Queda de rendimento e números semelhantes a 2018 marcam o primeiro turno do Atlético
Stefano Bruno
Do Fala Galo, em Belo Horizonte
18/09/2019 – 04h
Em 2018 o primeiro turno do Atlético foi surpreendente. A equipe, à época comandada pelo técnico Thiago Larghi, contou com um inspirado Róger Guedes para realizar uma grande campanha no primeiro turno do Campeonato Brasileiro. O time finalizou a etapa na quinta colocação, com 33 pontos somados – oito a menos que o líder, São Paulo.
Este ano o Atlético segue sem um grande elenco e, desta vez, também sem aquele jogador iluminado. A equipe alvinegra já soma cinco derrotas consecutivas e, consequentemente, vem despencando na tabela do Brasileirão.
A torcida alvinegra chegou a sonhar com o título, mas atualmente o time está em nono lugar, com 27 pontos, muito distante do líder Flamengo. E a distância não é somente pelos 15 pontos que separam os clubes na tabela, mas, principalmente pela diferença no futebol apresentado em campo por eles.
O intuito aqui não é comparar o Atlético com o Flamengo, o que seria desleal se levarmos em consideração o investimento dos clubes para a temporada. O objetivo é comparar o primeiro turno do Galo deste ano com o Galo do ano passado.
Sequência de derrotas:
O Atlético encerrou a 14ª rodada do Campeonato Brasileiro com uma vitória sobre o Fluminense, por 2 a 1. Até então, um clima de paz e amor entre clube e torcida reinava. Na ocasião, o Galo estava em quarto lugar na competição, já com 27 pontos, sendo cinco a menos que o líder Santos, seis a mais que o Internacional, oitavo colocado, e sete a mais que o Ceará, que ocupava a nona colocação naquele momento. O atual líder ocupava a terceira posição, também com 27 pontos.
Ninguém imaginaria que, cinco partidas depois, o Atlético estaria com os mesmos 27 pontos, sendo a equipe da Série A a mais tempo sem pontuar.
Para ampliar a ideia da queda de rendimento do Atlético, nos últimos cinco jogos do Brasileirão o CSA dobrou a sua pontuação na competição, sofreu menos da metade dos gols do Galo (três dos alagoanos contra oito do alvinegro) e fez mais que o dobro de gols da equipe do Rodrigo Santana (cinco para o CSA e dois para o Atlético).
Não bastasse estes dados, a última vez que o Atlético teve cinco derrotas consecutivas no Campeonato Brasileiro foi em 2011, quando escapou do rebaixamento na penúltima rodada da competição. A exceção daquele ano, o Galo até chegou a ter sequências maiores sem vitórias em outras ocasiões, mas nunca com cinco derrotas seguidas.
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Rendimento (muito) semelhante:
Apesar da diferença na pontuação e na posição na tabela, o Atlético mostra um rendimento semelhante ao do ano passado no Brasileirão. A diferença é que o número de gols marcados e sofridos em 2018 está distante do ano atual.
Em 2018 o Atlético apresentou um ataque muito poderoso no primeiro turno, mas tinha uma defesa muito vulnerável. Foram 33 gols marcados nos primeiros 19 jogos e 29 sofridos. Este ano o time alvinegro balançou as redes adversárias 24 vezes, sendo vazado em 23 oportunidades.
No mais, todos os demais dados são ao menos aproximados.
Fundamentos – 2018 x 2019:
Posse de bola (média por jogo): 53,8% x 51,6%
Finalizações certas (média por jogo): 6,2 x 6×1
Finalizações erradas (média por jogo): 6,9 x 7,9
Total de finalizações (média por jogo): 13,1 x 14,0
% de acertos nas finalizações (média por jogo): 48,0% x 43,8%
Assistências para finalização (média por jogo): 10,0 x 10,8
Finalizações em jogadas trabalhadas (média por jogo): 76,7% x 74,4%
Passes certos (média por jogo): 430 x 429
Passes errados (média por jogo): 38 x 35
Aproveitamento dos passes (média por jogo): 91,7% x 91,9%
Posse de bola na defesa (média por jogo): 30,3% x 26,8%
Posse de bola no meio-campo (média por jogo): 44,8% x 45,1%
Posse de bola no ataque (média por jogo): 24,9% x 28,1%
Para justificar algumas diferenças do primeiro turno dos comandados do Thiago Larghi para o time do Rodrigo Santana, o número de finalizações maior no ano passado talvez se dê pelo grande momento vivenciado por Róger Guedes e o seu entrosamento com o Ricardo Oliveira.
Sem uma referência no time, Rodrigo Santana tem alternado com frequência o homem-gol. Ricardo Oliveira iniciou a temporada como titular absoluto, mas chegou a perder a posição para Alerrandro. Contudo, na primeira oscilação, o jovem atacante voltou a ser o suplente do Pastor.
Contratado no início do ano como opção para o ataque, Papagaio teve apenas uma chance como titular neste Campeonato Brasileiro, o que não foi suficiente para merecer novas oportunidades.
Tudo indica que uma oportunidade será dada ao argentino Franco Di Santo, porém, talvez o problema do Atlético esteja longe de ser apenas a falta de gol dos seus atacantes, mas aí é assunto para um novo texto.
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Edição: Ruth Martins
Edição de imagem: André Cantini