Análise: O pior adversário do Atlético é ele mesmo!
Carol Castilho
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
25/09/2019 – 8h
Só os atleticanos sabem a dor e a delícia de ser Galo. O prazer de vestir essa camisa e, muitas vezes, o fardo de carregá-la. Perdemos noites de sono, ganhamos dias mais longos, sempre preocupados e esperando ansiosos por uma solução em meio ao momento difícil.
Em um samba muito gostoso da nossa eterna madrinha Beth Carvalho, que adotamos como nosso segundo hino, há um trecho que neste momento faz todo sentido e é assim: “Você pagou com traição a quem sempre lhe deu a mão”. Você sabe de cor e salteado, né?
A nossa parte nós fazemos, no entanto, não somos retribuídos. Eu sei que má fase existe, mas o que estou vendo chega a ser falta de vontade. Você concorda, ou eu estou errada?
Enfim…. Vamos saber o que as mulheres do Galo têm a dizer do início do Galo no 2° turno do Campeonato Brasileiro 2019. As torcedoras Thalita Ezequiel, Regiane Santos e Anna Luíza analisam esta partida.
ARQUIBANCADA FEMININA!

A torcedora Thalita Ezequiel, de 30 anos, faz uma análise do 1 ° tempo: “O Galo iniciou o jogo muito mal, com erros de passe que vêm sendo recorrentes nas últimas partidas, sem conseguir trabalhar bem a bola e não oferecendo nenhum perigo ao goleiro do Avaí. Na defesa outro sufoco, com extrema lentidão para acompanhar os jovens jogadores do time da casa. Léo Silva, aposentado em campo, não tem mais a menor condição de defender essa camisa e não deveria queimar sua história prolongando essa fase final da carreira. Já as laterais sofreram, principalmente com Lucas Hernández, que se mostra fraco e faz a torcida chegar ao ponto de ter saudade de Fábio Santos.
PIORES EM CAMPO: Se destacaram negativamente Cazares, que apesar de ser um jogador que eu valorizo, esteve bem apagado e não foi nem um pouco decisivo, e Geuvânio, nulo na direita.
MELHORES EM CAMPO: Entre os que se salvaram na partida podemos destacar o goleiro Cleiton, com a defesa do pênalti. Nathan, que tentou organizar o meio e Luan, finalmente entrando bem e mudando um pouco a cara do jogo”.
A situação do Galo é a seguinte: 6ª derrota consecutiva no Brasileirão, nos últimos 10 jogos apenas 3 vitórias e 7 derrotas. Para a médica, a culpa dessa fase ruim é coletiva: “A fase não é boa e a culpa, em minha opinião, é coletiva. Ela se inicia no comando máximo do clube, com um presidente omisso que bate cabeça há dois anos e parece se esforçar para rebaixar o clube de patamar. Continua com o diretor de futebol que, apesar do pouco tempo de trabalho, também não pode ser eximido, devido a erros de avaliação das contratações de jogadores, como a do lateral esquerdo uruguaio por um preço altíssimo. Prosseguindo na avaliação, a comissão técnica se mostra mais perdida a cada dia, sem coerência nas escalações ou variações de jogo. E por último, mas não menos importante, os jogadores, que não mostram comprometimento e parecem estar num eterno jogo-treino, não importando se ganham ou perdem. Falta, acima de tudo, a vontade de vencer, a sede por títulos” finalizou a médica.
A torcedora Regiane Santos, de 25 anos, faz uma análise do 2 ° tempo: “O Galo começou o segundo tempo jogando mal, mas aos poucos a equipe conseguiu achar espaços, criar alguns lances de perigo. Geuvânio foi quem mais deu trabalho para a defesa do Avaí. Mas não foi o suficiente e o Galo saiu derrotado da Ressacada. Destaco Geuvânio, que fez algumas investidas, e Cleiton, com algumas poucas defesas. Estes foram os melhores em campo, Luan entrou bem, mas pouco acrescentou. Os piores em campo foram Cazares e Leonardo Silva”.
Para a torcedora Anna Luiza, de 17 anos, o papo de “vamos virar” não convence mais: “O elenco e o técnico sempre vêm com um papo de que a atitude vai ser diferente, que haverá raça e etc., mas sempre acabam nos decepcionando e esse papo não cola mais. O Avaí ainda não tinha uma vitória em casa, o Galo foi lá e fez esse bendito favor, o Atlético não perdeu seis partidas consecutivas nem em 2005, ano do rebaixamento. Vou repetir: NEM EM 2005. Cleiton está levando o time praticamente nas costas”.
ARQUIBANCADA FEMININA: JOGO DA VIDA

Carol Castilho: Nas redes sociais a torcida está criando uma certa campanha para tirar o técnico Rodrigo Santana. Afinal de contas, isso resolveria?
Thalita Ezequiel: “Com a sequência negativa Rodrigo Santana balança no cargo, principalmente conhecendo a falta de convicção do clube para programar trabalhos de longo prazo. A permanência certamente passa pela classificação de quinta-feira. A situação é de fato preocupante, mas a demissão do treinador já se mostrou ineficaz em inúmeras outras vezes. Será que com a estrutura que o Atlético tem e os diversos profissionais presentes no clube não seria possível achar uma alternativa mais inteligente mantendo o treinador?”
Regiane Santos: “Técnico não entra em campo, isso é fato. Mas creio que o Rodrigo Santana precisa se impor, porque já começou a ficar complicada a situação dele.”
Anna Luiza: “Não resolveria, quinta-feira tem um jogo importantíssimo, acho que mais uma crise só iria prejudicar o time ainda mais e afetaria a equipe como um todo. O Galo é um time que troca de técnico basicamente várias vezes em quase seis, sete meses.”
Quero agradecer a colaboração das torcedoras Thalita Ezequiel, Regiane Santos e Anna Luíza. Muito obrigada pelo tempo reservado e análises feitas.
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Edição: Jéssica Silva
Edição de imagem: André Cantini