que exigir resultados pois já foi provado que eles têm capacidade. Vamos entender e aceitar a nova era, para que o Atlético possa seguir prosperando e honrando o nome de Minas, coisa que não faz a um tempo.

 

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