Novos ídolos: a necessidade do torcedor atleticano

 

 

Cássio Lima
04/02/2020 – 15h43
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Há alguns anos vivemos uma geração recheada de títulos e consequentemente formadora de inúmeros ídolos da torcida atleticana. A geração que pôde ver as conquistas da Libertadores, Recopa Sul-americana e Copa do Brasil, começa a sentir a necessidade de novos jogadores que se tornem destaques incontestáveis com a camisa alvinegra.

O time que começou a ganhar corpo no ano de 2012 com o vice-campeonato brasileiro teve destaque para todos os jogadores que permaneceram para a temporada seguinte. Desde a contratação de um dos maiores goleiros da nossa história, se não o maior, Victor registrou seu nome principalmente após a defesa de pênalti com seu pé esquerdo e as conseguintes disputas penais. Hoje, junto a Réver, são os únicos remanescentes do time dessa belíssima fase que viveu o Galo. Leonardo Silva, formador das torres gêmeas junto a Réver, formou a zaga-artilheira, que recentemente pendurou as chuteiras, mas permanece como coordenador do time de transição alvinegro.

Para além dos três citados, nomes como Bernard que foi destaque principalmente por ter surgido da base atleticana, ter se tornado a maior venda da história do Atlético e o “menino da alegria nas pernas”. , artilheiro de todas as competições, goleador, e só de lembrar faz uma falta à quantidade de gols que fazia em relação aos atuais centroavantes. Tardelli, o homem que faz toda janela de transferência se aquecer nos bastidores atleticanos. Ronaldinho Gaúcho, sem palavras, sem descrição, quem o viu jogar com o manto alvinegro sentirá falta de todos os momentos, lances e a habilidade do bruxo que conquistou Belo Horizonte, Brasil e a América junto ao Galo. Entre diversos nomes que também fazem parte dessa história recente: Pierre, Donizete, Marcos Rocha, Júnior César, Josué, Gilberto Silva, Douglas Santos, Jemerson, Dátolo Luan, o “menino maluquinho”, de muita raça, amor à camisa, que se despediu do Galo em 2019 e embarcou para o Japão.

Porém, como toda fase é passageira, desde a conquista da Copa do Brasil, ocorreu uma decadência entre jogadores que se tornariam ídolos com a camisa do Atlético. Tivemos alguns lampejos de possíveis atletas que poderiam ganhar o status marcante na história. Ganharam destaque, mas não despontaram como os novos ídolos, Lucas Pratto, Fred, Robinho, jogadores que chegaram com alta expectativa de títulos, de marcas na nova geração, mas que não corresponderam junto ao time. Recentemente, no atual elenco, por exemplo, Cazares, contestado por grande parte da torcida, com talento diferenciado, mas esbarrou também na falta de títulos expressivos com a camisa do Galo até o momento.

Nitidamente, a falta de títulos carrega consigo uma falta de ídolos. Ídolos que ganham principalmente o status devido às participações evidentes em conquistas de um time. E, com a fase encerrada em 2014, começou a necessidade do torcedor atleticano.

O ano de 2020 se inicia novamente com uma alta expectativa, novas contratações, peças em negociações e um detalhe muito importante, a falta de desapego do torcedor. Vejamos, Allan chegou como uma contratação de peso e vai ser necessário demonstrar dentro de campo os valores de sua vinda e a disputa dura com o Fluminense na negociação. Guilherme Arana seria a possível solução para a lateral-esquerda tão contestada depois de anos. O desapego atleticano citado, parte do princípio que Diego Tardelli é um dos ídolos recentes da história e que mais uma vez é especulado e abre negociações para jogar no time mineiro. Ou seja, a figura de conquistas atuais ainda é vista em Tardelli, e totalmente compreensível, se olharmos as peças atuais, o jogador mesmo depois de anos ainda é sem dúvida melhor tecnicamente do que a maioria das peças do setor ofensivo.

Além disso, figuras que complementariam o elenco do Atlético, que vem montando um elenco equilibrado e promissor, como Jefferson Savarino e Soteldo, principalmente o baixinho do Santos, causam o fervor no coração do torcedor atleticano. Soteldo ganhou destaque incontestável com a camisa santista e foi chamado diversas vezes para a seleção venezuelana. O fator Rafael Dudamel, técnico venezuelano faz com que as atenções sejam voltadas para essas possíveis contratações. Os jogadores e técnico conterrâneos estariam alinhados devido a sua nacionalidade e também de terem trabalhado juntos na seleção de seu país.

Portanto, temos no elenco atual vários jogadores para quem sabe, retomar a fase de ídolos atleticanos. Um período de adaptação entre jogadores novos e entendimento do pensamento do treinador é extremamente necessário. Mas sejamos sinceros, ídolos surgem junto aos títulos e títulos assim como ídolos, são necessários para o torcedor atleticano.