Análise Arquibancada Feminina: Atlético 2 x 1 Fluminense – Vitória do time que faz a alegria da Cidade

 

 

Carol Castilho
13/08/2019 – 06h16

Toda vez que há jogo entre Atlético e Fluminense eu temo pelo pior resultado.  Nem sempre é pelo futebol apresentado pelo Tricolor das Laranjeiras, não. Já sabemos as polêmicas que cerca o clube, como arbitragem, rebaixamentos e etc. Mas, quando a fase está boa, tudo dá certo. 

Jogadores comemoram o gol marcado por Ricardo Oliveira

A noite do último sábado (10/08) foi de pura alegria  na Arena Independência. A vitória por 2 a 1 nos manteve no G4 e me deixou aquele sentimento de “Vai que dá, Galãooooooooo da Massa, estou contigo e não abro, vamos com tudo”. Infelizmente eu não fui ao jogo, mas as minhas amigas da “Arquibancada Feminina” compareceram e fizeram a festa com a torcida diante desta vitória. Vamos saber o que as mulheres do Galo têm a dizer sobre essa partida. Nós vamos contar com a participação das torcedoras Jé Meirelles, Samira Silva e Sabrina Kalls, que fizeram uma análise desta bela vitória sobre o Fluminense. 

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Nas vésperas da partida entre Galo e Fluminense, o aplicativo GALERÔMETRO bombou nos grupos do aplicativo WhatsApp e fez a cabeça do torcedor atleticano. Ele funciona da seguinte forma: você acessa o site, se cadastra, cria um Quiz e compartilha com os amigos. Peça aos seus amigos para responder, quanto mais você responder aos dos colegas e eles o seu, mais pontos você ganha e troca os pontos por ingressos.  É bem simples e fácil.    

Jé Meireles

A Jornalista/Marketing Digital Jé Meireles, de 27 anos, foi ao jogo através do aplicativo e nos conta se funciona: “A ideia é excelente, dá a oportunidade de quem está apertado conseguir ir ao jogo. Como ontem foi a primeira operação de troca de ingressos, tiveram falhas, a organização da fila deixou a desejar e infelizmente tinha gente furando fila. Se o Brasileirão apostar em uma simples estrutura de grades  (para evitar os sem educação de furar fila) ou até mesmo a retirada um dia antes (e no dia também, pra quem não é de BH) tudo vai fluir bem. Então fica a dica para os torcedores, vale a pena participar da brincadeira e garantir o seu ingresso”.

A torcedora também faz uma análise do primeiro tempo do Galo: “No começo do jogo, o Galo deixou que o Fluminense fizesse o que tem feito de melhor, a posse de bola e os toques curtos para envolver o adversário e tentar ganhar no contra-ataque, porém, o Cleiton está muito bem e fez belas defesas quando necessário. O time esteve/está bem, a sequência que o Rodrigo vem dando está dando certo, além de (vou bater na tecla sempre) dar confiança aos jogadores. No primeiro tempo, o que ‘me irritou’ foi aquele lance em que o Pastor poderia ter tocado para o Vina que estava livre, mas no calor do jogo sabemos que as decisões são feitas em milésimos e ele fez a opção que mais era plausível naquele momento. No lance do gol do Cazares, temos que ressaltar a visão do Patric ao cruzar, a ideia era encontrar o Pastor (que estava bem posicionado pelo meio), mas com o corte do Digão foi o passe perfeito (hahahaha) para a bomba do Cazares. O Galo teve excelentes oportunidades e mostraram que a vontade de vencer o jogo esteve presente desde o início, é assim que gostamos de ver” finalizou. 

MELHORES E PIORES EM CAMPO: “Na minha humilde opinião, as honras são para Cleiton e Cazares.  Cleiton tem tido segurança nas defesas e tem mostrado que temos um excelente goleiro em nossa equipe, vale a pela – mesmo após a recuperação do Victor – deixá-lo mostrar o que sabe. Vamos ter uma bela briga pela titularidade e o nosso setor defensivo agradece. Cazares por muitas vezes foi chamado de vagalume, ele aparece em um jogo, brilha e depois ninguém sabe o que esta acontecendo… Porém, o 10 tem encontrado o caminho do gol e mostrado a que veio! No início do jogo estava meio perdido, mas nada que o atrapalhasse a buscar bons passes e também a fazer o gol, que continue assim. Não tivemos um pior em campo, acho que alguns lances isolados foram de ‘falhas’, mas nada que caracterizasse alguém como pior em campo”. 

Samira Silva

A estudante Samira Silva, de 19 anos, faz uma análise do segundo tempo do Galo: “No segundo tempo, o Galo teve o controle do jogo, e até certa altura da partida não sofreu sustos, mantendo uma organização defensiva e continuando a assustar nos contra-ataques. Logo no início, Ricardo Oliveira perdeu uma chance clara, mas logo no lance seguinte, numa saída de bola errada do adversário, ele recebeu na área e se redimiu, acabando enfim com o jejum de gols e deixando 2×0 para o Galo. Mas a pouca eficiência na frente nessas retomadas ainda incomodava Santana, que aos 28, tirou Chará, que estava errando passes e finalizações, e colocou Otero. Não chegou a surtir tanto efeito assim, o time seguiu a mesma postura, chamando o Fluminense para o jogo, e isso custou caro. Aos 43, a dupla que o Diniz havia colocado em campo desde o intervalo conseguiu criar a jogada do gol. O garoto João Pedro conseguiu girar contra vários marcadores na pequena área e tocar pro Nenê, sozinho, descontar pros cariocas. O jogo virou um drama que era totalmente desnecessário, e ficamos até o final só segurando a vantagem, ainda mais porque o juiz deu mais 6 de acréscimos. Apesar disso, mantivemos o resultado e conquistamos mais uma enorme vitória no campeonato.

O alívio de não só vencer a segunda seguida no campeonato, mas também de ver a redenção de Ricardo Oliveira, que saiu do jejum, conforta o coração do torcedor atleticano, que gritou o nome dele ao ser substituído. O longo abraço em Rodrigo Santana na saída diz muito sobre a relação de confiança que teve o treinador em acreditar na capacidade do nosso artilheiro, e que esse momento chegaria. Que Ricardo agora finalmente volte a encontrar o caminho das redes de vez”.

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Sabrina Kalks

A Engenheira Mecânica Sabrina Kalks, de 24 anos, faz um pequeno comentário sobre o comportamento da equipe em campo: “A disciplina tática com o time está cada vez mais alinhada. Rodrigo Santana conseguiu ganhar o grupo com muita confiança e o resultado vem aparecendo. Mais uma vez o técnico armou o Galo para explorar as maiores dificuldades do adversário. A leitura de jogo e obediência de cada um em campo foi fundamental para a vitória. Destaques individuais para Réver, um monstro na zaga, Elias, muito valente no meio campo (líder em desarmes na partida), Vina, que dá muito qualidade na criação, e Pastor, que mostrou muita luta para participar ativamente do jogo, premiado com belo gol”.

ARQUIBANCADA FEMININA 

Carol Castilho: A noite foi especial para Ricardo Oliveira, que finalmente quebrou o jejum e marcou o seu gol na partida, ajudando assim a equipe alvinegra. O que será que podemos esperar do Pastor nas próximas partidas e como foi o caminho até o gol?

Jé Meireles: “Foram 15 jogos, 107 dias, e enfim saiu! Olha, era para a bola ter entrado antes, nos jogos passados o Pastor já estava calibrando a pontaria, mas os deuses do futebol estavam pregando uma peça no artilheiro e deixando a torcida P** da vida com a situação, afinal de contas, cobramos a partir da ideia que artilheiro tem sempre que marcar, né? Acho que por volta dos 18 minutos nós quisemos matar o Pastor, era só rolar para o Vina que teríamos gritado gol mais cedo… Mas tudo tem a hora certa, né? Todo atleticano, por maior que fosse a birra momentânea em que estivesse, estava esperando pelo gol do Oliveira… E olha, haja pulmões, a Arena Independência foi à loucura e eu fui um dos gritos que ecoaram pelo estádio. Eu estou rouca até agora, poder comemorar a vitória e o gol que finalmente saiu foi fod#! Que o encanto tenha sido quebrado e que o Pastor possa cada vez mais fazer a torcida ficar sem voz.”

Carol Castilho

Carol Castilho: Rodrigo Santana declarou mais cedo que Cleiton está em uma boa fase e  que Victor é ídolo. Bom, é possível que Victor perca a titularidade para o novato Cleiton?

Sabrina Kalls: “Se mantiver a coerência como na disputa Patric/Guga, o Cleiton continua. Vem se mostrando muito seguro a cada jogo e ontem, mais uma vez, deu show de maturidade. Já está pronto para assumir a vaga. Ótima reposição, saídas seguras do gol. Todo o respeito e gratidão ao Victor, mas o momento é todo do Cleiton.”

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Carol Castilho: O que Atlético e Fluminense têm em comum é a jovialidade de seus treinadores, são relativamente jovens (Rodrigo Santana, 37 anos x Fernando Diniz, 45 anos) qual foi o diferencial de Rodrigo Santana para vencer?

Samira Silva: São dois jovens e promissores treinadores, com ideias claras de jogo. Acho que o diferencial do Rodrigo ontem foi esperar o Fluminense, de forma organizada, e saber explorar os espaços deixados pelos cariocas para o contra-ataque. É um time que gosta de ter a bola, trocar muitos passes tentando criar chances, mas sem a bola estávamos muito bem postados, com uma grande organização defensiva que evolui jogo a jogo nas mãos de Santana.”

Quero agradecer a colaboração das torcedoras Jé Meireles , Samira Silva  e Sabrina Kalks. Muito obrigada pelo tempo reservado  pelas análises feitas. 

Revisado: Jéssica Silva

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